O VELHO E O NOVO NO DISCURSO TELEVISIVO DE FICÇÃO: UMA ANÁLISE DA MINISSÉRIE HOJE É DIA DE MARIA

Laís Barros Martins (Universidade Estadual Paulista)

A análise da minissérie global Hoje é dia de Maria, texto de Carlos Alberto Soffredini, com adaptação de Luís Alberto de Abreu e direção de Luiz Fernando Carvalho, exibida de 11 a 21/01 e de 11 a 15/10 de 2005 (13 episódios), foi feita a partir de Propp e da semiótica francesa (SF), preconizada por Greimas, a fim de elucidar o caráter inovador no discurso televisivo. Misto de cultura popular e dramaturgia, a minissérie apresenta personagens caros ao imaginário brasileiro em reorganizações inusitadas, mas permitidas pelas novas tecnologias e adequadas aos preceitos da sociedade atual. Com a aplicação das funções proppianas, observamos que o texto mantém, de forma ambígua, a mesma estrutura consagrada dos contos de fada, apesar da carga de inovação. Com a SF, reafirmamos que o rearranjo de elementos “velhos” introduz inovações pertinentes no tratamento da narrativa em produto audiovisual.