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V Encontro dos Núcleos de Pesquisa - Dia 8/9


NP-01. Teorias da Comunicação


Aventuras da significação: Bakhtin e Eco à procura do signo deslizante
HUMBERTO IVAN KESKE (PUCRS)
Resumo: O presente trabalho situa-se na possibilidade de articulação entre a noção de contexto enunciativo apresentada por Bakhtin (1997) e a noção de texto produzida por Umberto Eco (1986). Para tanto, vamos fazer dialogar alguns dos elementos presentes nos dois autores para repensarmos a questão da transformação que sofre a significação textual a partir da mudança do contexto enunciativo. Do processo intertextual e da influência contextual emergem diferentes narrativas que se entretecem para compor a multiplicidade de tessituras que se completam, colidem-se, confrontam-se e velam-se na instauração, construção e atualização de uma ou de várias significações.
Palavras-Chaves: Comunicação, Significação, Texto, Contexto

Campos sociais e discurso: uma perspectiva teórico-metodológica para o estudo da distinção
Jairo Ferreira (Unisinos)
A comunicação apresenta parte de resultados de pesquisa sobre a presença das ONGs em mídias digitais, acentuando a dimensão teórico-metodológica da investigação. Essa presença é analisada aqui em torno das relações entre as condições de existência das ONGs e as disposições discursivas das mesmas, no âmbito da institucionalização do espaço público. Primeiramente, indicamos como construímos as categorias “condições de existência” para investigar essas instituições. Depois, relatamos como as disposições relativas ao espaço público são construídas na pesquisa, com base na referência às marcas de um discurso sobre o poder (o legislar, o moralizar e ordenar técnica e cientificamente um determinado espaço-mundo). Finalmente, apresentamos resultados específicos deste tópico da pesquisa, visando propiciar elementos para a reflexão sobre os caminho propostos.
Palavras-Chaves: metodologia, discurso, mídia, sociedade

Captura (privada) de um encontro (público) - Descuido de Chico ou vitória do paparazzo?
Antônio Fausto Neto (Unisinos), Mariana Bastian (Unisinos), Clovis Okada (Unisinos)
A partir de determinado material jornalístico, reflete-se sobre os fundamentos que orientam as estratégias jornalísticas que envolvem a cobertura de registros da vida de “olimpianos” em circunstâncias públicas. Mostra-se que as operações enunciativas postas em prática não questionam os modos de dizer do jornalismo, ao não fazer interrogações sobre as fronteiras que delimitariam as noções de público e do privado.
Palavras-Chaves: discurso jornalístico, paparazzo, Chico Buarque, Economia da exibição

Da práxis semiótica
ELIANA PIBERNAT ANTONINI (PUCRS)
O artigo “Da práxis semiótica” revela uma obsessão, qual seja, a de pensar o real papel dos estudos semióticos associados à prática dos estudos comunicacionais. Recupera, criticamente, o jogo interpretativo e a busca pela compreensão do sentido do texto, inserindo tais discussões num patamar deveras peculiar, onde as reflexões se ampliam para instâncias hermenêuticas mais complexas. Centra-se nos processos de abdução, reconhecendo neles a possibilidade de integração dos estudos do sujeito empírico e da própria natureza, a partir de um olhar aguçado, que explora teorizações de autores como Umberto Eco, Paolo Fabbri, Iuri Lotman, Paul Ricouer, num viés metodológico-crítico tal qual uma faca só lâmina.
Palavras-Chaves: comunicação, sentido, interpretação, abdução

Dialogismo: Emergência do Pensamento Latino-Americano em Comunicação
Yuji Gushiken (UFMT)
O artigo busca fazer um breve estudo da emergência do pensamento latino-americano em Comunicação, tendo como foco a proposta dialógica que, na história das teorias da comunicação, se caracteriza como crítica à tradição da chamada Mass Communication Research oriunda da sociologia americana. Situa a emergência desse pensamento comunicacional na América Latina em meio a condições de subdesenvolvimento econômico e social, analisando-o também como crítica aos difusionismos culturais e comunicacionais simultâneos ao processo de globalização da economia. Historicamente, o dialogismo atualiza os processos de inovação teórica que reavaliaram o campo da recepção como mediador e produtor de sentido nos estudos em Comunicação.
Palavras-Chaves: comunicação, dialogismo, América Latina

Do Uni-verso ao Multi-verso: a Contribuição Epistemológica e Metodológica de Alfred Schütz para as Ciências da Comunicação
Dra. Ulrike Schroeder (UFMG)
No seu conceito de uma sociologia interpretativa, o sociólogo e filósofo Alfred Schütz procura realizar uma análise profunda do nosso “mundo da vida” (Lebenswelt), partindo da convicção de que este mundo de sentido não representa uma realidade objetiva, mas sim, uma realidade interpretada e válida intersubjetivamente. Por isso, também não vivemos simplesmente em um uni-verso fixo, mas sim, em multi-versos, cada um marcado por um outro estilo epistemológico. O artigo apresenta as características essenciais da teoria de Schütz, focalizando a atualidade do seu conceito, que indica possibilidades de tornar, epistemológica e metodologicamente, este fundamento teórico base para estudos empíricos no campo da comunicação hoje em dia.
Palavras-Chaves: mundo da vida, fenomenologia, multi-verso, estilo epistemológico

Notas introdutórias para se pensar uma possível Epistemologia da Comunicação
Tiago Quiroga Fausto Neto (USP)
O trabalho tem como objetivo oferecer algumas contribuições à construção de uma possível Epistemologia da Comunicação, pensando o campo para além de uma perspectiva meramente instrumental. A partir do entrelaçamento dos paradigmas histórico – representado pela globalização – e epistemológico - que envolve o debate em torno de conceitos e teorias da comunicação – procura-se refletir a evolução da técnica, solo através do qual teria se desenvolvido toda ciência moderna e que, a partir do advento das novas tecnologias, perde seu caráter instrumental abrindo, então, novos marcos teóricos no debate do campo. Tiago Quiroga Fausto Neto (Graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ; Pós-graduado em Fotografia como instrumento de pesquisa em Ciências Sociais pela Universidade Cândido Mendes, Mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ,Doutorando em Ciências da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo).
Palavras-Chaves: Epistemologia, comunicação, paradigma, técnica

Notícia e Cotidiano: A Produção de Sentido nos Telejornais Locais. Análise dos Textos da Mídia e da Audiência sobre os Telejornais BATV e Aratu Notícias 2.a Edição.
Adriano de Oliveira Sampaio (UFBA)
Este artigo apresenta a pesquisa de mestrado, de título homônimo, que teve como interesse comparar o modo como dois telejornais locais de Salvador o Aratu Notícias 2.a Edição da TV Aratu, emissora afiliada do Sistema Brasileiro de Televisão - SBT, e o BATV, exibido pela TV Bahia retransmissora da Rede Globo de Televisão, se endereçavam a seus espectadores. Em seguida, foram analisados os discursos produzidos por uma amostra da audiência sobre esses telejornais. Ao tentar compreender o processo interpretativo, a partir da confrontação entre os textos dos meios e da audiência, essa pesquisa teve como intenção dar conta da produção de sentido não perdendo de vista os momentos de produção e de recepção, mesmo que para isso tenha escolhido como área de trânsito a membrana que perpassa ambos momentos: os textos. Adriano de Oliveira Sampaio Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas (FACOM/UFBA). A pesquisa em referência teve o apoio do CNPQ.
Palavras-Chaves: estudos de recepção, modos de endereçamento, frames, supertemas

O hipertexto enquanto modalidade discursiva do Webjornalismo: entre promessas e limitações
Edson Fernando Dalmonte (FSBA)
RESUMO: Questiona a atual organização do Webjornalismo de terceira geração, cuja particularidade está no uso dos recursos da Web para a configuração de uma narrativa específica do Webjornal. Dentre as características do Webjornalismo (Bardoel e Deuze, 2000; Palácios, 2003), elege-se a hipertextualidade, por se configurar numa organização discursiva própria do meio. A partir dos conceitos de hipertexto, toma-se por referência a multivocalidade e a intertextualidade (Landow, 1995 e 1997) na condição de constituintes essenciais dessa modalidade discursiva. Questiona-se a capacidade real do hipertexto Webjornalístico de propor a intertextualidade entre sites jornalísticos distintos, o que é reforçado pela noção de concorrência entre os veículos. Edson F. Dalmonte: Doutorando em comunicação e cultura, linha de pesquisa “Análise aos produtos midiáticos” – Facom/UFBA; Mestre em Comunicação – UMESP; Bacharel em Jornalismo – UFES; Coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade Social da Bahia, professor de Teorias da Comunicação e editor da Revista Diálogos Possíveis.
Palavras-Chaves: Webjornalismo, Hipertexto, Discurso, Teorias da comunicação

O saber comunicacional e os projetos experimentais no ensino de Comunicação Social da PUC Minas
Maria Angela Mattos (PUC Minas)
Resumo O artigo propõe refletir sobre que tipo de saber comunicacional está sendo produzido nos projetos experimentais desenvolvidos pelos alunos do curso de graduação em Comunicação Social da PUC Minas, em Belo Horizonte (campus Coração Eucarístico), das habilitações Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda. Trata-se de uma versão preliminar do estado da arte do projeto de pesquisa Encontros e desencontros com o saber comunicacional: um estudo da trajetória dos projetos experimentais da PUC Minas, elaborado pelos integrantes do grupo de pesquisa Interfaces da Comunicação . Já aprovado pelo Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIP/PUC Minas), o projeto será desenvolvido a partir de agosto de 2005, e tem por objetivo analisar o percurso do saber comunicacional e suas interfaces nos projetos experimentais desenvolvidos no Curso, desde sua implantação no currículo, em 1988, até 2005. Minicurrículo: Profª Drª em Comunicação e Cultura (UFRJ) da PUC Minas-BH, é responsável pela disciplina Teoria e Pesquisa em Comunicação nas três habilitações, supervisora do Laboratório de Projetos Experimentais e coordenadora do Grupo de Pesquisa Comunicação e Interfaces, cadastrado no CNPq.
Palavras-Chaves: Projetos Experimentais, Saber Comunicacional, Interfaces do Campo Comunicaci

Os Cursos de Teoria da Comunicação à Luz do Jornalismo: obstáculos e impropriedades das posições tecnicista e intelectualista
Luiz Claudio Martino (UNB)
O presente trabalho procura apresentar e discutir o papel dos cursos de teorias da comunicação na formação do jornalista a partir de dois posicionamentos ou duas concepções sobre o jornalismo, a concepção técnica e a concepção intelectual. Também procura explicitar as diferentes idéias de teoria subjacentes a estas duas concepções e as conseqüências da adoção de cada uma delas.
Palavras-Chaves: EPISTEMOLOGIA, teoria da comunicação, jornalismo

NP-02. Jornalismo


A Arena eletrônica e o Jornalismo Comunitário
Edna de Mello Silva (ECA-USP)
A comunidade é pensada como uma estrutura simbólica capaz de integrar os homens em torno de objetivos comuns, refreando os sentimentos hostis. O ideal comunitário está presente em mitos e é defendido por filósofos e religiosos, porém para que se realize são necessários a aceitação das regras do grupo e o respeito aos outros membros, numa atitude de cooperação mútua. Nas últimas décadas, a comunidade voltou ao cenário de debate das representações sociais como uma organização capaz de articular os indivíduos e pode representar uma forma de resistência à hegemonia das potências transnacionais. O jornalismo comunitário é dirigido às camadas menos favorecidas como forma de dar visibilidade e otimizar a comunicação desses grupos, a partir do próprio grupo. Quando o Jornal SPTV chama de jornalismo comunitário o quadro do SPTV Comunidade está se apropriando do conceito e tornando espetáculo a carência de infra-estrutura de uma cidade que cresce sem o devido planejamento urbano. Trata-se de uma arena eletrônica. A autora é doutoranda e Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, no Departamento de Jornalismo e Editoração e membro do Núcleo de Jornalismo e Linguagem. É jornalista e professora universitária nos cursos de Comunicação Social e co-autora da obra “O espelho infiel – o negro no jornalismo brasileiro”, editado em 2004 pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em convênio com o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. E-mail: www.ednamelo@usp.br.
Palavras-Chaves: Comunidade, jornalismo e representações so, jornalismo em meios eletrônico, linguagens jornalísticas

A Cobertura da Imprensa Cearense sobre o ECA
Inês Sílvia Vitorino Sampaio (UFC), Ana Márcia Diógenes Paiva Lima (UNICEF e FIC)
Este artigo analisa a cobertura dos dois maiores jornais cearenses – O Povo e Diário do Nordeste – sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, no 1º semestre de 2004. Com base em referenciais das teorias do Agendamento e da Espiral do Silêncio, buscou-se responder à questão: “Em que medida os jornais cearenses – O Povo e Diário do Nordeste – em seus textos que citam o ECA, promovem efetivamente uma cobertura esclarecedora sob o foco da responsabilidade social dos profissionais e dos meios?”. O corpus foi composto de 56 textos que mencionavam o ECA e complementado por entrevistas com repórteres. O material foi estudado à luz da análise do discurso, identificando que o ECA, 15 anos após o seu lançamento, é mais tratado por seus temas específicos do que por si próprio. O fato da lei ser mencionada, não significa, necessariamente, que os textos informem satisfatoriamente sobre o ECA. Ana Márcia Diógenes é jornalista, Oficial de Comunicação do Unicef(CE/RN) e especialista em Responsabilidade Social – Gestão de Projetos Multisetoriais para o Desenvolvimento Sustentável, pela FIC/FIEC. Inês Sampaio é Doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP e professora do curso de Comunicação Social(UFC) e do Mestrado em Políticas Públicas e Sociedade(UECE). Coordena o Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Adolescência e Mídia(GRIM/UFC)e é autora do livro Televisão Publicidade e Infância
Palavras-Chaves: Imprensa, Agendamento, Responsabilidade Social, ECA

A Cobertura Jornalística da Guerra do Iraque nos Jornais Folha de São Paulo (Brasil) e El País (Espanha)
Cristiane Pinto Pereira (Urcamp)
O presente artigo tem por objetivo analisar comparativamente a cobertura da Guerra do Iraque realizada pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo e pelo espanhol El País. Para isto, são selecionadas 50 matérias publicadas nestes veículos no período de 17 de março a 10 de abril de 2003. Ao final, observa-se que, mesmo analisando veículos presentes em diferentes contextos (um deles situado em um país que esteve envolvido político militarmente na guerra e o outro distante da mesma), as coberturas foram bastante semelhantes. Minicurrículo- Mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Jornalismo de Conflitos pela Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha). Atualmente é professora da Universidade da Região da Campanha (Urcamp - Bagé) e aluna especial do curso de doutorado da PUCRS.
Palavras-Chaves: Guerra do Iraque, El País, Folha de São Paulo

A eleição de Fortaleza nas páginas de O Globo e O Povo. Uma análise comparativa sobre enquadramentos e critérios de noticiabilidade.
Luís Celestino de França Júnior (UERJ)
Nas eleições municipais de 2004, a candidata do PT à prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins, ocupou espaço destacado nos jornais impressos nacionais. A partir dos conceitos de enquadramento e de critérios de noticiabilidade, o trabalho pretende fazer uma análise comparativa entre o tratamento dado pelo jornal O Globo, um dos veículos da chamada imprensa nacional, e o jornal O Povo, de Fortaleza, sobre a eleição de Luizianne Lins à prefeitura da capital cearense.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Notícia, Enquadramento, Política

A imprensa e o Governo Lula. Um estudo da cobertura da revista Veja e do jornal O Estado de S.Paulo em 2003
Veronica Patricia Aravena Cortes (UMESP - SP), Viviane Macedo Santa Cruz (UMESP)
O trabalho apresenta um estudo acerca da cobertura da revista Veja e do jornal O Estado de S.Paulo no primeiro ano do governo do PT. Aqui apresentamos uma análise de conteúdo das representações dos veículos acerca da figura do presidente Lula, dos conflitos da vida política em 2003, da política internacional do novo governo e das tensões no campo a partir do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Os meios de comunicação aqui apresentados foram escolhidos por seu caráter conservador e por seu posicionamento contra a candidatura Lula em 2002. Verónica P. Aravena Cortes - é formada em jornalismo pela Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP e doutora em Sociologia pela USP, atualmente faz parte do corpo Docente da Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas – Universidade Metodista de São Paulo. Viviane Macedo Santa Cruz –é aluna e pesquisadora de IC (bolsa PIBIC) do curso de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.
Palavras-Chaves: Mídia, governo Lula, política, Veja

A pesquisa-ação no processo de ensino-aprendizagem: uma experiência empreendida no Curso de Jornalismo da Univali
VERA LÚCIA SOMMER (univali)
Este artigo discute a importância da pesquisa-ação empreendida por professor e alunos do sexto período do Curso de Jornalismo, na disciplina de Preparação e Revisão de Provas, Originais e Videotextos II, com vistas à elaboração da revista experimental Palavra de Jornalista. O trabalho constitui-se de três momentos distintos: primeiro, o papel da pesquisa-ação como instrumento norteador das atividades pedagógicas; segundo, o referencial teórico relativo ao conteúdo programático da disciplina e às práticas pedagógicas, tomando como foco a curiosidade pela pesquisa; e terceiro, a descrição dos procedimentos empregados em relação à situação-problema e à análise dos dados obtidos. Mestre em Comunicação Social pela PUC/RS (2003); Especialista em Estudos Culturais pela UFSC (1998); e Bacharel em Jornalismo pela Unisinos/São Leopoldo/RS, em 1982; Docente dos Cursos de Jornalismo do Instituto Superior e Centro Educacional Luterano Bom Jesus/Ielusc, de Joinville, e da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí; responsável pela disciplina de Projetos Experimentais do Curso de Jornalismo da Univali; subeditora e repórter do Diário Catarinense, Florianópolis (1990-1997) E-mail: vsommer@univali.br.
Palavras-Chaves: Jornalismo, teoria e pesquisa, pesquisa-ação, jornalismo literário, leitura

