XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
ResumoID:DT4-CI.1389-1


DT4: DT 4 - Cinema

A MEMÓRIA DO FASCISMO EM “AMARCORD”, DE FELLINI਍ഀ (NOTAS SOBRE A POLÍTICA NA OBRA DE UM GRANDE MENTIROSO)਍ഀ

Adriana Schryver Kurtz (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Aline Mascarello Dorst (Escola Superior de Propaganda e Marketing)

Resumo

O artigo examina a memória do fascismo em “Amarcord” (1973), de Federico Fellini, retomando a discussão sobre o suposto abandono, por parte do cinema felliniano, do caráter político e crítico das primeiras obras. Esta reflexão questiona a idéia – ainda hoje generalizada - de que Fellini teria radicalizado um ethos meramente fantástico, onírico, nostálgico e memorialístico ao longo de sua produção autoral. A análise de “Amarcord” e das próprias posições do cineasta que, provocativamente, se intitulava “um grande mentiroso”, sugere que Fellini jamais abriu mão da política e da crítica. De fato, Fellini desprezaria abertamente um cinema militante, programático e engajado, inaugurado pelos mestres neo-realistas e seguido fielmente por toda uma geração de novos cineastas, inspirados por esta estética.


Palavras-chave:  Federico Fellini, Cinema Político, Amarcord, Memória, Neo-Realismo
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