Resumo de Palestras

LUSOREVCOM – I Encontro Lusófono de Revistas de Ciências da Comunicação

Publicação em Arquivos Abertos - uma dinâmica de grupo sobre a visão dos editores de revistas de Ciências da Comunicação
Patrícia Zeni Marchiori (UFPR)
Dinâmica e exposições voltados a integrar os editores científicos lusófonos de comunicação, discutir a criação de mecanismos mais ágeis e fáceis de intercambio de experiências, trabalho cooperativo e levantamento de suas demandas e necessidades. Será utilizada uma adaptação da dinâmica Grupo de Verbalização/Grupo de Observação (GV-GO ), oferecendo para a apreciação dos participantes questões relativas às publicações em revistas eletrônicas e repositórios institucionais de acesso aberto, ao auto-arquivamento, ao papel das agências de fomento, entre outros temas. A dinâmica objetivará estimular a opinião e reflexão sobre tais assuntos em dois momentos/rodadas. Especialistas da área de Ciências da Informação tomarão parte como moderadores, explicitando as vantagens da proposta dos arquivos abertos para a área da Ciência da Comunicação.

 

Perfil das Revistas Brasileiras em Comunicação: trajetória para a qualidade
Ida Regina C.Stumpf (PPGCOM/UFRGS)
Descreve-se o surgimento das revistas brasileiras em Comunicação e a evolução que sofreram ao longo do tempo.  São enfocados aspectos relativos a sua produção, especialmente em relação aos  itens que são informados sobre cada título no Catálogo das Revistas Brasileira em Comunicação, publicado pelo Núcleo de Pesquisa em Informação, Tecnologias e Prática Sociais, do PPGCOM/UFRGS. O Catálogo já foi publicado em duas edições (1998 e 2001) e encontra-se disponível no site http://www6.ufrgs.br/infotec/inicial.htm.  É atualizado anualmente,  ocasião em que são inseridos novos títulos e retirados aqueles que pararam a publicação.  Neste estudo analisa-se as características das revistas quanto aos editores, entidade responsável, localização geográfica, ano de criação, periodicidade, formato, assuntos aceitos para publicação, conceito Qualis, registro ISSN, normas para submeter trabalhos, entre outras.  As mudanças que as revistas sofreram em relação aos autores merecem destaque porque a necessidade dos programas de pós-graduação da área em dar visibilidade a sua produção científica modificou o perfil dos mesmos. A avaliação Qualis da CAPES sinaliza as revistas mais conceituadas e estabelece um padrão de qualidade que inclui: maior controle na qualidade dos artigos que publica, expresso num processo de avaliação de originais mais rigoroso, diversidade de autores, mais regularidade na publicação, boa impressão gráfica e preocupação com a  distribuição.  O estudo revelou que as revistas apresentam as seguintes características: a maior parte dos títulos é jovem (72% surgiram a partir da segunda metade da década de 90), são disponibilizadas principalmente em formato impresso (48% somente neste formato), com periodicidade semestral (68%), estão bem conceituadas (28% são Qualis A Nacional) e aceitam para publicação prioritariamente assuntos sobre Mídias, Cultura e Jornalismo, todos eles ligados a Comunicação Social.  As normas aos autores geralmente seguem os padrões nacionais e 96% dos títulos têm ISSN.   Acredita-se que a área está aprendendo a produzir bons veículos para divulgar a ciência, demonstrando um comportamento assemelhado ao de campos científicos mais tradicionais e experientes.
Palavras-chave: Revistas – Periódicos – Comunicação

 