A Segunda Guerra Mundial, 60 anos depois: a representação do passado como atualidade no jornalismo
Marcos Paulo da Silva (Unesp)
Este texto consiste em uma exploração teórico-conceitual das relações entre o fato jornalístico e o fato histórico, tomando como pano de fundo a cobertura realizada pela imprensa nas comemorações dos 60 anos do final da Segunda Guerra Mundial. Neste sentido, busca-se uma reflexão sobre a maneira pela qual o passado pode ser representado como atualidade na pauta do jornalismo. Marcos Paulo da Silva é graduado em Jornalismo e aluno do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Comunicação Midiática da UNESP, campus de Bauru. (E-mail: silva_mp@uol.com.br)
Palavras-Chaves: Jornalismo, Fato jornalístico, Fato histórico, Atualidade

Afinal, onde mora o lead? – O desafio do ensino do texto de jornal
denise tavares da silva (PUC-Campinas), cecilia toledo (PUC-Campinas)
Resumo: Este artigo, parte de um trabalho mais amplo que será publicado no próximo ano, discute a necessidade de se criar novas estratégias de ensino de texto no curso de Jornalismo. Fundamenta tal posição a partir de uma perspectiva, expressa claramente no caderno “Aliás”, de O Estado de São Paulo, mas que também está presente em outras matérias aqui destacadas do mesmo jornal, de que o texto jornalístico dos diários afasta-se, dia-a-dia, dos conceitos de lead e pirâmide invertida e se aproxima e se confunde com o chamado “texto de revista”. A questão central é diagnosticar esta tendência e a partir dela discutir propostas de ensino que contribuam para que o aluno compreenda e desenvolva sua produção. Mini-curriculuns Cecília Toledo é jornalista e professora na Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas há mais de vinte anos e atual Diretora da Faculdade. Foi repórter e editora nos jornais Diário do Povo e Correio Popular, de Campinas. Gerenciou, em nível Brasil a área de Comunicação da Cervejarias Kaiser. É mestre em Educação na área de Ensino Superior pela PUC-Campinas. Denise Tavares é jornalista, Mestre em Multimeios pelo Instituto de Artes da Unicamp. É professora da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Jornalismo, da PUC-Campinas, na linha Comunicação & Política
Palavras-Chaves: Jornalismo, jornalismo, teoria e pesquisa, linguagens jornalisticas, teoria do jornalismo

Agora é Lula: Enquadramentos do Governo do PT Pelo Jornal Nacional
Karenine Miracelly Rocha da Cunha (Unesp)
Resumo: A pesquisa analisa a cobertura jornalística de temas relacionados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizada pelo Jornal Nacional da Rede Globo, o mais importante telejornal brasileiro. Por meio da análise de enquadramento de reportagens sobre as reformas constitucionais (previdenciária e tributária), a definição da taxa de juros e o caso Waldomiro Diniz, temas direta ou indiretamente relacionadas ao governo Lula, verifica-se como o Jornal Nacional destaca ou atenua aspectos favoráveis ou desfavoráveis à gestão federal de modo a torná-los mais ou menos visíveis. Ao final do estudo, conclui-se que o telejornalismo da Rede Globo pratica enquadramentos pouco críticos ao governo federal, fenômeno observado em outros trabalhos a respeito de governos anteriores. Minicurrículo: Jornalista, mestre em Comunicação pela Unesp. Contato: karenine@folhadaregiao.com.br.
Palavras-Chaves: Rede Globo, Jornal Nacional, Análise de Enquadramento, Lula

As novas tecnologias de comunicação no ensino de Jornalismo nas Universidades Federais
Roberio Marcelo Rodrigues Ribeiro (UFT), Adriana Cristina Omena dos Santos (UFT/ ECA-USP)
Na perspectiva da análise sociológica e comunicacional-tecnológica, o texto aborda a sociedade informacional que tem como característica a convergência tecnológica e de conteúdo e as adequações da comunicação visando às produções para os novos meios convergentes e interativos. O foco do trabalho é uma reflexão sobre a adequação do ensino de jornalismo nas instituições federais tendo em vista a comunicação digital, a interatividade e a Sociedade do Conhecimento com seu novo tipo de aluno que traz consigo para a universidade saberes acumulados, fato que possivelmente exigirá mudanças no posicionamento do educador. Como subsídio para a reflexão, foi feito um levantamento sobre as adequações nos cursos de comunicação tendo em vista o novo perfil do aluno e do ensino de comunicação nesta nova sociedade.
Palavras-Chaves: Sociedade do Conhecimento, convergência, jornalismo, Internet

As possíveis interações do jornalismo com as ciências humanas e sociais
Antonio Carlos Hohlfeldt (PUCRS)
RESUMO: Se a principal diferença entre as Ciências Naturais e as Ciências Humanas é que as últimas se voltam para o próprio pensar enquanto objeto de conhecimento, a principal diferença entre as Ciências Sociais e as Ciências Humanas é que as primeiras buscam estabelecer constâncias em relação a comportamentos e práticas sociais, dentre as quais se insere o Jornalismo. O ser humano é um ser eminentemente comunicacional, porque social. Todas as suas relações se estabelecem através da comunicação: nas sociedades indus- trializadas, são os mídias que garantem tais processos comunicacio- nais, destacando-se dentre eles o Jornalismo. Uma reflexão sobre o Jornalismo, assim, no que toca à interação com aquelas Ciências, deve levar em conta, de um lado, a Ética e, de outro, a democracia.
Palavras-Chaves: Ciências Humanas, Ciências Sociais, Teoria do Jornalismo, Ética do Jornalismo

Cinelândia: as colunas de cinema de O Cruzeiro (1928/29)
Joelle Rachel Rouchou (FRCB/UniverCidade)
O cinema e todo seu entorno começavam a ganhar terreno nas revistas e jornais. Nas colunas Cinelândia da revista O Cruzeiro qualquer referência ao cinema desde moda, potins, perfil de artistas, filmes, técnicas garantiam espaço nas colunas. Este texto busca entender a relação entre o conceito de moderno no final dos anos 20, como o cinema pode representar essa modernidade em colunas de revista e de que formas as colunas de cinema alimentam essa cultura de “ponta” adotada pela sociedade carioca. Mais especificamente, o trabalho faz uma análise das colunas de cinema no primeiro ano da criação da revista O Cruzeiro, em 1928. Interessa conhecer as relações entre a cobertura do cinema numa revista de variedade e como essas colunas fazem parte do projeto de modernidade, de ponta que Assis Chateaubriand anuncia no primeiro editorial da revista. MINICURRÍCULO Joëlle Rouchou é jornalista e doutora em Comunicação e Cultura pela ECA/USP, pesquisadora do setor de História da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro e professora de Jornalismo na UniverCidade e na UniCarioca. Autora do livro "Samuel. Duas vozes de Wainer"(Ed. UniverCidade, 2004) e co-autora com Lúcia Blanc de "Memórias de Ipanema" (Ed. Secretaria Municipal de Cultura do RJ), 1994
Palavras-Chaves: Jornalismo, Cinema, Imprensa

Da pauta à veiculação das notícias, o posicionamento dos jornais paraenses nas eleições municipais de 2004
Regina Lucia Alves de Lima (UFPA)
Resumo: Partindo do pressuposto que os meios de comunicação não são apenas o lugar de ressonâncias das vozes pertencentes ao campo político, a proposta neste artigo é realizar um exercício de análise de discursos com objetivo de mostrar, através da análise dos jornais locais, os modos pelos quais cada jornal se posiciona no período que antecede o primeiro turno das eleições municpais de 2004, em Belém, interferindo no rumo das eleições. Palavras-chaves: estratégias, mídia e política
Palavras-Chaves: jornalismo impresso, estratégias discursivas, eleições municipais

História e Jornalismo: reflexões sobre campos de pesquisa
Richard Romancini (ECA-USP)
O artigo discute aportes do método histórico para a pesquisa em Jornalismo. Aborda paradigmas da História e as relações desta disciplina com o jornalismo, como objeto ou fonte de investigações. E, de outro lado, mostra as relações que o campo de estudo em Jornalismo tem estabelecido com a História, discutindo a necessidade do pesquisador da área possuir conhecimentos históricos, em termos mais conceituais e metodológicos do que derivados da prática profissional do jornalismo, a fim de que as investigações alcancem níveis mais explicativos do que descritivos.
Palavras-Chaves: Jornalismo, História, Pesquisa, Interdisciplinaridade

Jornalismo e entretenimento ou jornalismo de entretenimento – algumas reflexões sobre a relação de jornais e revistas a respeito de um mergulho no Leblon
Ana Claudia Souza (ECO UFRJ)
São poucas as vezes que se tem chance de observar um fato e o comportamento da imprensa ao tratá-lo, discutindo publicamente seus critérios para distinguir o que é notícia daquilo que não é. O mergulho de Chico Buarque na praia do Leblon, um espaço público, em fevereiro de 2005, proporcionou esse momento de reflexão na imprensa, que pretende ser retomado aqui neste trabalho na tentativa de aprofundar questões como a influência das revistas de celebridade no fazer diário do jornalismo. Mestre em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ, com a dissertação A (re) invenção do real – o limite entre vida pública e privada na cobertura das revistas de celebridades defendida em março de 2004, sob orientação da Profª. Dr.ª Raquel Paiva, com quem organizou, em 30 de março de 2005, o debate Privacidade e imprensa – entre o mergulho estético e a cobertura ética , na ECO. É chefe da sucursal do Rio de Janeiro da revista Quem Acontece, da Editora Globo.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Celebridades, Notícia, Revistas

JORNALISMO REGIONAL: DESAFIOS E INCONGRUÊNCIAS DA INTERDISCIPLINARIDADE NO CAMPO DA COMUNICAÇÃO
Filomena Maria Avelina Bomfim (PUC Minas Arcos)
Este artigo pretende relatar o trabalho da Coordenação de Atividades Interdisciplinares dos cursos de Comunicação Social da PUC Minas Arcos desde que teve início a estratégia de estimular alunos a produzir artigos a serem apresentados em eventos de cunho regional. Diante dos desafios de se trabalhar no campo da Comunicação Regional na região oeste do estado de Minas Gerais, percebe-se que a possibilidade de tornar visível para alunos e professores a teia de relações que envolve a matriz curricular dos cursos de Comunicação Social abre perspectivas singulares no que se refere à elaboração dos trabalhos de conclusão de curso. Encarados como obstáculos ao fechamento dos compromissos firmados com a Universidade, tais trabalhos deixam de ter a conotação de selo de honra de um processo iniciado desde que se pisa na academia. Na verdade, somente a partir da consciência de que a área da Comunicação Social é eminentemente interdisciplinar, e que, por isso mesmo, torna-se difícil construir esses trabalhos se se negligencia esta natureza do campo, é que docentes e discentes podem desenvolver processos de ensino-aprendizagem engajados com a realidade das regiões distantes dos grandes centros.
Palavras-Chaves: COMUNICAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE, MONOGRAFIAS, PRODUÇÃO DE ARTIGOS

Jornalismo: entre o objetivo e o subjetivo
Filomena Maria Avelina Bomfim (PUC Minas Arcos)


Lentes cruzadas na pesquisa em Jornalismo: a proposta de Barbie Zelizer
Maria Cristina Mendes Ponte (UNL)
A partir da obra recente da investigadora norte-americana Barbie Zelizer, Taking Journalism Seriously (2004), que considera o jornalismo como uma instituição demasiado complexa para poder ser estudada sob uma única lente disciplinar, esta comunicação percorre lentes das ciências sociais e das ciências humanas e os seus contributos cruzados para um conhecimento mais holístico e triangulado sobre o jornalismo como fenómeno social.
Palavras-Chaves: Pesquisa, Sociologia, Estudos Culturais, Ciência Política

Maio de 68 sob a otica do periodico francês Le Monde: a narrativa jornalistica e a representação do real.
Christina Ferraz Musse (UFJF)
Resumo: O artigo se propõe a fazer um inventario do papel do jornal francês Le Monde, como observador, narrador e analista privilegiado dos eventos que marcaram a primavera francesa, em 1968, recuperando o papel fundamental da imprensa na conformação dos imaginarios contemporâneos, como tambem fonte inesgotavel de documentação, que permite ao pesquisador recuperar a memoria (e o esquecimento) dos fatos, trazendo à tona suas controversias, sua evolução e, finalmente, sua complexidade, exposta pela imprensa, como representação do real. Minicurriculo: professora da Faculdade de Comunicação da UFJF; doutoranda da Escola de Comunicação da UFRJ;coordenadora do projeto de Treinamento Profissional em Jornalismo (UFJF/TV Panorama); assessora da Reitoria da UFJF (1998/2002); assessora de comunicação da UFJF (1994/1998); coordenadora do projeto de divulgação cientifica Minuto no Campus (1997/2001); coordenadora nacional do FASCOM -Forum nacional de assessores de comunicação da Andifes - (1997/1998).
Palavras-Chaves: Historia do Jornalismo, Cultura, Politica, Memoria

Mulheres do Caderno B: gerações de jornalistas na empresa da condessa Pereira Carneiro (1960-85)
Patrícia Ferreira de Souza Lima (UFRJ)
A condessa Pereira Carneiro herda em 1954 o Jornal do Brasil, e marca na história da empresa importante reforma editorial, gráfica e textual, quando aparece criações publicadas até hoje, como o Caderno B. O B divulga assuntos de cultura tratados com muita invenção, mas sua peculiaridade foi ser escrito por jornalistas. Ali, mulheres escrevem para mulheres. As gerações 60-80 vivem a crescente urbanização e número elevado de brasileiras trabalha fora de casa. Com a regulamentação do Jornalismo, elas passam a disputar lugar com o gênero oposto, e a feminilidade abre espaço na divulgação de cultura do JB; como diziam, eram as “meninas do B”, que participam do movimento por direitos de cidadania e igualdade nos anos 80. Mas a tradição do JB nomeia homens para postos de destaque, nenhuma delas ocupa a editoria nesse período. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ com a tese “Caderno B do Jornal do Brasil: trajetória do segundo caderno da imprensa brasileira (1960 - 1985)”, e mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio. Concluiu pós-graduação lato sensu de Especialização em Comunicação Jornalística, pela Universidade Cândido Mendes, em 2001. Como pesquisadora, trabalhou na edição da coleção fac-similar do Correio Braziliense, de Hipólito da Costa, lançada em 2003. E-mail: patslima@uol.com.br
Palavras-Chaves: história do jornalismo, identidade jornalística, gênero, geração

Notas sobre a Condição do MST enquanto Fonte Jornalística
Paula Reis Melo (UNISINOS)
Este texto discute as estratégias jornalísticas na cobertura do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, considerando-o como fonte de informação. Assinala que o processo de midiatização lhe dá existência social e reflete como uma nova conjuntura política modifica os critérios de noticiabilidade do MST a partir da análise de notícias em jornais impressos e telejornais. Ao longo de sua crescente midiatização, o lugar de fala do MST parece ter sido ampliado de fonte de confrontação para fonte de contestação, indicando que a cobertura jornalística o capta pelo critério do confronto e do contraditório. Assim, as ações do fazer têm tanto apelo jornalístico quanto as ações do dizer. Havendo agora mais valores-notícias para captá-lo, há mais possibilidades de diversidade na sua noticiabilidade, o que pode significar que há mais abrangência na sua visibilidade midiática. Paula Reis Melo é jornalista, Mestra em Comunicação Rural pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), doutoranda da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), e professora universitária. Atuou como professora substituta na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi professora e coordenadora do Curso de Jornalismo da AESO (Olinda-PE), e é professora licenciada da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). E-mail: preismelo@hotmail.com
Palavras-Chaves: Jornalismo, Fonte de informação, Cobertura jornalística, Noticiabilidade

O campo televisivo e a política nacional (1950-1970)
Sonia Maria de Almeida Ignatiuk Wanderley (UERJ)
Resumo: O artigo é um recorte da tese de doutoramento em História Social (UFF) – Cultura, Política e Televisão: entre a massa e o popular. Tem como objetivo desenhar a constituição do corpo de profissionais que comandaram a televisão brasileira no período que deu forma final às suas principais características: as décadas de 1950 a 1970. Quem são? De onde vêm? Quais as relações desenvolvidas entre eles, enquanto membros do campo televisivo, e com o governo e outros sujeitos sociais, tais como, a universidade e demais meios formadores de opinião.
Palavras-Chaves: campo televisivo, política e televisão, empresariado televisivo

O Critério de Noticiabilidade do SPTV 2ª edição no caso Covas
Valquíria Aparecida Passos Kneipp (UAM)
A quebra de um padrão formal, na rotina de um telejornal, é o fundamento desta pesquisa. O fato histórico ocorreu no dia primeiro de junho do ano de 2000, quando o governador de São Paulo Mário Covas foi até a Praça da República, onde os professores grevistas encontravam-se acampados desde 12 de maio. Este fato derrubou a edição inteira do SPTV Segunda Edição (telejornal regional da TV Globo na Grande São Paulo). Os fatores e os critérios hierárquicos e decisórios, que levaram a este inusitado momento do telejornalismo brasileiro fazem parte das buscas deste trabalho.
Palavras-Chaves: Jornalismo, História, Telejornalismo

O jornalismo como revitalizador da esfera pública: a cobertura do Dia da Luta Antimanicomial de 2004 em Belo Horizonte
Adelia Barroso Fernandes (UNIBH)
O jornalismo tem um importante papel nas sociedades complexas atuais, especialmente conectando os fluxos comunicativos da esfera pública, relacionando o mundo da vida e o mundo sistêmico e dando visibilidade às forças emancipatórias da sociedade. Essa emancipação da sociedade é vista por Boaventura como a possibilidade dos cientistas sociais apoiarem-se no paradigma emergente, que sustenta a solidariedade, as identidades plurais e oferece saídas contra-hegemônicas. O exemplo é o Movimento Antimanicomial, que luta pelo fim dos manicômios, criação de atendimentos substitutivos, como postos de saúde, e reintegração do louco ao convívio social. Nesse caso, os jornais são instrumentos de visibilidade e de ampliação dos debates oriundos dos movimentos sociais e dos diversos campos da sociedade.
Palavras-Chaves: Jornalismo, esfera pública, movimentos sociais, Movimento Antimanicomia

O jornalista como consumidor de informação
Margarethe Born Steinberger-Elias (PUC-SP)
O jornalista como consumidor de informação Profa. Dra. Margarethe Born Steinberger Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) Resumo As teorias do Jornalismo (Wolf, 1987; Traquina, 2004) partem geralmente do pressuposto de que o jornalista é um produtor de notícias e nunca um consumidor de informação noticiosa. O desenvolvimento tecnológico criou novos cenários jornalísticos em que a reciclagem de textos e as reconversões discursivas permitem rever tal pressuposto. Neste trabalho, discuto as implicações teóricas de uma concepção do jornalista como consumidor de notícias e seu impacto sobre a construção de uma história do jornalismo fundada sobre modos de consumir informação. Discuto também como diferentes modos de consumo das notícias podem afetar a memória e a história dos acontecimentos.
Palavras-Chaves: teoria do jornalismo, história do jornalismo, identidade do jornalista, jornalismo e representações so

O jornalista na telenovela
Teresa Cristina da Costa Neves (UFJF), Aluizio Ramos Trinta (UFRJ)
Resumo: Certa tendência à expressão realista, quase "fotográfica", que se vem verificando em nossas telenovelas, demonstra as potencialidades de exercício crítico próprio a este gênero de produção televisual. Nele e com ele se expõe, discute e se chega a intervir na realidade brasileira. Colhendo exemplos (e exemplares) no repertório da "vida real", folhetins eletrônicos dão forma e substância a distintas representações sociais, pautadas no imaginário coletivo e projetadas para seu reforço; entre elas, figura a do jornalista. Em duas telenovelas subseqüentes, recentemente exibidas pela Rede Globo, personagens jornalistas proporcionaram um flagrante bem matizado de relações de veracidade constatável, no que tange à realidade profissional dos jornalistas. Minicurrículos dos autores: Teresa Cristina da Costa Neves é Mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) e professora do Curso de Jornalismo da Facom/UFJF. Aluizio R. Trinta é Doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) e autor de "Teorias da Comunicação" (Rio de Janeiro: Campus, 2003)
Palavras-Chaves: Jornalismo, telenovela, estética hiper-realista, representações sociais

O massacre dos inocentes: a reacção das revistas Veja (Brasil) e Visão (Portugal) ao atentado contra a escola de Beslan
Jorge Pedro Almeida Silva e Sousa (UFP), Maria Érica de Oliveira Lima (UMESP)
A 1 de Setembro de 2004, terroristas islâmicos chechenos e árabes, ligados à Al-Qaeda, invadiram uma escola na Ossétia do Norte, Rússia, num ataque planeado com antecedência, fazendo 1200 reféns. A 3 de Setembro, os russos atacaram, após uma explosão na escola e de os terroristas terem disparado contra crianças. Morreram centenas de reféns, incluindo centenas de crianças. A teoria do jornalismo explica que factores como os critérios de noticiabilidade e os enquadramentos levam a que atentados como esse se tornem notícia universal, pelo que este trabalho teve por objectivo descrever como as revistas Veja (Brasil) e Visão (Portugal) reagiram ao acontecimento, através de uma análise do discurso. Principal conclusão: O trauma alterou os papéis sociais rotineiros do jornalismo, em Portugal e no Brasil. Sem abdicar de uma função informativa, o jornalismo foi veículo de excomunhão e condenação.
Palavras-Chaves: Jornalismo de revistas, terrorismo islâmico, crianças, análise do discurso

O papel social do jornalista pela própria imprensa: análise das matérias publicadas em revistas semanais sobre a proposta de criação de um Conselho Federal de Jornalismo
Sônia Cristina Pedrosa Pereira (UERJ)
O trabalho analisa a construção da identidade jornalística, a partir de matérias que repercutiram a proposta de criação de um Conselho Federal de Jornalismo, em agosto de 2004. As notícias sobre o projeto, apresentado junto com uma série de medidas na área da cultura, deram margem ao surgimento de uma arena de briga pela poder entre os meios de comunicação e o governo federal. Trabalhamos aqui com a hipótese de que o que esteve em jogo foi o poder de controlar, fiscalizar e determinar a ação dos jornalistas, disputado, então, pelo governo e as empresas de comunicação, que trataram de demarcar e confirmar seu espaço de agentes políticos, pelo comando das atividades diárias dos profissionais do jornalismo. A análise das matérias publicadas nas principais revistas semanais do país (Veja, Istoé, Carta Capital e Época) busca os enquadramentos noticiosos utilizados para a construção dessa identidade. Jornalista, mestranda em comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)e especialista em marketing. Participou, como expositora (apresentando trabalhos), do XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, do X SIPEC, do III Seminário Interprogramas de Mestrado em Comunicação (Cásper Líbero) e do I Seminário Integrado do Programa de Pós-graduação da UERJ. Tem trabalhos publicados nas revistas Logos e Contemporânea, da UERJ, na revista Eco-Pós (Programa de Pós-graduação da Escola de Comunicação da UFRJ) e na revista Comunicação & Informação (UFG).
Palavras-Chaves: Jornalismo, papel social, política, identidade

Os comentadores na imprensa de referência portuguesa
Rita Maria Brás Pedro Figueiras (UCP)
Neste trabalho apresentamos um estudo empírico sobre o universo dos comentadores, analisando o perfil dos comentadores e a sua importância mediática para os media em que colaboram. Para tal, estudámos o “espaço opinião” na imprensa de referência dominante portuguesa.O destaque e a visibilidade dados aos comentadores têm aumentado na sociedade portuguesa, fruto da institucionalização da democracia, do desenvolvimento empresarial do sector dos media e da mediatização da comunicação política. Esta pesquisa sobre os produtores de opinião pretende responder a várias questões: quem são os comentadores em Portugal? Em que campos sociais são recrutados? Por que temos estes comentadores e não outros? e por que é que o perfil dos comentadores tem-se mantido imune às alterações estruturais vividas no sector dos media e na sociedade portuguesa? Assistente na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa; Responsável pelo Gabinete de Imagem e Comunicação da FCH da UCP; Investigadora do Centro de Investigação Media e Jornalismo; Doutoranda em Ciências da Comunicação na Universidade Católica Portuguesa; Mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa; Licenciada em Comunicação Social e Cultural pela UCP.
Palavras-Chaves: Comentadores, Imprensa, Opinião Pública, Democracia

Planejamento de uma cobertura: como os jornais Gazeta do Povo e Folha de Londrina se prepararam para cobrir a eleição para o governo do Paraná em 2002
Elza Aparecida de Oliveira Filha (UTP)
A atividade jornal’stica Ž marcada pela imprevisibilidade e pela necess‡ria capacidade de rea‹o r‡pida a situa›es emergenciais. Mas Ž tambŽm uma atividade que pode ser planejada, em especial nos casos de eventos prŽ-agendados, como as elei›es. O presente trabalho busca discutir a prepara‹o feita em duas reda›es do Paran‡ Ð dos jornais Gazeta do Povo e Folha de Londrina Ð para a cobertura da elei‹o de 2002 ao governo do Estado. A an‡lise dos documentos finais das reuni›es de planejamento, bem como entrevistas com profissionais que trabalharam na cobertura, demonstram que os jornalistas procuraram estabelecer mecanismos de prote‹o contra as press›es advindas de outros campos sociais, em especial o pol’tico, e tambŽm buscaram formas de agendar o debate da sociedade em torno da campanha eleitoral, para fugir da mera cobertura cotidiana dos candidatos. Doutoranda do Programa de P—s-gradua‹o em Cincias da Comunica‹o pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), professora dos cursos de jornalismo da Universidade Tuiuti do Paran‡ e Faculdades do Brasil, em Curitiba. Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Paran‡ em 2002. Formada em Jornalismo pela UFPR em 1976 atuou durante mais de 20 nos em jornais di‡rios (O Estado do Paran‡, Indœstria e ComŽrcio, Folha de Londrina, O Estado de S‹o Paulo e O Globo). Email: elzaap@hotmail.com.
Palavras-Chaves: jornalismo, planejamento, cobertura pol’tica, agendamento

Por uma história do jornalismo no Brasil
Marialva Carlos Barbosa (UFF), Ana Paula Goulart Ribeiro (UFRJ)
O texto pretende mostrar o estado da arte das pesquisas em história do jornalismo no Brasil, enfatizado o fato de essas pesquisas serem ainda tributárias de uma idéia de história acontecimental,que destacam os grandes nomes e os grandes feitos de uma história singular do jornalismo, sem a maioria das vezes problematizar questões fundamentais para a visualização da idéia de história como processo. Mostra ainda que a história do jornalismo deve ser visualizada na articulação com conceitos fundamentais tais como memória e tempo e ser considerada nas especificidades dos espaços sociais considerados.
Palavras-Chaves: historia, jornalismo, pesquisas

Producão escrita não è necessariamente redacão: para entender essa questao no (con) texto da formacão em jornalismo
CASSIA LOBAO ASSIS (UEPB)
O objetivo deste trabalho è promover uma reflexão teòrica em torno da producão de textos no contexto particular dos cursos de jornalismo. Questionamos a elaboracão escrita episòdica, tradicionalmente vinculada ao termo redacão, e argumentamos em favor de uma pedagogia que tenha como alicerce a linguagem enquanto recurso intersubjetivo, o que prssupõe um planejamento didàtico criterioso da producão textual.
Palavras-Chaves: producão textual, jornalismo, didàtica da escrita

Quando a mídia é notícia
José Luiz Warren Jardim Gomes Braga (Unisinos)
Resumo Partindo do pressuposto de que uma esfera pública mediática exige, como pré-requisito, uma disponibilidade social de informações sobre a própria mídia, para superar a relativa invisibilidade de seus processos, o artigo faz uma observação exploratória de notícias que veiculam situações de atualidade que têm a mídia como foco principal. Organiza estas matérias em cinco conjuntos diferenciados, analisando as abordagens feitas na cobertura. Constata os limites desta cobertura e particularmente a ausência de um trabalho sistemático comparável ao que é oferecido pela imprensa a outros temas de interesse público geral. Professor Titular no PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos. Doutor em Comunicação pelo Institut Français de Presse, Paris. Mestre em Educação pela Florida State University, EUA. Foi professor de Comunicação na Universidade de Brasília (UnB) e na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Presidente da Compós no período 1993-95. Áreas de interesse – Processos Mediáticos e Métodos de Pesquisa. jbraga@unisinos.br
Palavras-Chaves: Jornalismo, teoria e pesquisa, Notícias sobre a mídia, Crítica da mídia, Media critiscism

Recriando o jornal-laboratório: uma experiência metodológica e editorial diferente
Janara Kalline Leal Lopes de Sousa (UCB), Rafiza Luziani Varão Ribeiro (UCB)
A proposta desse artigo é apresentar a reformulação metodológica, editorial e gráfica do jornal-laboratório ARTEFATO, da Universidade Católica de Brasília. Aplicamos no ensino da prática do jornalismo impresso uma metodologia diferente, tratando o grupo de discentes como um grupo cooperativo, no qual foi possível discutir e refletir sobre o fazer jornalístico e exercitar novas técnicas que vão além dos modelos tão propagados das grandes redações de jornal. O resultado dessa reformulação foi um jornal-laboratório diferente, que já na segunda edição teve sua tiragem dobrada por causa dos inúmeros pedidos que chegaram a redação. Ao final do texto também trazemos os resultados alcançados nesses seis meses de mudança do jornal. Janara Sousa é jornalista e mestre em Comunicação, pela Universidade de Brasília. Atualmente, ministra aulas nos cursos de Comunicação das Faculdades Integradas do Icesp e da Universidade Católica de Brasília. E-mail: janara@ucb.br. Rafiza Varão é jornalista pela Universidade Federal do Maranhão e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília. Atualmente, ministra aulas nos cursos de Comunicação da Universidade Católica de Brasília e da Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas do Distrito Federal - Facitec. E-mail: rafiza@gmail.com.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Comunicação, Ensino, Jornalismo Impresso

Snuff movie: da lenda à realidade
João Barreto da Fonseca (UFRJ), Vanessa Maia Barbosa de Paiva Rangel (FAESA)
A popularização das tecnologias da imagem permitiu um descentramento na produção da informação, além de uma multiplicidade temática, que congestiona os canais tradicionais de transmissão com um leque indiscutivelmente farto de cenas do cotidiano, numa velocidade que torna o extraordinário banal e vice-versa. Aqui enfocaremos algumas imagens captadas por aparelhos de telefonia celular e câmeras de vigilância, que registraram o momento da morte das vítimas e a ação de seus algozes, situação que tira o snuff movie da lenda urbana e lhe confere um status de realidade. João Barreto da Fonseca é doutorando em Comunicação e Cultura, pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Espírito Santo e desenvolve pesquisa na área de cinema e literatura. Vanessa Maia Barbosa de Paiva Rangel é Mestre em Comunicação, Informação e Imagem pela Universidade Federal Fluminense, professora da FAESA e desenvolve pesquisa em Teoria da Comunicação e Semíótica
Palavras-Chaves: tecnologias, televisão, visibilidade, jornalismo

Telejornalismo no Brasil: um olhar sobre os reflexos do padrão americano
Iluska Maria da Silva Coutinho (FACOM - UFJF)
Resumo: Análise das influências do padrão norte-americano de produção e edição de notícias em TV nos modelos de telejornalismo atualmente existentes no país. Neste artigo a reflexão parte da revisão da bibliografia disponível sobre o jornalismo em televisão, e de uma avaliação crítica sobre o tipo de conhecimento produzido, no Brasil e nos Estados Unidos, sobre o Telejornalismo. A busca por registros da relação entre os dois modelos de fazer jornalismo televisivo, em rede, ainda inclui a avaliação de correspondentes brasileiros em Nova Iorque e a análise do material utilizado para o ensino de telejornalismo em nosso país. Jornalista, mestre em Comunicação e Cultura (UnB) e doutora em Comunicação Social (Umesp) com estágio doutoral na Columbia University (NY). Professora adjunto I do Departamento de Jornalismo da FACOM/UFJF e líder do grupo Comunicação, Identidade e Cidadania.
Palavras-Chaves: Telejornalismo, Modelo americano, Texto jornalístico, Edição

Valores-notícia: atributos do acontecimento (Para pensar critérios de noticiabilidade I)
Gislene Silva (UFSC)
Este estudo parte de uma proposta de sistematização dos critérios de noticiabilidade, baseando-se em três instâncias: 1) critérios de noticiabilidade na origem do fato (seleção primária dos fatos / valores-notícia), com abordagem sobre atributos como conflito, tragédia, proximidade etc; 2) critérios de noticiabilidade no tratamento dos fatos, centrados na seleção hierárquica dos fatos e na produção da notícia, desde condições organizacionais e materiais até cultura profissional; 3) critérios de noticiabilidade na visão dos fatos, sobre fundamentos ético-epistemológicos. Como etapa de uma reflexão em três tempos, este artigo trata do primeiro eixo: a partir de demarcações para os conceitos de noticiabilidade, seleção e valores-notícias, faz o levantamento de vários valores-notícia e organiza um elenco simplificado com o objetivo de operacionalizar análises de notícias.
Palavras-Chaves: teoria do jornalismo, noticiabilidade, seleção de notícias, valores-notícia