Oficina Sistema de Editoração Eletrônica de Revistas – SEER
Miguel Ángel Márdero Arellano (Ibict/MCT)
O Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) foi traduzido e customizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) baseado no software desenvolvido pelo Public Knowledge Project (Open Journal Systems) da Universidade British Columbia e da Simon Fraser University Library (http://pkp.sfu.ca/ojs/). Com o projeto SEER, o IBICT iniciou um novo ciclo, no âmbito da filosofia do Open Access, para a edição de publicações eletrônicas. O esforço, em última instância, visa ao repasse do software à comunidade de editores de publicações eletrônicas, subsidiando a melhoria do padrão editorial de publicações nacionais.
No ano de 2003, dentro do projeto Biblioteca Digital Brasileira, a versão 1.1.5 do OJS foi customizado pelo Ibict tornando-se a primeira tradução oficial em português; disponibilizada gratuitamente no site do instituto desde junho de 2004, sempre mantendo registro da sua origem.
O SEER faz parte da nova geração de sistemas de gerenciamento de periódicos científicos e, no Brasil, ele surge como modelo alternativo de publicação do conhecimento científico para ampliar o acesso, a preservação e o impacto das pesquisas e dos resultados daí provenientes.
Esta ferramenta contempla ações essenciais à automação das atividades de editoração de periódicos científicos. Embora o sistema possa ser adquirido gratuitamente via Internet e seu uso ser simples, seus usuários demandam inicialmente alguma espécie de treinamento. São inúmeras possibilidades de customização do sistema e adaptação da linguagem, de acordo com as necessidades de cada periódico.
Este sistema permite o gerenciamento do workflow de uma publicação científica; além disto, a utilização de padrões de interoperabilidade da OAI possibilita que as revistas que estão adotando-o sejam consideradas publicações de acesso aberto, viabilizando, desta maneira, a sua integração no crescente número de revistas científicas que seguem essa iniciativa. Como parte do “Movimento do Acesso livre à Informação Científica” o software permite o acesso online gratuito sem restrições aos resultados de pesquisa. Como recurso tecnológico de uso público e fonte aberta ele pode disponibilizar conteúdos diversos.
Customizado para a realidade das revistas brasileiras, o SEER é destinado originalmente a centros de pesquisa, universidade e editores científicos, mas pode ser utilizado por qualquer instituição ou particular que se interesse em fundar e manter uma publicação eletrônica de acesso aberto. Atualmente mais de 80 revistas científicas brasileiras utilizam o sistema.
O portal do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia disponibiliza informações sobre as condições físicas para os treinamentos e sobre o material didático necessário para sua realização. O Ibict incentiva a internalização e distribuição do SEER, com o objetivo principal de colaborar com os editores científicos na manutenção da suas publicações periódicas. O SEER constitui uma solução prática e econômica às necessidades dos editores científicos brasileiros.

 

O Portal de Periódicos da CAPES para a área de Comunicação Social: acesso aos periódicos internacionais e brasileiros e bases de dados referenciais
Maria de Fátima Diniz Lobo
Palestra e demonstração dos recursos das bases referenciais e textos completos, com espaço aberto para responder as perguntas dos usuários.

 

Apresentação da proposta da Rede Lusófona de Revistas.
Sueli Mara Soares Pinto Ferreira (Intercom/Portcom/USP)
O projeto REVCOM - Coleção eletrônica de revistas científicas em ciências da comunicação dos países de língua portuguesa tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da pesquisa científica nos países lusófonos, por meio do aperfeiçoamento e da ampliação dos recursos de disseminação, publicação e avaliação dos seus resultados, fazendo uso intensivo da publicação eletrônica. Para tanto, busca discutir com os editores o conceito de qualidade para as revistas da área, oferece treinamento e capacitação no uso do software SEER e gerencia o site dos parceiros, inclusive cuidando de sua indexação em mecanismos internacionais.

 

Levando os editores participantes a comentarem suas perspectivas, expectativas, experiências em relação aos critérios de qualidade, indexação internacional e trabalho editorial em equipe.
Cicilia Maria Krohling Peruzzo (Umesp)
Analisar as fortalezas e os ruídos do processo editorial junto aos editores de revistas científicas em comunicação, de modo a definir critérios de qualidades que possibilitem maior disseminação da produção lusófona de comunicação. - Integrar os editores científicos lusófonos de comunicação visando criar mecanismos mais ágeis e fáceis de intercambio de experiências.

 
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