Zona de sombra sobre os conceitos de agenda e gatekeeper
Beatriz Alcaraz Marocco (Unisinos)
Este artigo explora a produção de scholars norte-americanos e alemães como Albert Schäffle (1831-1903); Karl Knies (1821-1898); Karl Bücher (1847-1930); Ferdinand Tönnies (1835-1936); Albion Small (1854-1926); Edward Ross (1856-1951); Max Weber (1864-1920); Robert Park (1864-1944) e Walter Lippmann (1889-1974). Recupera essas epistemes exógenas situando-as no interior do quadro dos diferentes limiares que caracterizam a constituição do pensamento jornalístico (Foucault, 1995) para visibilizá-las em sua exterioridade original mesma e, com o seu deslocamento ao presente, iluminar a zona de sombra que ocupam nos conceitos contemporâneos das teorias do jornalismo como agenda-setting e gatekeeper.
Palavras-Chaves: jornalismo, teorias sociais da imprensa, agenda-setting, gatekeeper

“O ‘Caso Mão Branca’ na imprensa do Rio de Janeiro: narrativa jornalística, ficção e o fluxo do sensacional"
Ana Lucia Silva Enne (UFF), Betina Peppe Diniz (UFF)
Neste artigo, apresentamos reflexões preliminares acerca do ‘caso Mão Branca’, que, no início dos anos 80, foi manchete, durante meses, nos principais jornais do Rio de Janeiro. Inicialmente, realizamos um sintético levantamento histórico do processo de transição da imprensa carioca nos anos 70 e 80, para a seguir propor, através do caso escolhido, um debate acerca do universo narrativo do jornalismo, em especial o sensacionalista, em suas relação com o campo da ficção.
Palavras-Chaves: jornalismo, narrativa, Mão Branca, sensacionalismo

NP-03. Publicidade, Propaganda e Marketing


A Cenografia “Estrelar” do Lux
Maria Amélia Chagas Gaiarsa (UCSal)
Os anúncios do sabonete Lux, anteriormente conhecido no Brasil como Lever e presentes na mídia desde a década de 30, apresentam uma cenografia que busca legitimar o conceito de suas campanhas, que é instituí-lo como o produto preferido por 9 entre 10 estrelas de cinema. Objetivo deste trabalho é analisar as cenas de enunciação, comparando o discurso dos anúncios veiculados em diferentes épocas, e apresentar as mudanças ocorridas, levando em consideração o sujeito da enunciação, responsável pelo dizer.
Palavras-Chaves: Discurso publicitário, cenografia, subjetividade, sabonete Lux

A mensagem publicitária na Internet - a imagem refletida da gratificação
Walter Freoa (FCL)
Este trabalho tem como objetivo analisar a publicidade na Internet como imagem refletida da sociedade de consumo e comercialização de marcas. A publicidade e as novas tecnologias. Contextualizar a internet como meio de comunicação e situá-la dentro dos estudos da mídia. Ver-se-á, inicialmente, de forma sucinta a história da rede, necessária para compreender a idéia central deste artigo; o desenvolvimento da Internet na linha do tempo; como meio de comunicação; e um referencial teórico de autores que analisam a Internet e a publicidade. Walter Freoa: publicitário, professor, pesquisador e consultor de marketing. Graduado em Comunicação Social, Especialista em Comunicação e Marketing, mestrando em Comunicação e Mercado. Professor da Faculdade Cásper Líbero e do Centro Universitário Ibero-Americano. E-mail: wfreoa@facasper.com.br.
Palavras-Chaves: Internet, comunicação, publicidade, marcas

A Pesquisa em Marketing e o Papel dos Meios de Comunicação
Felipe Tavares Paes Lopes (PUC-SP / ESPM / EPP), Arthur Meucci (USP / ESPM / EPP), Eduardo Rezende Proença (PUC-SP / EPP)
Este trabalho tem por objeto principal iniciar uma nova abordagem do marketing segundo um programa de pesquisa. Propomos uma reformulação epistemológica e metodológica capaz de dar a este programa uma maior eficiência e segurança, fornecendo procedimentos que nos darão técnicas em marketing mais eficientes. Neste programa os meios de comunicação são fator ativo no processo. Veremos como as teorias e os métodos acabam deslocando o marketing das ciências sociais aplicadas para uma nova área, aonde não se trabalha mais com um mundo concreto, e sim com o mundo de representação. - Felipe Tavares Paes Lopes Mestrando em Psicologia pela PUC-SP, Pesquisador-Assitente do Núcleo de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM, e Pesquisador do Espaço Ética. (ftplopes@yahoo.com.br) Arthur Meucci Mestrando em Filosofia pela USP, é Pesquisador-Assitente do Núcleo de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM, e Pesquisador do Espaço Ética. (meucci@usp.br) Eduardo Rezende Proença Mestrando em Administração pela PUC-SP, Pesquisador do Espaço Ética (eduproenca@uol.com.br)
Palavras-Chaves: Comunicação, Marketing, Propaganda, Epistemologia

A Propaganda em Televisão Criando Hábitos de Consumo na População de Baixa Renda
Manoel Jesus Soares da Silva (UCPel)
RESUMO - Este trabalho tem como objetivo constatar se a propaganda em televisão comercial consegue atingir seu objetivo: a criação de hábitos de consumo, ou apenas um de seus efeitos colaterais: o do entretenimento. O público alvo para a pesquisa é a população de baixa renda da periferia de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Com este objetivo, optou-se por fazer um levantamento bibliográfico relativo à área observada, definir o que são hábitos de consumo e população de baixa renda. Depois, foi a vez de se aplicar dois questionários: o primeiro delimitando a população que correspondia ao perfil desejado; o segundo para detectar os hábitos de consumo.
Palavras-Chaves: Propaganda, Televisão, Hábitos de consumo, População de baixa renda

A Publicidade no divã: análise psicanalítica dos anúncios televisivos da Chevrolet
Lideli Crepaldi (IMES)
Resumo: A pesquisa tem como objetivo principal entender, por meio de análise psicanalítica e revisão bibliográfica, como as peças publicitárias da indústria automobilística atingem os espectadores e buscam transformá-los em consumidores em potencial ou real de seus produtos. Utilizando uma amostra de quatro anúncios da empresa General Motors, veiculadas na televisão em 2004-2005, concluiu-se que a empresa leva em consideração a idéia do automóvel como parte integrante da vida das pessoas, entendendo que este bem material lhes proporciona alegria e desenvolvimento. Também é possível inferir, de maneira indireta, que o intuito dos anúncios não é somente vender como também tornar o cliente fiel à marca. Minicurrículo: Professora do IMES/São Caetano do Sul, FSA/Santo André e psicanalista. Graduada em Psicologia, Mestre em Recursos Humanos, Mestre em Marketing e Comportamento do Consumidor, Doutora em Ciências Sociais e Pós doutoranda em Comportamento do Consumidor pela FEA/USP.
Palavras-Chaves: Anúncio, Consumidor, Psicanálise

A Utilização de Ferramentas de Pesquisa no Mercado Publicitário: Um Estudo Focado em Agências de Propaganda de Porto Alegre.
Beatriz Willemsens (PUCRS), Sandra Maria Stival (PUCRS), Déa Waleska Severo Machado (PUCRS), Patrícia Eloi Gomes Voser (PUCRS), Karla Copetti Didonet (PUCRS)
O presente artigo, de caráter exploratório, se propõe a oferecer um panorama geral sobre a utilização das ferramentas de pesquisa no mercado publicitário. Para tanto, o trabalho se dividiu em duas etapas distintas: revisão bibliográfica e pesquisa de campo (entrevistas com profissionais de agências de propaganda de Porto Alegre). Entre os resultados, notou-se uma preferência por pesquisas qualitativas e foram apontadas algumas dificuldades para a obtenção de uma cultura empresarial mais voltada para a pesquisa, como o alto custo deste recurso e a falta de tempo (prazos muito curtos para a elaboração de campanhas). Beatriz Willemsens: Mestre em Administração e Negócios com Ênfase em Marketing (PUCRS), Administradora da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, beatriz_willemsens@yahoo.com.br Sandra Stival: Mestre em Administração e Negócios com Ênfase em Marketing (PUCRS), Professora do Centro Universitário Feevale, da FAPA e da FAE, sandrastival@terra.com.br Déa Machado: Mestre em Administração e Negócios com Ênfase em Marketing (PUCRS), Gerente de Recursos Humanos da Tim RS, juliadalo@terra.com.br Patrícia Voser: Mestre em Administração e Negócios com Ênfase em Marketing (PUCRS), Professora da Faculdade São Marcos, pvoser@ig.com.br Karla Didonet: Mestre em Administração e Negócios com Ênfase em Marketing (PUCRS), Professora da UNISC, kdidonet@terra.com.br
Palavras-Chaves: Agência de Propaganda, Pesquisa de Marketing, Mercado Publicitário

Afirmação Básica: desdobrando Reeves. Metodologia de criação de mensagens publicitárias na FCA da Universidade Mackenzie.
Milton Martins de Lara Junior (UPM), Carlos Eduardo Santos Silva (UPM), Lourdes Malerba Gabrielli (UPM), Ricardo Bruscagin Morelatto (UPM)
Enquanto o marketing e a publicidade ganham espaço no panorama de nossa sociedade, e os investimentos de grandes organizações prioriza verbas para a criação de mensagens publicitárias adequadas e precisas, a metodologia de criação dessas mensagens continua sendo feita a partir de fatores como a inspiração, o talento e a boa vontade. Na cadeira de Processos de Criação da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Presbiteriana Mackenzie, um grupo de pesquisadores introduz um novo conceito, destinado a estabelecer essa ponte entre o planejamento e a execução, eliminando a imprecisão e aumentando a eficácia das mensagens publicitárias. Milton Martins de Lara Junior é doutorando pela Puc- SP, em Comunicação e Semiótica, mestre em Comunicação e Artes pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com a dissertação: “Password: Propaganda; a Propaganda como senha para a não-linearidade da linguagem”. Professor-chefe da cadeira Processos de Criação da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Mackenzie e professor do curso de pós-graduação (Lato Sensu) de Administração de Empresas, no módulo de Marketing, da Puc – Cogeae/SP. Contato: millara@uol.com.br.
Palavras-Chaves: Publicidade, Marketing, Criação publicitária, Afirmação básica

Comunicação Midiática e Intencionalidade Discursiva
Wilson Pereira Dourado (UNINOVE)
As mensagens publicitárias são dotadas de intenções e finalidades previamente traçadas, que anunciam a satisfação do nosso ser. São capazes de gerar efeitos de sentido para os mais diversos públicos e nelas transformar o que somos com o que desejamos ser, transformando uma realidade oculta em poder de linguagem persuasiva. Esta, por sua vez, comunica o prazer que poderá ser obtido sempre proporcionando o máximo de aparência e o mínimo de valor de uso porque as pessoas são impulsionadas pela satisfação e pelos benefícios que terão quando são detentoras de determinado bem, mesmo que abstrato, e isso não implica um valor racional de aquisição. Wilson Pereira Dourado. Publicitário, Mestre em Comunicação e Mercado, Diretor Executivo Adjunto da APP de São Paulo, Professor e Coordenador do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Nove de Julho–Uninove.wpdourado@terra.com.br
Palavras-Chaves: Comunicação, Discurso, Mídia, Mercado

Controle Panóptico no Big Brother Brasil: uma estratégia de Marketing de Relacionamento.
Dirceu Tavares de Carvalho Lima Filho (UFPE), Gabriela Bezerra Lima (UNIVERSO/RECIFE)
O programa do gênero reality show, Big Brother Brasil (BBB) da Rede Globo, atingiu a quinta edição com recordes de audiência, possibilitando analisar a transformação de “espectadores” em “usuários” por meios interativos como a telefonia e a Internet através dos modelos de CRM ou Marketing Relacionamento. Este artigo analisa como a Rede Globo através do BBB ordena um processo cognitivo que ensina a introjetar na subjetividade do telespectador-usuário os valores do conceito do “panóptico invertido” típico da pós-modernidade definido por Foucault (2003) e Deleuze (1994). Que estrutura relacionamentos virtuais regidos pelos valores que Gilberto Freyre (1954) associava à ideologia dos jesuítas e dos franciscanos na formação do povo brasileiro, sub-classificados por sua vez pelas identidades dos arquétipos de personalidade de Mark e Pearson (2001).
Palavras-Chaves: Publicidade, humor, controle, panóptico

Discurso publicitário e produção de sentido
ELOÁ MUNIZ DA SILVA (ULBRA)
A publicidade faz parte do contexto comunicacional do mundo empresarial. Comunicar-se com os consumidores constitui o objetivo intencional de persuadir comportos num sentido determinado e preestabelecido. Cria pelos processos comunicacionais um discurso que produz sentido. O consumidor poderá ou não se sentir atraído, quanto mais estiver engendrado no cotidiano e identificado com a cultura, tanto mais será percebido e reconhecido. O discurso publicitário não é um caminho de inspiração divina, é o processo pelo qual o plano estratégico de marketing constituirá a base de operações do composto comunicacional, estabelecendo o conteúdo de comunicação sobre o qual produzirá o sentido pela emissão do discurso publicitário. É fundamental atingir os consumidores sem perder de vista o objetivo estratégico apresentado no conteúdo do discurso emitido pela campanha de publicidade. Eloá Muniz Professora pesquisadora do Curso de Comunicação Social da Universidade Luterana do Brasil. Mestre em Ciências Comunicação, Área de Concentração Semiótica. Coordena a linha de pesquisa Comunicação e Mercado. Autora do livre recentemente lançado Comunicação publicitária em tempos de globalização.
Palavras-Chaves: comunicação mercadológica, publicidade, produção de sentido

Fragilidades estruturais da publicidade: direcionando o foco das discussões
Cinara Augusto (UNISANTOS)
Doutora em Ciências da Comunicação (USP), publicitária, professora do programa de pós-graduação e supervisora de pesquisa da Cátedra Giusfredo Santini de Comunicação da UNISANTOS. Resumo O levantamento dos temas e discussões do meio profissional de publicidade nos últimos anos expõe as fragilidades da indústria publicitária, tanto de manutenção das relações entre agências, anunciantes, veículos e fornecedores quanto de valorização da atividade. Nesse contexto, a ideologia do dom em contraposição à necessidade do ensino superior e o desinteresse pela defesa de exigência da formação acadêmica específica para o desenvolvimento da ética e da responsabilidade social do publicitário aparecem como barreiras para a legitimidade da profissão na sociedade como um todo e para o resgate de seu valor.
Palavras-Chaves: Publicidade, Legitimação profissional, Ensino superior, Responsabilidade social

Ideologias, valores e representação de gênero na publicidade
Flailda Brito Garboggini (PUCCamp)
Procuramos estabelecer um paralelo entre as propostas de quadrado semiótico de Jean-Marie Floch para as representações masculina - feminina e os quadrados das ideologias publicitárias e dos valores relacionados. Partindo de nosso estudo anterior, sobre as tendências de representação dos gêneros em anúncios de revista do tipo news como Veja e L’Express no período de 2001-2002, verificamos tendências, relacionando com ideologias e valores dominantes na França e no Brasil. Observamos que no primeiro há maior apelo à sensualidade e ao erotismo e, em especial, aos novos tipos de representação masculina, enquanto no Brasil, essas características são exploradas de forma mais amena nas revistas analisadas. Minicurrículo: Professora da PUC-Campinas no Curso de Publicidade e Prapaganda desde 1985; Pós-Doutorado pela Universitè Lumière, Lyon 2 , bolsista do CNPq de outubro 2001 a maio 2002; Doutorado em Ciências da Comunicação pela ECA-USP(1999)Mestrado em Multimeios pelo IA-Unicamp (1995), Especialiazação em Marketing pela ESPM-SP (1986), Graduação em Publicidade e Propaganda pela PUC-Campinas (1974).
Palavras-Chaves: publicidade, semiótica, gênero, ideologias da publicidade

Importância e Significado que as Crianças Atribuem ao Vestuário, às Marcas e à Moda – Recurso À Representação Gráfica
António Joaquim Magalhães Cardoso (UFP), Mário de Araújo (UM), Eduarda Coquet (UM)
Este estudo foi realizado em quarto escolas do ensino básico (nível 1) do distrito do Porto (Portugal). Procurou-se analisar, através da representação gráfica (desenho) se as crianças (dos 6 aos 10 anos de idade) consideram o vestuário como elemento fundamental no seu auto-retrato; Identificar o tipo de peças representadas e analisar os signos visuais e as marcas representadas no desenho. O tema utilizado foi o “Auto-retracto presente” que envolveu 260 crianças e, numa segunda fase, o “Auto-retracto ideal” e envolveu 261 crianças. Os resultados evidenciam que as crianças atribuem muita importância ao vestuário no seu auto-retracto, têm consciência da moda, valorizam as marcas (particularmente as desportivas) e gostam de um estilo prático e desportivo.
Palavras-Chaves: Crianças, marketing, representação gráfica, vestuário

O Sutiã Semiótico: análise do filme publicitário “Primeiro Sutiã” como signo associado à descoberta da feminilidade
Rodrigo Duguay da Hora Pimenta (UNICAP)
Resumo A mensagem publicitária gera um impacto em seu interpretante que pode ultrapassar a simples barreira da linha de vida de exibição de uma peça na mídia. Tanto que algumas peças, em especial filmes veiculados em televisão, trazem ao mundo contemporâneo a capacidade de transformar seus signos em simbologias universais, que passam a aderir ao conceito de determinados produtos, ou de classes de produtos. Nesta perspectiva, observando as características dos principais signos presentes na narrativa do filme “primeiro sutiã” da empresa de lingerie Valisère, pretendemos validar a transformação do objeto sutiã de índice evidente de descoberta da feminilidade adulta na adolescente a um símbolo legitimador desta descoberta, numa cultura contemporânea ocidental. Minicurriculo Rodrigo Duguay da Hora Pimenta é graduado em Comunicação Social - Habilitação Publicidade e Propaganda (1998) e Mestre em Comunicação (2005) pela Universidade Federal de Pernambuco. É publicitário, consultor de planejamento em comunicação e professor na graduação da Universidade Católica de Pernambuco e da Universidade Salgado de Oliveira - Campus Recife - atuando na área de Comunicação, com ênfase em Publicidade e Propaganda.
Palavras-Chaves: Semiótica, Publicidade, Televisão, Sutiã

O Uso Estratégica da Internet nos Planos de Marketing e Comunicação das Empresas: Uma Perspectiva de Empresas Catarinenses
Venilton Reinert (FURB), Jane Iara Pereira da Costa (UDESC), Olga Regina Cardoso (UFSC)
As mudanças ocorridas no mercado pós-internet têm forçado as organizações a reavaliarem a maneira de fazerem seus negócios e seu marketing. Em pesquisa desenvolvida junto a empresas do Estado de Santa Catarina, buscou-se saber como elas vêm utilizando a Internet para atingir objetivos mercadológicos. Os resultados mostram que as empresas adotaram a Internet como instrumento de trabalho de forma parecida. Verifica-se que o fator que as motivou a adotar estrategicamente a Internet foi o consumidor, seguido da modernidade, concorrência. Observa-se que o produto, o preço e a distribuição não são preocupações para essas empresas, ao contrário da comunicação, que é a principal delas. Dentre as atividades utilizadas, destacam-se o CRM, a propaganda, a promoção de vendas e o marketing direto Venilton Reinert Professor do Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Regional de Blumenau - FURB Master Of Arts Pittbsurg State University Doutor Engenharia de Produção - UFSC Jane Iara Pereira da Costa Professora do curso de Adminstração da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Doutora Engenharia de Produção - UFSC Olga Regina Cardoso Professora da Engenharia de Produção da Universidade Federeal de Santa Catarina - UFSC Doutora Engenharia de Produção - UFSC
Palavras-Chaves: Planejamento estratégico, Marketing, Comunicação, Internet

Publicidade Interativa e Marketing de Relacionamento na Internet
Luiz Alberto Vivan (UTP)
A avalanche de informações geradas nas últimas décadas, o aumento da concorrência, a diminuição das margens de lucro e o amadurecimento do consumidor em diversos segmentos de atuação têm exigido das empresas soluções que as levem à diferenciação e manutenção de seus mercados. Entre inúmeras possibilidades, destacam-se as estratégias de relacionamento com o consumidor por meio do gerenciamento de informação e gestão do conhecimento organizacional. Este artigo propõe, portanto, explorar práticas da publicidade interativa como ferramenta de relacionamento sob o ponto de vista dos mercados virtuais e gestão do conhecimento organizacional. Para tanto, fez-se um breve apanhado da evolução dos processos comunicacionais e dos conceitos centrais do marketing de relacionamento até à utilização comercial da Internet e suas implicações no cotidiano dos mercados.
Palavras-Chaves: Processos Comunicacionais, Publicidade Interativa, Marketing de Relacionamento

Publicidade, Marca e Concorrência Monopolista
Jean-Charles Jacques Zozzoli (UFAL)
Resumo: Partindo de um recente sucesso de livraria, cujo autor é um renomado publicitário no contexto internacional, que apresenta um olhar conceitual mais abrangente, porém muito polêmico, sobre a publicidade, do que as tradicionais definições e conceituações da área, esse paper discute a pertinência das principais considerações envolvidas ao tempo em que se contrapõe ao pretendido ineditismo de algumas dessas proposições, tais como, principalmente, considerar a marca uma experiência. Resgatando propostas analíticas anteriores a essa obra, discorre sobre influências comerciais e simbólicas no mercado e o uso relacional da marca (signo distintivo e síntese de experiência) que assinalam diferença(s) e geram monopólios simbólicos e mercadológicos tanto da maioria quanto de minorias. Minicurrículo: Graduado em Propaganda e Marketing (Université de Franche-Comté–Besançon, 1976); Especialista em Lingüística e Comunicação (UFAL, 1986); Mestre em Multimeios (UNICAMP, 1994); Doutor em Ciências da Comunicação (USP, 2002). Na França, atuou em agências de propaganda nos serviços de planejamento e criação. No Brasil, é professor de Graduação e de Pós-Graduação lato sensu na UFAL. Suas pesquisas (na UFAL e NIELP-USP) e publicações focalizam principalmente a marca e o consumo sígnico.
Palavras-Chaves: Publicidade, Marca, Consumo sígnico, Concorrência monopolista

Reflexões Sobre os Sujeitos da Enunciação e do Enunciado na Publicidade
Eneus Trindade Barreto Filho (USP)
Reflexões Sobre os Sujeitos da Enunciação e do Enunciado na Publicidade Dr. Eneus Trindade (NIELP/CRP/ECA/USP-SP e UNIMEP - Piracicaba-SP) Resumo A partir do projeto de pesquisa Produção Social de Sentido: a enunciação publicitária nos pólos da emissão e da recepção, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Linguagem Publicitária(NIELP), do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo - CRP- da ECA/USP, é que propomos reflexões e apresentamos resultados parciais do trabalho, ainda em desenvolvimento, no que se refere às questões da categoria actancial (pessoa/sujeito) no âmbito da enunciação e do enunciado das mensagens publicitárias.
Palavras-Chaves: Publicidade, processos midiáticos, enunciação, sujeito

Sociedade persuasiva: um olhar sobre a Revista Veja, a partir das idéias de Miguel Roiz
carlos golembiewski (univali)
Este artigo faz uma análise da publicidade inserida na Revista Veja, a partir das idéias do sociólogo Miguel Roiz. Violência Simbólica, Controle Social, Sociedade Persuasiva são alguns conceitos usados pelo autor espanhol. Para Roiz, vivemos numa sociedade persuasiva interessada apenas no consumo. E, a mídia, seria a grande incentivadora desse processo. A Revista Veja, principal revista de informação do Brasil, não foge a regra. Suas páginas estão cheias de anúncios e matérias voltadas ao consumo. Doutorando em Comunicação Social na PUC/RS (2004), Mestre em Comunicação Social pela PUC/RS (2003). Professor de Telejornalismo e Comunicação Comparada na Universidade do Vale do Itajaí – Univali, Itajaí, Santa Catarina. c.golembiewski@univali.br
Palavras-Chaves: Publicidade e Propaganda, Persuasão, Revista Veja, Jornalismo

Televisão e publicidade: ações convergentes
Maria Lilia Dias de Castro (Unisinos)
Partindo de uma aproximação entre os universos da publicidade e da televisão, este trabalho busca inicialmente explorar apropriações e interfaces, para depois discutir e analisar um tipo de ação e / ou movimento em que praticamente esses fazeres se fundem, que o caso do merchandising. Para tal, discute a noção de publicização como um movimento discursivo utilizado por essas mídias tanto para a difusão de informações e promoção de produtos, como pela propagação de ações de interesse público, passando pela divulgação de uma mesma emissora. No âmbito dessa comunicação a intenção é refletir sobre um tipo de discurso de publicização: aquele feito pela publicidade quando se propõe a invadir a programação para lançar seus produtos – o merchandising comercial – e sua relação com a telenovela.
Palavras-Chaves: publicização, merchandising, posição narrativa, discurso

Uma análise do ambiente contemporâneo da comunicação mercadológica: reflexividade, individualização e identidade.
João Renato de Souza Coelho Benazzi (PUC)
O presente estudo deteve-se em analisar aspectos do ambiente sócio-cultural em que ocorrem os processos de comunicação mercadológicos na contemporaneidade. Foram abordados aspectos específicos das relações entre o caráter reflexivo das mudanças contemporâneas, o processo de individualização, o processo de construção de identidades, suas repercussões nas percepções sobre os estilos de vida como pano de fundo dos processos comunicacionais mercadológicos. Analisam-se as inter-relações do ambiente social da contemporaneidade com ênfase na reflexividade dos processo de mudanças constantes e seus impactos nos públicos, agentes de cosnstrução de significado nos processos de comunicação de mercado. O foco da análise recai na análise do papel que processos de comunicação desempenham na construção das imagens sobre si e sobre os outros do sujeito reflexivo, fragmentado, descentrado e marcado por seus estilos de vida. Na oposição entre o global homogeneizante e a valorização do local analisa-se a forma como que o sujeito constrói imagens sobre si e sobre as suas afiliações.
Palavras-Chaves: Marketing, Identidade, Reflexividade, Comunicação mercadológica

“Do Ponto de Vista Nativo”: Compreendendo o Consumidor através da Visão Etnográfica
Carla Fernanda Pereira Barros (ESPM-RJ), Everardo Pereira Guimarães Rocha (PUC-Rio), Cláudia da Silva Pereira (UFRJ)
O presente artigo se propõe a discutir a utilização do método etnográfico, originário da Antropologia Social, dentro de algumas áreas ainda pouco exploradas nos campos da Comunicação e do Marketing. Inicialmente, o artigo apresenta o que seria a etnografia dentro da tradição antropológica, mostrando as características do método e como ele se constituiu; em seguida, explora algumas das possibilidades de adaptação e aplicação da etnografia em campos como comunicação, consumo, e netnografia. O uso do método etnográfico na área de estudos do comportamento do consumidor, ao privilegiar a busca de significados sociais pela observação direta dos fenômenos humanos, se apresenta como uma alternativa de pesquisa frente aos estudos positivistas que dominam a área, tanto no exterior quanto no contexto brasileiro. Everardo Rocha – Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ; Mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ e Mestre em Comunicação Social pela ECO-UFRJ. Professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio. Carla Barros – Doutoranda do Instituto COPPEAD de Administração da UFRJ. Especializada em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ. Professora da ESPM-Rio e da PUC-Rio. Cláudia da Silva Pereira - Doutoranda em Antropologia Cultural pelo PPGSA do IFCS/UFRJ. Mestre em Antropologia Cultural pelo PPGSA do IFCS/UFRJ. Pós-Graduada em Pesquisa de Mercado e Opinião Pública pela UERJ e em Propaganda e Marketing pela ESPM-Rio.
Palavras-Chaves: marketing, publicidade, antropologia, etnografia

NP-04. Produção Editorial


A Trajetória de Lula nos livros
João Elias Nery (Unib), Gisele Taboada da Silva (Unicsul)
O trabalho analisa livros que abordam a trajetória política, partidária e pessoal de Luis Inácio Lula da Silva, ocupante atual da Presidência da República. A pesquisa de campo foi realizada em bibliotecas públicas, presencial ou virtualmente, ao longo do ano de 2004. Foram catalogados 52 títulos e organizadas informações acerca de local de edição, editora e autor. Sobre as obras a pesquisa buscou identificar suas temáticas, tendo-as classificado em: a) trajetória pessoal; b) Presidentes do Brasil incluindo Lula; c) Trajetória política de Lula; d) Lula/PT/Eleições; e) Governo Lula. Buscamos compreender a função dos livros que abordam a figura política de Lula no contexto da sociedade do espetáculo. Professor e pesquisador no curso de Comunicação Social da Universidade Ibirapuera; Doutor em Comunicação e Semiótica – PUC/SP. eliasnery@uol.com.br
Palavras-Chaves: Livros no Brasil, Livros sobre políticos, livros e política

Abril Cultura (1968-1982) e o desenvolvimento do mercado de fascículos, coleções e enciclopédias durante a Ditadura Militar
Mateus H. F. Pereira (UEMG)
A Editora Abril, via Abril Cultural, de 1968 até 1982 lançou mais de 200 fascículos, livros e discos no mercado editorial brasileiro. Este texto pretende narrar a trajetória desta empresa procurando apresentar alguns elementos para se pensar a produção cultural durante a Ditadura Militar. Neste sentido, analisa-se o contexto de desenvolvimento da referida empresa; a dinâmica editorial de uma coleção e alguns prefácios de fascículos e coleções.
Palavras-Chaves: Mercado Editorial, Abril Cultural, Fascículos, Ditadura Militar

As editoras Civilização Brasileira e Brasiliense e as agências reguladoras do mercado de livros, no Brasil, entre os anos 70 e 80 do século XX.
ANDRÉA LEMOS XAVIER GALUCIO (UFF)
Ao longo do regime militar no Brasil, observamos a criação de um novo espaço que passou a ser ocupado, no mercado editorial, pelas editoras brasileiras que publicavam autores e textos considerados de esquerda. Para melhor compreender tal processo, este trabalho pretende mapear as relações entre as agências reguladoras do mercado editorial brasileiro, mais especificamente, Câmara Brasileira do Livro, Instituto Nacional do Livro, Sindicato Nacional dos Editores de Livros e as Editoras Civilização Brasileira e Brasiliense.
Palavras-Chaves: história editorial, editoras de esquerda, produção editorial, mercado editorial

ATRATIVIDADE DA CAPA DO LIVRO NO MEIO ONLINE
Missila Loures Cardozo (UMESP)
Este trabalho trata-se do resumo de dissertação de mestrado e teve como objetivo entender a capa do livro como sendo sua “embalagem”, com suas características persuasivas dentro do e-commerce (mercado potencial em desenvolvimento) e como se comporta o consumidor em compras online e off-line. Análise da concepção da capa do livro e a utilização de técnicas persuasivas para potencializar sua decodificação, bem como sua importância no ato da compra tradicional ou online. Esta pesquisa baseia-se em levantamento bibliográfico e pesquisa de campo (experimento), de forma a contemplar tanto o aspecto teórico, quanto o factual. De maneira geral, este trabalho pode apontar que a presença da capa dos livros no e-commerce é de fundamental importância na decisão do consumidor, podendo, inclusive, gerar compras por impulso, e que a imagem é o elemento mais importante na composição de uma capa.
Palavras-Chaves: capa, livro, atratividade, internet

Do Jornalismo à Literatura: As Dificuldades Do Escritor No Mercado Editorial Brasileiro
Ivana Mendes Cardoso Barreto (UNESA)
Este trabalho exemplificará, a partir da experiência de Clarice Lispector na mídia impressa, como colunista do Caderno B, do Jornal do Brasil, entre os anos de 1967 e 1973, as dificuldades enfrentadas pelos escritores na sociedade brasileira, considerando a difícil situação do mercado editorial no País, que embora apresente alguns períodos de relativa euforia, sempre representou uma barreira à pretensão daqueles que pretenderam viver da escrita. Minicurrículo - Doutora em Literatura Brasileira – PUC-RJ, Mestre em Literatura Brasileira (UFRJ). Bacharel em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo – é professora assistente da Universidade Estácio de Sá, onde ministra as disciplinas Redação Jornalística 1, Técnicas de Reportagem em Jornalismo 2 e Projetos Experimentais 2. Atuou também como docente na Universidade Gama Filho e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi, ainda, coordenadora do Curso de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá.
Palavras-Chaves: Clarice Lispector, mídia, livro, mercado

Fases do Ciclo Militar e censura a livros – Brasil, 1964-1978
Sandra Lucia Amaral de Assis Reimão (UMESP)
Resumo: Este trabalho busca traçar um panorama inicial das fases de atuação da censura em relação a publicação e distribuição de livros no Brasil durante o Regime Militar. Sandra Reimão Professora na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e pesquisadora – Produtividade em pesquisa do CNPq. Publicou os livros Mercado Editorial Brasileiro (ComArte/FAPESP, 1996) e Livros e Televisão – correlações (Ateliê, 2004).
Palavras-Chaves: Brasil, censura, Livros, Regime Militar

Jornalismo ou literatura? A produção de Moacyr Scliar
Barbara Heller (Unip)
Pretendo verificar como Moacyr Scliar parece matizar os tênues limites que separam “texto jornalístico” de “texto ficcional”. A fim de verificar com maior acuidade como o autor se utiliza do suporte “jornal” e do suporte “livro” e as adequações necessárias para migrar de um a outro, recorrerei à análise de três de suas histórias publicadas em O imaginário cotidiano e A mulher que escreveu a Bíblia. Barbara Heller:Docente do Mestrado em Comunicação na Universidade Paulista (UNIP), docente de literatura brasileira no Centro Universitário Fundação Santo André e pesquisadora do Grupo de Pesquisa “Mídia e cultura”. E-mail: bheller@attglobal.net
Palavras-Chaves: Moacyr Scliar;, jornalismo, ficção, mediação

Modos de formalização do projeto gráfico: a questão do estilo
Washington Dias Lessa (ESDI/ UERJ)
A resolução formal de um projeto de design gráfico se dá a partir de fatores funcionais, tecnológicos, simbólicos, estéticos etc. A questão do estilo pertence, embora não exclujsivamente, ao âmbito estético, tendo sido equacionada de diferentes maneiras ao longo da história da profissão. Este texto busca indicar as transformações de dois modos de se considerar o estilo como categoria que participa da teoria e da prática do design gráfico. Esses modos são dados: a) pela história da arte e da cultura; b) pela consideração de um "estilo gráfico", que partiria do marco estabelecido por Gutenberg, passaria pelas inflexões causadas pela Revolução Industrial e pela consolidação do design gráfico moderno, chegando aos desafios contemporâneos colocados pela "revolução" digital. Washington Dias Lessa é formado em design e é professor da ESDI-Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ desde 1977. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Em sua atuação como designer gráfico desenvolveu inúmeros projetos na área de design editorial
Palavras-Chaves: Produção editorial, Práticas editoriais, Suportes da escrita

O diálogo gráfico/editorial: projeto gráfico e hipóteses de trabalho
Michaella Pivetti (USP)
RESUMO: Propõe-se individuar determinados aspectos da nossa cultura que possam ter influência significativa na práxis editorial mais recente. O objeto de análise constituí-se no diálogo gráfico/editorial, a partir dos planejamento gráfico e suas premissas de trabalho, em dois campos distintos de atução: jornalismo impresso e publicação de livros. Sugere-se que a observação de alguns dos mecanismos por trás do processo de tais planejamentos sirva para refletir sobre questões da comunicação as quais afetam diretamente a indústria jornalística e as demais produções culturais do setor gráfico. Ao mesmo tempo, com a proposta da análise, espera-se reforçar o quadro de referências para a atuação profissional. MINICURRICULO: 2005/ I sem.: participa do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) para alunos da Pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP), sob orientação do Prof. Dr. José Luiz Proença; 2003/ I sem.: ingressa no curso de Pós-graduação em Ciências da Comunicação no núcleo de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP; 2001/ I sem.: é aprovada na seleção para aluno especial da disciplina Fotografia, Comunicação e Memória ministrada pelo Prof. Dr. Boris Kossoy no curso de Pós-graduação de Jornalismo da ECA; 1992/ Janeiro: gradua-se em Comunicação Visual pela Faculdade da Cidade, Rio de Janeiro.
Palavras-Chaves: Projeto gráfico, Jornalismo, Editoração, Cultura gráfica

Tendências do mercado do livro no Brasil: democratização ou elitização? Notas preliminares
Anibal Francisco Alves Bragança (UFF)
Neste trabalho serão apresentadas tendências atuais percebidas no mercado editorial brasileiro e que apontam para a democratização do consumo e do acesso à leitura de livros, ao mesmo tempo que se verificam fortes vetores socioeconômicos e culturais que fazem do livro um produto acessível cada vez mais a apenas parte reduzida da sociedade e as práticas de leitura a serem um privilégio de poucos. Serão analisados alguns dados socioeconômicos brasileiros das últimas décadas e documentos referentes às atividades editorias, paralelamente a algumas reflexões de teóricos da cultura contemporânea.
Palavras-Chaves: Livro, leitura, história editorial, elitização

Uma diagramação sedutora: a construção da identidade gráfica da revista NOVA
LETÍCIA NASSAR MATOS MESQUITA (UFES)
Este trabalho apresenta as mudanças gráficas ocorridas na revista NOVA/Cosmopolitan desde outubro de 1973 a dezembro de 2000, quando completou 30 anos. A partir das análises das articulações que a diagramação estabelece entre os elementos das linguagens verbais e visuais, o presente texto pretende responder como a revista constrói a sua identidade gráfica, o simulacro da sua Leitora e a intimidade entre ambas.
Palavras-Chaves: Imprensa feminina, Diagramação, Semiótica, Leitura

NP-05. Relações Públicas e Comunicação Organizacional


A Comunicação Organizacional sob o olhar teórico - contribuições de Niklas Luhmann
Ana Thereza Nogueira Soares (PUC-Minas)
Este trabalho tem como principal objetivo promover uma discussão acerca do tema da comunicação organizacional, entendendo-o como um processo inerente à configuração das organizações sociais, bem como necessário ao seu funcionamento. Dado o estado incipiente em que se encontram as reflexões teóricas sobre o assunto, defende-se que a constituição de um campo teórico pode alavancar um melhor entendimento sobre a realidade das organizações contemporâneas. Para isso, propõe-se um estudo e interpretação da Nova Teoria dos Sistemas, tal como delineada por Niklas Luhmann, no intuito de investigar a contribuição que este paradigma do campo da Sociologia tem a oferecer para a compreensão das interações comunicacionais entre grupos, organizações e sociedade.
Palavras-Chaves: Comunicação Organizacional, Relações Públicas, Nova Teoria dos Sistemas, Campo Científico

A Dimensão Comunicativa nas Relações de Trabalho - uma Abordagem Dejouriana
Maria Ivete Trevisan Fossá (UFSM), Jossiele Fighera (PUC/RS)
O objetivo principal deste artigo é analisar a fala de trabalhadores de uma equipe de saúde a fim de compreender como o processo comunicativo influencia na díade prazer x sofrimento no contexto de uma organização hospitalar. O estudo, baseado em pesquisa de natureza exploratória e interpretativa, utiliza como método de pesquisa o Estudo de Caso e tem por suporte teórico a visão psicanalítica de Dejours. A coleta de dados fez-se através de entrevistas em profundidade com membros da equipe de saúde de uma instituição hospitalar, bem como a observação do ambiente de trabalho. Este enfoque de pesquisa privilegia a vivência coletiva ao criar um espaço para a palavra a fim de que os trabalhadores passem a usá-la livremente de modo a poder expressar com segurança como é a sua relação com o trabalho e quais são as fontes de prazer e sofrimento.
Palavras-Chaves: Comunicação organizacional, Relações de trabalho, Abordagem dejouriana, prazer e sofrimento no trabalh

A dinâmica da informação na comunicação organizacional: a perspectiva do hipertexto e da autopoiese
Ana Cristina Fachinelli (UCS), Olivar Maximino Mattia (UCS), Jane Rech (UCS)
O presente artigo propõe a utilização do hipertexto (Lévy) e da autopoiese (Maturana) como metáforas que caracterizam e contribuem para a compreensão do fenômeno da contemporaneidade na comunicação organizacional. A associação destes elemento conceituais com o pensamento de executivos de grandes empresas, identificado em pesquisa de campo, fornece elementos para a caracterização do perfil do profissional de comunicação organizacional necessário nos tempos atuais. A análise dos discursos indica que se deve levar em conta o papel da informação como elemento de construção de sentido nas organizações e, portanto, essencial às ações de comunicação.
Palavras-Chaves: hipertexto, autopoiese, comunicação organizacional, informação

A Notícia da Estatística - a divulgação das estatísticas do IBGE na visão dos jornalistas
Silvia Maia Fonseca (ENCE)
O presente estudo analisa o papel dos veículos de comunicação como mediadores sociais na divulgação das estatísticas do IBGE, a partir de 2000. Nesse período, foram adotadas novas estratégias de divulgação pela assessoria de imprensa, entre elas o embargo que estabeleceu uma nova relação entre o produtor de estatística e o jornalista. Através da mídia, o IBGE cumpre a missão institucional de “retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania”. Ao longo do trabalho, observamos que a visibilidade que o IBGE atingiu com a ajuda da mídia teve reflexos na demanda e disseminação das pesquisas, na credibilidade e legitimidade da instituição. Com isso, o produtor de estatística passou a compreender que seu trabalho não se encerra num extenso relatório e sim na divulgação dos resultados para os jornalistas. Na sociedade da informação é fundamental para o técnico do IBGE compreender a importância de disponibilizar parte do seu tempo para atendimento a imprensa. A análise é construída a partir das entrevistas pessoais realizadas com jornalistas que freqüentam o IBGE, editores de jornal e TV. Além disso, foi realizada uma observação participante na redação de O Globo em um dia de divulgação da estatística do IBGE.
Palavras-Chaves: assessoria de imprensa, informação estatística, divulgação das estatísticas

A Satisfação com a Comunicação: Um Diálogo Complexo
Ilsa Solka de Lemos (PUCRS)
O presente artigo tem origem num estudo que busca compreender a satisfação dos colaboradores e supervisores com a comunicação organizacional à luz da pesquisa de Federico Varona. Neste artigo fazemos um recorte, percorrendo a trajetória científica com entrevistas piloto numa indústria local. Buscamos o Paradigma da Complexidade para iluminar o estudo. Os resultados indicaram que supervisores e colaboradores têm percepções diferentes sobre a satisfação com a Comunicação. Para os primeiros, a satisfação está relacionada a recursos tecnológicos, materiais e de capacitação disponíveis, conjugados com a cooperação para o alcance dos objetivos. Já para os colaboradores, a satisfação acontece quando idéias são trocadas num clima caracterizado pelo respeito, feedback construtivo e acolhimento das idéias. Mestre em Administração pelo PPGA/UFRGS, especialista em Gestão Empresarial pela UFRGS. Professora na PUCRS, no UniRitter e nas Faculdades São Judas Tadeu.
Palavras-Chaves: Comunicação organizacional, Comunicação Interna, Participaçao, Sujeito

As atividades exercidas nos estágios em Relações Públicas pelos alunos da FABICO/UFRGS
Enoí Dagô Liedke (UFRGS)
Dando continuidade a estudo iniciado em 2002 este trabalho busca verificar, junto aos estudantes de Relações Públicas da FABICO/UFRGS, que tipo de atividades os mesmos têm executado durante o seu período de estágio e se estas são condizentes com as funções estabelecidas para os profissionais da área. As amostras analisadas nesta pesquisa foram compostas pelos alunos da disciplina de Laboratório de Estágio, nos semestres 2002/2 e 2003/2. Pode ser conferido que nem sempre há um entendimento, quando da contratação, por parte do contratante, de qual efetivamente é a função de um relações públicas. Contudo, mesmo não sendo sempre subordinado a algum profissional da área de Comunicação, o estagiário consegue efetuar atividades e exercer funções relativas ao exercício da profissão de relações públicas.
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Relações Públicas, Mercado de trabalho

Comunicação por Ação Cultural: a emergência de uma nova Relações Públicas
Eduardo Augusto da Silva (USP)
Resumo: O campo das Relações Públicas vem sendo invadido por diversos profissionais de outras áreas que passaram a enxergar nas ações de relacionamento da organização com os diversos públicos uma ferramenta estratégica de competitividade. A retórica do marketing absorve oportunamente o discurso da preocupação direta com outros públicos de interesse, além do consumidor, num momento em que a sociedade impõe posturas éticas e sociais. O apoio à cultura assume um dos papéis deste estreitamento das relações. Confundido como Marketing Cultural, este apoio tem a função de se comunicar com os diversos públicos e desenvolver imagem positiva da organização apoiadora. Dessa forma, se o objetivo é se comunicar para estabelecer relacionamento aproximativo, tal apoio deve ser melhor denominado por Comunicação por Ação Cultural, sob a tutela das Relações Públicas. Minicurrículo: Professor convidado da Pós-Graduação Latu Sensu da ECA/USP; Mestrando em Ciências da Comunicação na ECA/USP – Área de concentração: Relações Públicas, Propaganda e Turismo; Mestre em Administração de Marketing; Pós Graduado Latu Sensu em Gestão Estratégica de Marketing; Economista pela Universidade Federal de Uberlândia.
Palavras-Chaves: Comunicação Organizacional, Comunicação por Ação Cultural, Marketing Cultural, Relações Públicas

Crise de Identidade
Daniele Pereira da Silva (UTP)
RESUMO O presente estudo estabeleceu como objetivo, a partir de uma pesquisa bibliográfica acerca dos principais temas em questão, elucidar o conceito de identidade e de imagem corporativa evidenciando a contribuição da área de comunicação, mais especificamente das relações públicas, no que diz respeito ao papel das empresas na sociedade. Baseado neste problema atual, por meio de uma análise da empresa frente à opinião pública, abordou a crise de identidade presente em algumas corporações. Um outro ponto que colabora para esta situação é o desafio de se definir um posicionamento frente às questões sociais. MINICURRÍCULO Docente e Chefe da Divisão de Comunicação para o Desenvolvimento da Pró-Reitoria de Promoção Humana da UTP. Mestre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná –UTP; Especialista em Marketing Empresarial pela Universidade Federal do Paraná/UFPR; Bacharel em Comunicação Social habilitação em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná/PUC-PR. Docência no Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da Universidade Tuiuti do Paraná e da UniBrasil - Faculdades Integradas do Brasil, nas seguintes disciplinas: Introdução à Publicidade e Propaganda, Comunicação Integrada, Planejamento de Campanha, Redação Publicitária e Trabalho de Conclusão de Curso – TCC (orientação).
Palavras-Chaves: identidade corporativa, imagem institucional, comunicação, relações públicas

DO CAPITALISMO AVANÇADO À SOCIEDADE ALAGOANA, DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL AO ENSINO SUPERIOR
Waldeney Alcides da Silva (UFAL)
Resumo: este paper busca apresentar algumas imbricações entre o desenvolvimento corporativo das relações públicas (RP´s) e a inserção dessa atividade no leque de opções de formação superior no Brasil e em Alagoas. Propõe configurar as RP´s como função político-econômica e atividade profissional apresentando as dimensões corporativa e cultural registradas em momentos de movimentação profissional em Alagoas. Sugere a consideração do desenvolvimento das RPs como um campo dentro da área da Comunicação Social e de alguns fatores determinantes do ensino superior brasileiro no campo da Comunicação que configuraram sua estrutura e funcionamento. Minicurrículo: Bacharel em Comunicação Social. Habilitado em Relações Públicas. Especialista em Pedagogia Organizacional. Mestrando em Educação Brasileira. Professor da disciplina Laboratório de Pesquisa e Planejamento de Relações Públicas I, do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas. Coordenador do projeto de extensão “O Ser e o Fazer da Pesquisa de Opinião em Laboratório de Relações Públicas”.
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Corporativismo Profissional, Formação Acadêmica

Ensino e Pesquisa: Uma experiência com monografias no curso de Relações Públicas da Universidade do Sagrado Coração (USC) – Bauru/SP
Tânia Maria Graziadei (USC), Marianne Ramalho (USC), Luciane Miranda de Faria Cruz (USC)
Na universidade, o estudante tem contato com diversas ciências. No curso de Comunicação Social-habilitação em Relações Públicas não é diferente. É necessária uma sintonia entre o educador e educando para juntos apresentarem um resultado utilizando-se das práticas de ensino e pesquisa: a Monografia. Na elaboração do trabalho monográfico a escolha do tema é decisiva, contribuindo sobremaneira para o seu sucesso. O objetivo deste trabalho é identificar os motivos para a escolha do tema, os autores/pesquisadores mais citados e as possibilidades de aplicabilidade do estudo realizado no mercado de trabalho. Utilizou-se de pesquisas bibliográfica, documental e qualitativa realizadas com os formandos. Selecionou-se como objeto de estudo as monografias finalizadas no período de dezembro de 2001 a dezembro de 2004. Tânia Graziadei é Relações Públicas formada pela Fundação Educacional de Bauru, Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes(USP), Coordenadora do Curso de Relações Públicas da Universidade do Sagrado Coração (USC). Marianne Azevedo Ramalho Ferreira é jornalista formada pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Mestre em Projeto, Arte e Sociedade na área de Comunicação e Poéticas Visuais pela UNESP/Bauru. Luciane Faria é Publicitária formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP), Especialista em Administração de Marketing pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP)e docente da Universidade do Sagrado Coração (USC).
Palavras-Chaves: relações Públicas, ensino, pesquisa, escolha do tema

O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO POLÍTICA DO DISCURSO EMPRESARIAL Uma visão do profissional de Relações Públicas
julio cesar barbosa (fcl/usp)
Resumo: Este trabalho tem como objetivo estabelecer uma relação entre o texto de Philippe Breton – A Palavra Manipulada e a construção do discurso empresarial – a partir de uma abordagem mais voltada à questão da retórica e da palavra escrita de cunho organizacional, dentro como contrapartida a visão do profissional de Relações públicas. Curriculo- Doutorando em Comunicação/Relações Públicas pela ECA/USP, orientado pela professora doutora Margarida M. K. Kunsch; Mestre em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero. Professor e Coordenador do Curso de Relações Públicas pela mesma Instituição; onselheiro do Instituto Brasileiro de Comunicação - IBC; Integrante do conselho editorial da revista Imprensa da Fundação Casper libero;consultor na a´rea de relações úblicas e autor de textos publicados na revista Comunicare da Fundação casper libero.
Palavras-Chaves: discurso, estratégia, comunicação organizacional, relaçoes publicas

O SIGNIFICADO DA INTERNET JUNTO AO PÚBLICO JOVEM NO TRABALHO DE COMUNICAÇÃO DIRIGIDA DE PARTIDOS POLÍTICOS Uma análise sob o enfoque das Relações Públicas
SOUVENIR MARIA GRACZYK DORNELLES (PUCRS)
Este estudo tem como objetivo analisar a participação da Internet num trabalho de fortalecimento da imagem institucional de partidos políticos, junto a um segmento específico da sociedade – jovens com direito de voto facultativo. A partir de uma pesquisa de opinião realizada junto a esse público jovem e da posterior análise de sites dos partidos políticos, buscamos investigar comportamentos, bem como evidenciar o tratamento dispensado pelas instituições partidárias a esse meio de informação contemporâneo. Considerando a Internet como eficaz ferramenta de comunicação e informação, objetivamos neste estudo estabelecer a necessidade do enfoque das Relações Públicas no trabalho de aproximação do cidadão jovem com os partidos políticos brasileiros. CURRÍCULO RESUMIDO DA AUTORA: Graduada em Comunicação Social – Relações Públicas na FAMECOS/PUCRS, doutora na área de Ciência Política pelo Programa de Pós-Graduação da FAMECOS/PUCRS. Professora nos cursos de RRPP e Publicidade e Propaganda, coordenadora do Laboratório de Relações Públicas e gerente do Famecos Laboratórios Integrados da PUCRS. Ministra disciplinas e seminários em nível de graduação, especialização e pós-graduação em cursos de comunicação de universidades do Brasil. Atua também como consultora em pesquisa de opinião e mercado para organizações públicas, privadas e partidos políticos do Sul do país.
Palavras-Chaves: relações públicas, internet, sites, partidos políticos

Os Estágios da Interação Corporativa com Organizações da Sociedade Civil através da função estratégica das Relações Públicas
Teresa Cristina Dias de Toledo Pitombo (PUC-Campinas), Raul Amaral Rego (Anhembi)
Nesse artigo, serão abordadas as formas e características pelas quais as empresas interagem com as organizações da sociedade civil e, como as atividades de Relações Públicas poderão estar contribuindo como agente de interligação entre elas de modo enfatizando e/ou reforçando essa relação, pois o processo da comunicação da empresa com seus públicos está sustentado na compreensão do que se pretende transmitir, na linguagem que se estabelece e na eleição planejada e competente dos veículos que serão empregados na condução das informações
Palavras-Chaves: Relações Públicas, parcerias, terceiro setor

Pertinencia Da Pesquisa Com Os Públicos Para Elaboração Do Planejamento De Comunicação Estratégica
Luciane Ferreira de Oliveira Bonaldo (UAM)
A gestão da comunicação necessita de um planejamento estratégico de relações públicas. A identificação dos públicos e seu conhecimento incluindo fatores econômicos, sociais, demográficos e psicográficos são fundamentais para uma comunicação estratégica, logo o modelo simétrico de mão dupla defendido pelo autor James Grunig exige aplicação ética, equilibrada e eficaz. O presente trabalho apresenta dois estudos: um estudo quantitativo com os munícipes residentes nas imediações do Autódromo de Interlagos e outro qualitativo com o público interno, sendo identificados por áreas: educação física, assistência social e escola básica de mecânica. As pesquisas identificaram o número de habitantes, o modelo de comunicação aplicado, conhecimento das atividades ofertadas, preferências esportivas, culturais e profissionalizantes da população, e gestão de comunicação com os funcionários. Minicurrículo A autora é mestre em ciências da comunicação pela Escola de Comunicações e Artes - ECA/USP, coordenadora de projeto experimental do curso de publicidade e propaganda na Universidade Anhembi Morumbi e professora da disciplina Cultura e Poder nas Organziações, bacharel em Comunicação Social e bacharel em Educação Física. e-mail: bonaldo@anhembi.br.
Palavras-Chaves: Relações públicas, Comunicação organizacional, Comunicaçao estratégica

Repensando a Comunicação Organizacional
Adriana Machado Casali (UFPR)
Resumo Compreensões teóricas da comunicação organizacional inspiradas nos paradigmas sugeridos por Burrell e Morgan (1979) conduzem à percepções distintas da comunicação organizacional enquanto “comunicação nas organizações” ou “comunicação como organização”. Cada uma destas noções incorpora pressupostos distintos da realidade, e estão paradigmáticamente saturadas. O objetivo deste artigo é explorar correntes teóricas meta-paradigmáticas, que tem influenciado estudos em comunicação organizacional e propor uma reflexão sobre este conceito. Uma visão meta-paradigmática permite compreender a comunicação organizacional como um processo social que aciona universos objetivos e subjetivos na criação de um ambiente ao mesmo tempo estável e mutante. Mini Curriculum Professora do Departamento de Comunicação Social da UFPR, Doutoranda em Engenharia da Produção na UFSC e Doutoranda em Comunicação Organizacional na Université de Montréal. Mestre em Administração, concentração Estratégias e Organizações, Especialista em Marketing Empresarial e Bacharel em Relações Públicas pela UFPR; Bacharel em Comércio Exterior pela FESP. Endereço eletrônico: amcasali@ufpr.br
Palavras-Chaves: Comunicação Organizacional, Paradigmas, Meta-Paradigmas

RESPONSABILIDADE, ÉTICA E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE A TENSÃO ORGANIZAÇÃO-ECOSSISTEMA
Rudimar Baldissera (UCS e Feevale), Marlene Branca Sólio (UCS)
Resumo: Sob o paradigma da complexidade, reflete-se sobre responsabilidade e cidadania organizacional, ultrapassando as idéias difundidas pelo marketing. A noção de responsabilidade social não é da qualidade da estratégia. Trata-se de fundamento filosófico-epistêmico atualizado como princípio basilar do ser organizacional, tendendo a manifestar-se nas percepções e reflexões e ações/fazeres organizacionais. Fluxo multidirecional, toma lugar no ambiente da organização, assim como nas relações dialógico-recursivas que estabelece com o entorno. Pode-se dizer que os níveis de responsabilidade social/cidadania materializados por determinada organização encontram possibilidades, temporalidades e intensidades de realização no fundamento epistêmico-filosófico que a rege. Evidencia-se, também, a importância do papel dos diversos agentes sociais como força de pressão para essa transformação. RUDIMAR BALDISSERA: Relações Públicas, especialistas em Gestão de Recursos Humanos, mestre em Comunicação/Semiótica, Doutorando em comunicação. Professor nos cursos de Relações Públicas, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design e Turismo da Feevale e UCS. MARLENE BRANCA SÓLIO: Jornalista, especialista em História Contemporânea e em Novas Tecnologias, mestre em Comunicação. Professora nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas da UCS.
Palavras-Chaves: comunicação, responsabilidade social, ecossistema, organizações

Título: A perspectiva docente sobre o Ensino e a Pesquisa em Relações Públicas – a dimensão dos Projetos Experimentais, Trabalhos de Conclusão de Curso e Monografias
SONIA APARECIDA CABESTRÉ (USC), PEDRO POLESEL FILHO (USC)
RESUMO Trata-se de um estudo teórico-prático abordando a dimensão dos Projetos Experimentais, Trabalhos de Conclusão de Curso e Monografias, sob a perspectiva docente. Dessa maneira, desenvolveu-se pesquisa qualitativa junto a um grupo de professores com destacada atuação nos Cursos de Relações Públicas que têm tradição em ensino e pesquisa. Efetuou-se também levantamento de informações na literatura sobre a trajetória do ensino em Relações Públicas, legislação e artigos científicos para fundamentação do tema PALAVRAS-CHAVE: Relações Públicas; Ensino; Pesquisa; Monografia; Projetos Experimentais MINICURRÍCULOS: Sonia Aparecida Cabestre é Relações Públicas formada pela Fundação Educacional de Bauru, Mestre e Doutora em Educação – Ensino na Educação Brasileira pela UNESP/Marília. Docente das disciplinas Planejamento em Relações Públicas I e II, Teoria e Pesquisa de Opinião Pública I e II e Métodos e Técnicas da Pesquisa em Comunicação Social I e II no Curso de Relações Públicas da Universidade do Sagrado Coração. É docente do Curso de Especialização em Gestão Estratégica de Marketing, na referida universidade. (scabestre@uol.com.br ). Pedro Polesel Filho é Relações Públicas formado pela UNESP/Bauru, Mestre em Comunicação Midiática pela UNESP/Bauru. Docente das disciplinas Estratégias de Comunicação Política, Teoria da Comunicação e Comunicação Comparada, nos Cursos de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda, da Universidade do Sagrado Coração(pfilho@usc.br ).
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Ensino, Projetos Experimentais, Pesquisa

Uma perspectiva internacional para as Relações Públicas
Vagner de Carvalho Silva (PUCRS)
Resumo Apresenta as diferentes linhas de pensamento de Relações Públicas Internacionais, visando a reflexão sobre o tema do modo a incitar o debate da área. Passa pelo entendimento de mundialização e de Relações Públicas até a percepção da complexidade e amplitude que os processos internacionais trazem para a atividade profissional. Observa o crescimento dos relacionamentos entre as organizações e seus públicos na arena internacional. Titulação: Bacharel em Relações Públicas – PUCRS, Mestrando em Comunicação Social – E-mail: vagnerdecarvalho@yahoo.com.br – Áreas de estudo: Tecnologias da Comunicação e Relações Públicas Internacionais. Membro do Grupo de Pesquisa Ensino e Prática de Relações Públicas – PUCRS.
Palavras-Chaves: RRPP Internacionais, Organizações, Globalização

Uma proposta curricular para o Curso de Relações Públicas
Maria Salett Tauk Santos (UFRPE), Maria Luiza Nóbrega de Morais (UFPE)
O texto trata de uma proposta curricular para o Curso de Relações Públicas considerando a orientação do Ministério da Educação que extingue a obrigatoriedade do currículo mínimo e estabelece as novas diretrizes curriculares. Na perspectiva de uma abertura para experiências mais amplas, a proposta permite formar um profissional de Relações Públicas com características diferenciadas do conjunto, habilita o estudante nas práticas profissionais específicas a partir do reconhecimento das interfaces que as relações Públicas fazem com áreas afins, privilegiando os conteúdos programáticos e experiências acadêmicas advindas da área da Comunicação Social. Minicurriculo: Maria Salett Tauk Santos Doutora em Ciências da Comunicação. Vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Extensão e Desenvolvimento Rural. Universidade Federal Rural de Pernambuco Maria Luiza Nóbrega de Morais Mestre em Comunicação Rural. Professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco.
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Ensino Superior, Curriculo de Comunicação

Voluntariado e Comunicação na Empresa: Para Além da Inclusividade Controlada
Dulcemar Jacqueline da Costa (Unileste)
Resumo: este artigo apresenta uma análise sobre as interações comunicativas que ocorrem no âmbito de um programa de voluntariado empresarial, mostrando que elas parecem, em certa medida, mais participativas e menos sujeitas às investidas de controle estrito da empresa que estimula e patrocina tais programas, como é mais comum nas organizações privadas orientadas para o lucro. Para isso, faz um estudo de caso do programa de voluntariado de uma empresa de grande porte, em Minas Gerais.
Palavras-Chaves: voluntariado empresarial, comunicação interna, participação, interações comunicativas

NP-06. Rádio e Mídia Sonora


A BBC vai ao campo de batalha, as aventuras de Fred Perkins
João Baptista de Abreu Junior (UFF)
Sessenta anos após o término da Segunda Guerra Mundial, o texto analisa as transmissões da emissora britânica como estratégia para barrar a propaganda alemã na América do Sul. Os programas produzidos com a Força Expedicionária Brasileira na Itália, as transmissões clandestinas para a França ocupada e a dramatização infanto-juvenil As aventuras de Fred Perkins mostram a preocupação em lançar mão de traços da cultura nacional para buscar uma identificação entre destinador e destinatário. O lúdico e o burlesco invadem o espaço radiofônico. João Batista de Abreu, professor-adjunto do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense. Jornalista e sociólogo, doutor em Comunicaçãoe Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Palavras-Chaves: Guerra psicológica, Rádio clandestina, FEB, Dramatização Radiofônica

A interferência da política nas rádios de Santos e a criação de poderios locais
Rúbia de Oliveira Vasques (Umesp)
Trata-se de um estudo sobre emissoras de rádio localizadas no município de Santos, cidade do litoral paulista. Esta pesquisa resgata a história das treze emissoras locais AM e FM analisadas e aponta a interferência política sofrida por estas emissoras. A metodologia utilizada consistiu na aplicação de questionários junto aos diretores de cada uma das rádios e de entrevistas estruturadas e semi-estruturadas com os profissionais responsáveis pelo departamento de jornalismo e comercial das emissoras analisadas. Esta pesquisa relata a criação dos poderios econômicos e políticos locais e a formação dos grupos de comunicação. Doutora em Comunicação Social, na área de radiojornalismo pela UMESP, São Bernardo do Campo/SP, professora de radiojornalismo da UMESP, professora de radiojornalismo do IMES – São Caetano do Sul. Jornalista e radialista. vasques.rubia@vivax.com.br.
Palavras-Chaves: comunicação, rádio, local, jornalismo

A QUESTÃO DO PETRÓLEO E O REPÓRTER ESSO
Luciano Klöckner (PUCRS)
RESUMO: A exploração do petróleo norteou muitas das ações realizadas no mundo. A finalidade básica deste artigo é apresentar alguns aspectos de como isso ocorreu na América Latina, em especial no Brasil, onde as multinacionais, por intermédio de programas de rádio e publicidade paga nos jornais, tinham por objetivo pressionar politicamente os governantes, desestabilizando eventuais campanhas nacionalistas como, por exemplo, “O Petróleo é Nosso”, ocorrida nos anos 50. Em vista disso, patrocinavam diversos produtos da mídia, entre eles radionovelas e radionoticiosos, como O Repórter Esso, retransmitido em 60 emissoras de 15 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Estados Unidos, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela), muitos deles com petróleo no subsolo. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada no Congresso Nacional, após a morte do presidente da República, Getúlio Vargas, justamente para investigar as atividades políticas das grandes empresas de petróleo e a relação com os meios de comunicação brasileiros. Jornalista e doutor em Comunicação Social pelo Programa de Pós-Graduação da PUCRS, professor de disciplinas de jornalismo da Famecos/PUCRS e Centro de Ciências da Comunicação da UNISINOS.
Palavras-Chaves: petróleo, multinacionais, CPI, Rádio

Conflitos e contrastes: elementos da dramaturgia empregados na composição do espote radiofônico
Rodolfo Dantas Soares (UMESP)
O presente artigo pretende mostrar que, apesar da decadência da dramaturgia radiofônica, especialmente das rádionovelas e dos radioteatros, verificada a partir do surgimento da televisão, a linguagem ficcional ainda sobrevive no rádio, e atualmente é bastante utilizada na criação e produção de espotes publicitários. A criação e a resolução de conflitos e a produção de contrastes são elementos da dramaturgia herdados pelos espotes radiofônicos que contribuem significativamente para o envolvimento do ouvinte com a mensagem radiofônica e por isso podem ser considerados uma importante ferramenta no processo de persuasão.
Palavras-Chaves: Rádio, Spot, Propaganda, Dramaturgia

Das Ondas do Rádio à Tela da TV: O Som e a Imagem na Cidade das Alterosas
Wanir T. Campelo Araújo Siqueira (Uni-bh)
Conceber a cidade como espaço de história e cultura é uma das condições para se compreender as estratégias de programação utilizadas pelo rádio e pela televisão,em Belo Horizonte,até o início da década de 50. Nesse percurso,entrecortado pela diversidade das práticas sociais,pelos valores e tradições disseminados por seus habitantes,pela pluralidade de atividades no cotidiano de seus moradores,percebeu-se que,o que a cidade viu e ouviu nesse período foi uma programação pautada na reprodução de valores sobre os quais a sociedade belorizontina se apoiou, além de expressar a necessidade de participação dos setores excluídos do sistema.O objetivo desse artigo foi mostrar,portanto,que,na cidade das Alterosas,as emissoras optaram por manter em seus quadros,atrações alicerçadas em cinco pilares que privilegiaram o canto,o drama,o riso,a informação e o esporte. Jornalista, Mestre em Comunicação(Universidade São Marcos-SP), Coordenadora do Curso de Pós-Graduação - Criação e Produção em Mídia Eletrônica: Rádio e TV do Uni-BH. Professora dos cursos de Jornalismo, Produção Editorial e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH) e Universidade Salgado de Oliveira (Universo)
Palavras-Chaves: História, Rádio, Televisão, Programação

De um sótão no Quartier Latin para uma kitchinete na Avenida São João: La Bohème - e outras óperas - na Rádio Tupi de São Paulo
Irineu Guerrini Jr. (FCL)
Nos meses finais de 1952, a Rádio Tupi de São Paulo transmite uma série surpreendente: “Ópera em 1040 kilociclos”, programa semanal, com meia hora de duração, que apresentava versões faladas (radioteatro) e resumidas de óperas célebres, cuja ação era transplantada para o Brasil daquela época, e que transmitiam mensagens “progressistas” aos ouvintes. O responsável por essas produções foi Túlio de Lemos, homem culto e viajado, conhecedor do repertório operístico, e ele mesmo um cantor lírico. Cinco roteiros desta série encontram-se no Museu Lazar Segall, em São Paulo, e neste trabalho, o autor destaca um deles: a versão radiofônica de La Bohème, mas sem esquecer dos demais, cujo teor é resumido nas páginas finais.
Palavras-Chaves: Rádio, Ópera, Brasil

Evolução histórica do radiojornalismo paraibano
Moacir Barbosa de Sousa (UFRN)


Itatiaia Patrulha: as histórias da vida
Sonia Caldas Pessoa (Newton Paiva)
Resumo: O presente trabalho enfoca entrevistas policiais radiofônicas do Programa Itatiaia Patrulha, da Rádio Itatiaia (BH/MG). O objetivo é analisar a estrutura das entrevistas com autoridades, vítimas e suspeitos, com base na Análise da Conversação – sistema de troca de turnos e de atos de fala –, comparando as interações nos três grupos de interlocutores. O comportamento lingüístico dos falantes é escolhido de acordo com a temática abordada e adaptado na entrevista. Os interlocutores negociam as relações e se apresentam como co-responsáveis pela produção do discurso.
Palavras-Chaves: interação face a face, rádio, entrevista policial, mídia sonora

O historiador e o rádio: relações em questão
Lia Calabre de Azevedo (FCRB)
Resumo O rádio é, ainda hoje, um objeto pouco presente nos estudos acadêmicos, principalmente na área de ciências humanas e no campo da história, apesar de ter sua importância largamente reconhecida. Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a presença e a ausência do rádio nos estudos realizados na área de ciências humanas e mais especificamente dentro de um perspectiva histórica. Ao mesmo tempo pretende fornecer algumas pistas e indicações que contribuam para o crescimento do interesse nessa área de pesquisa. Minicurrículo Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense, com a tese No tempo do rádio: radiodifusão e cotidiano no Brasil. 1923-1960, defendida em 2002. Autora do livro A Era do Rádio, Jorge Zahar Editor, 2002; dos artigos “Conspirações sonoras: a rádio Globo e a crise do governo Vargas (1953-1954)”, In: BAUM, Ana (org.) Vargas, agosto de 54: a história contada pelas ondas do rádio, Ed. Garamond, 2004 entre outros. Pesquisadora da Fundação Casa de Rui Barbosa, chefe do setor de Estudos de Política Cultural.
Palavras-Chaves: rádio, história, Brasil

O Rádio Com Sotaque Paulista: Rádio DKi a voz do Juqueri
Antonio Adami (UNIP), Carla Reis Longhi (USP)
Resumo: Neste trabalho vamos tratar da rádio “Dki – A Voz do Juqueri”, conhecida posteriormente como Rádio Cultura PRE-4 e hoje como Rádio Cultura de São Paulo. Tendo nascido da brincadeira de jovens paulistanos, na rua Padre João Manoel, nº 34, em meados do ano de 1933, esta história fascinante, possui o romantismo antigo do rádio. O maior interesse está, ao nosso ver, na trajetória desta rádio e como ela surge no cenário de São Paulo no início dos anos 30, da ilegalidade nos primeiros três anos de transmissão até sua inauguração solene em 1936 e hoje, destacando-se como uma das principais rádios culturais do país, da Fundação Padre Anchieta, agora também operando em AM e FM.
Palavras-Chaves: Comunicação, Rádio, Memória

O rádio de Mario Kaplun é o rádio do futuro - a aplicação da práxis de Kaplun como ferramenta para a inclusão digital
Cosette Espindola de Castro (Unisinos), André Barbosa Filho (UnB)
Resumo: Este trabalho tem como objetivo mostrar a aplicabilidade das propostas de inter-relação entre os grupos de produção de conteúdo e os de recepção apresentados por Mario Kaplún, tendo como método de ensino por processo a partir dos conceitos de Juan Díaz Bordenave e Paulo Freire. O texto pretende mostrar o potencial da mediação como instrumento de construção do conhecimento através da prática de conteúdos sonoros usando aplicativos tecnológicos em áudio disponíveis. O exemplo utilizado é a proposta da "Áudio-Aula", módulo pedagógico idealizado para utilização em ambiente escolar em nível do ensino fundamental que pode ser levada a outros setores sociais. André Barbosa Filho abarbosa@planalto.gov.br Doutor em Comunicação pela USP, atualmente é assessor da Casa Civil da Presidência da República. Autor dos livros “Gêneros Radiofônicos” (2002) e “Rádio: Sintonia do Futuro” (2003). Cosette Castro cosette@mercurio.unisinos.br Doutora em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autônoma de Barcelona – ES, coordena o núcleo de pesquisa e atendimento pedagógico da Fundação Padre Urbano Thiesen. É professora de Comunicação na Unisinos/RS.Co-autora do livro "Mídias Digitais, Convergência Tecnológica e Inclusão Social".
Palavras-Chaves: Rádio Digital, Mario Kaplún, produção, recepção

O rádio local na era das redes
Leandro Ramires Comassetto (UnC)
Resumo: Este trabalho discute a viabilidade do rádio local frente à tendência de formação de redes. Apesar das dificuldades impostas pelo mercado para a manutenção das emissoras, defende a opção pelo local como oportunidade e acredita que as rádios comerciais que usarem da criatividade e profissionalismo, focando seu trabalho no jornalismo de proximidade, não estão com sua sobrevivência ameaçada. O artigo resulta de pesquisa mais ampla, que constituiu tese sobre o rádio local no Oeste catarinense. Minicurrículo: Leandro Ramires Comassetto é mestre em Lingüística (UFSC) e doutor em Comunicação Social (PUCRS). Professor-pesquisador dos cursos de Comunicação Social – Jornalismo e Letras da UnC – Concórdia. Autor de “As razões do título e do lead: uma abordagem cognitiva da estrutura da notícia”. Atualmente, pesquisa o rádio no Oeste catarinense. E-mail: ramires@uncnet.br
Palavras-Chaves: Rádio local, Radiojornalismo, Jornalismo de proximidade

Os silenciamentos e imagens do outro: reflexões sobre o programa Momento Saúde
Andrea Pinheiro Paiva Cavalcante (UNIFOR)
A Rádio Comunitária Edson Queiroz, no bairro do Dendê, veicula semanalmente programas de rádio produzidos por estudantes de enfermagem da Universidade de Fortaleza. Os programas, destinados aos moradores, abordam temas relacionados à saúde. A proposta desse texto é fazer uma análise preliminar desses programas, e assim buscar compreender os modos de produção, as temáticas escolhidas e a abordagem dos temas no programa Momento Saúde. O presente trabalho integra a pesquisa A Escuta Popular da Rádio Comunitária do Dendê: um estudo introdutório sobre a produção do sujeito no espaço da periferia. Jornalista. Aluna do Programa de Pós Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará. Professora do Curso de Comunicação Social da Universidade de Fortaleza. Bolsista da Fundação Cearense de Amparo a Pesquisa – FUNCAP. E-mail: andreapinheiro@fortalnet.com.br
Palavras-Chaves: rádio, saúde, saber, comunidade

PODCASTING: PRODUÇÃO DESCENTRALIZADA DE CONTEÚDO SONORO
MACELLO SANTOS DE MEDEIROS (UFBA)
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar o recente fenômeno de transmissão sonora digital denominado Podcasting, descrevendo, o surgimento deste fenômeno, seu inventor e propósitos. A principal característica do Podcasting é a produção descentralizada típica dos fenômenos produzidos no ciberespaço. Em tal fenômeno, o produtor do conteúdo tem a opção de não inserir seu produto numa programação ou fluxo predeterminado de transmissão sonora, como acontece com as transmissões radiofônicas. O produto é disponibilizado na Internet ficando a cargo do ouvinte decidir o momento em que deverá ouvi-lo. Por fim, este texto traz algumas conclusões sobre a forma como o Podcasting está modificando as fronteiras da transmissão de produtos sonoros no ciberespaço, afetando diversos setores como o da indústria fonográfica, da publicidade, da radiofonia, da literatura entre outros. Mini Currículo: Mestrando em Cibercultura no Programa de Pós Graduação de Comunicação e Cultura Contemporânea da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia sob orientação do Prof. Dr. André Lemos. Professor das Faculdades Jorge Amado nos Cursos de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda e com habilitação em Rádio e TV. Disciplinas ministradas: Atelier de Produção para Rádio e Televisão I, Sonoplastia, Captação e Edição de Som.
Palavras-Chaves: Podcasting, Ciberespaço, Rádio, Conteúdo

Prosa Rural - Informação científica pelas ondas do rádio
Marluce Freire Lima Araújo (Embrapa), Juliana Miura (Embrapa)
Este artigo é original de relato de caso. Apresenta a criação do programa de rádio Prosa Rural, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, cujo objetivo é levar a informação tecnológica para o Semi-Árido nordestino, Região Norte do Brasil e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O Prosa Rural nasceu de uma vontade da Empresa de levar a ciência em uma linguagem popularizada para quem tem fome de conhecimento – o produtor rural. As nossas informações, somadas aos seus saberes, darão mais sentido às suas representações sociais e proporcionar melhorias em sua qualidade de vida. O programa surgiu de uma construção coletiva, com a adoção da metodologia participativa, onde todos os integrantes da equipe do projeto têm voz e vez. É uma semente bem plantada, que nasceu para crescer e se multiplicar.
Palavras-Chaves: Rádio, Linguagem, Cultura, Informação científica

Rádio Comunitária na Internet: apoderamento social das tecnologias
Cicilia Maria Krohling Peruzzo (UMESP)
Resumo: Estudo sobre a inserção das rádios comunitárias na internet. Objetiva situar o cenário em que as rádios comunitárias atuam no Brasil, compreender as formas de ocupação de espaço na rede pelo rádio, averiguar as tendências de programação, características de cunho comunitário presentes, formas de participação popular viabilizadas, e se há evidências de sua contribuição no exercício da cidadania. Do ponto de vista metodológico, o estudo tem por base pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo de sítios de rádios comunitárias no ciberespaço. Conclui que a maioria das emissoras comunitárias está na rede na modalidade off-line, mas já se notam presenças marcantes de webradios. Apesar da subutilização dos espaços no que se refere a canais de acesso do cidadão e ao uso dos recursos do hipertexto, a presença das comunitárias na rede representa um passo significativo no avanço do acesso ao direito à comunicação. É também uma forma de extrapolar os limites dos 25 watts de potência permitidos às rádios comunitárias.
Palavras-Chaves: Rádio comunitária, rádio na internet, webradio, comunicação comunitária

Rádio Continental AM: história e peripécias de uma emissora porto-alegrense (1971-1981)
Sergio Francisco Endler (Unisinos)
Aqui, temos o recorte particular de tese que propôs história da Rádio Continental AM, de Porto Alegre, com olhar analítico sobre 1971-1981. Metodologicamente, buscamos recursos da história oral para constituição do corpus e da reflexividade. No estudo das interações sociais e históricas da emissora, identificamos uma paidéia radiofônica. Nesta, as narrativas-slogans e metonímicas são expressões discursivas, estratégicas e identitárias. A programação complexa oferta, em série, atratividades ao público jovem, segmentado, em ação comunicacional inédita, dentro da indústria cultural, com marcas da mundialização da cultura, de disputas entre o rock, a MPB e a Música Popular Gaúcha (MPG), sendo esta uma das franjas sonoras da Rádio. São peripécias, ainda, a customização da publicidade, a notícia interpretativa, o humor e as marcas de contestação das falas. Professor Adjunto no Curso de Jornalismo da Unisinos, em São Leopoldo, com atuação em Radialismo e Teoria da Comunicação. Igualmente, no Curso de Especialização em Literatura Brasileira, na mesma instituição. É Mestre em Teoria da Literatura, na PUCRS e Doutor em Ciências da Comunicação-Processos Midiáticos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos –Unisinos. (endler@mercurio.unisinos.br)
Palavras-Chaves: rádio, história oral, narrativas, cultura urbana

Recepção de radionovelas em Florianópolis
Ricardo Leandro de Medeiros (ES)
O trabalho trata da recepção de radionovelas em Florianópolis nos anos 1960, tendo como referência o público da antiga Rádio Diário da Manhã (RDM). São analisados e comentados os ítens frequência e período de audição das radionovelas, assim como os rituais para acompanhar os folhetins, além de títulos e enredos relatados pelos ouvintes. O artigo aborda igualmente as influências dos temas das novelas sobre o público e a relação entre ouvinte e os artistas da RDM.
Palavras-Chaves: radio, radionovela, radiouvinte

Reportagem Externa Radiofônica: A Experiência da Emissora Continental na Construção da História do Radiojornalismo Brasileiro
Flavia Lúcia Bazan Bespalhok (UEL/PR)
Este trabalho apresenta a experiência da Emissora Continental do Rio de Janeiro, que na década de 1950 protagonizou o uso da reportagem externa e ao vivo na cobertura jornalística. Por meio de pesquisa bibliográfica e relato de repórteres e locutores que trabalharam na Continental procura recompor a forma de trabalho da equipe de jornalismo, então chamada de “Comandos Continental”, uma criação de Carlos Pallut. É jornalista, docente do Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Londrina – Paraná e mestranda em Comunicação na Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, campus de Bauru/SP. E-mail: flabespa@onda.com.br
Palavras-Chaves: Reportagem Externa, Radiojornalismo, História do Rádio, Emissora Continental

RUI a “rádio” na Internet muda
Alvaro Bufarah Junior (FAAP/ Uninove)
O texto busca resgatar a experiência de pesquisadores brasileiros, que utilizaram uma lista de mensagens da rede mundial de computadores entre 1992 e 1993, para desenvolverem uma série de mensagens de texto, sob o conceito de uma “emissora” baseada na rádio poste de Itapipoca, no Ceará. Embora sem a possibilidade de transmitir áudio, pois a rede ainda não dispunha das ferramentas multimídia, os integrantes da RUI – Rádio Uirapuru de Itapipoca anteciparam algumas das idéias que anos depois seriam utilizadas na Internet. O material aqui exposto é resultado de pesquisas na rede e de entrevistas com o professor Antonio Mauro Barbosa Oliveira criador da “emissora”.
Palavras-Chaves: Internet, Rádio, História, Personagem

NP-07. Comunicação Audiovisual


A Ciber-cinefilia e outras Práticas Espectatoriais mediadas pela internet.
Mahomed Bamba (FIB)
Este trabalho pretende discutir alguns aspectos teóricos e conceituais de duas modalidades de comportamento espectatorial manifestado na Internet: a cibercinefila e o cibercineclubismo. Com estes dois barbarismos, procuramos, primeiro, circunscrever o objeto de nossa análise no conjunto das práticas espectatoriais e da recepção cinematográfica mediada pela Internet. Em seguida, confrontamos alguns comportamentos do sujeito cinéfilo internauta com a cinefilia e o cineclubismo na sua forma tradicional com o propósito de constatar até que ponto a cibercinefilia se apresenta como um modo particular de interpretação e de re-apropriação dos filmes pela produção discursiva escrita.
Palavras-Chaves: Recepção Cinematográfica e das, Cinefilia, Cineclubismo, Práticas Espectatoriais.

A produção da imagem na televisão interativa: redefinindo antigos papéis e assumindo novos desafios
Katia Amorim Telles de Menezes (UniFIAMFAAM)
A televisão interativa acrescenta ferramentas digitais ao processo de criação e ao consumo da imagem televisual. Os recursos de comunicação multilateral, quando aplicados ao fluxo televisual, alteram a estrutura produtiva da tevê comercial, ainda presa ao consagrado modelo broadcast. A tevê mediada por computadores flexibiliza também as relações entre os agentes da comunicação, redefinindo papéis e propondo novos desafios. Produtores precisam disponibilizar passagens para a imersão de interatores e nas possibilidades de interferência sobre a imagem e sobre o fluxo televisual.
Palavras-Chaves: televisão, digital, interatividade, imersão

A televisão por assinatura e os estudos brasileiros de recepção na década de 90
Nilda Aparecida Jacks (UFRGS), Emily Canto Nunes (UFRGS), Felipe Schroeder Franke (UFRGS)
O objetivo deste relato é apresentar o “estado da arte” das pesquisas de recepção de TV a cabo realizadas no Brasil, na década de 1990, em Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Através da categorização das pesquisas que abordam o tema e da formação de uma base de dados, identificamos, entre outros aspectos, as principais referências teóricas e metodológicas, as filiações epistemológicas, os procedimentos, as técnicas, as premissas, as hipóteses, e apontamos os avanços, a fim de que apareçam as lacunas existentes no campo. Nilda Jacks - professora do PPGCOM/UFRGS, pesquisadora CNPq, autora de dois livros sobre cultura e comunicação. Emily Canto Nunes - aluna de 4º semestre do curso de comunicação social - habilitação em jornalismo da UFRGS. Bolsista voluntária de Iniciação Científica desde novembro de 2004. Felipe Schroeder Franke - aluno de 3º semestre do curso de comunicação social - habilitação em jornalismo da UFRGS. Bolsista de Iniciação Científica desde novembro de 2004.
Palavras-Chaves: TV a cabo, recepção, pesquisa

A Tração do Olhar: cinema, percepção e espetáculo
Messias Tadeu Capistrano dos Santos (UERJ)
Resumo: Se no início do século XIX ocorreu uma mudança radical nos modos de observação, graças ao desenvolvimento da fisiologia óptica e das tecnologias de imagem, no começo do século XX o cinema narrativo produziu um outro tipo de sujeito observador inserido em uma cultura visual de massa. O cinema operou, então, uma série de mudanças que produziram outros processos de subjetivação, ligados aos mecanismos de identificação projetiva que se basearam numa psicologização para um maior controle e regulagem da atenção espectatorial. A partir dessa reconfiguração, o trabalho visa a discutir algumas teorias da experiência cinematográfica e suas relações com a percepção, a hipnose e o espetáculo. Professor de “Teoria da Imagem” da Universidade Gama Filho (UGF), mestre em “Comunicação, Imagem e Informação” pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutorando em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde desenvolve tese sobre Cinema e Percepção
Palavras-Chaves: teoria do cinema, percepção filmica, espetáculo

Ação e Política Cultural para Formação de Platéia em Audiovisual – A Experiência do Cinema da Fundação
José Augusto Amorim Guilherme da Silva (Fundaj)
O texto aborda a trajetória do Cinema da Fundação, produto da Fundação Joaquim Nabuco (Recife-PE), em seus primeiros anos, de 1998 a 2004, como sala exibidora de filmes alternativos. O trabalho avalia a ação cultural segundo critérios de eficiência, eficácia e efetividade social, abordando as questões: poder público e política cultural, formação de platéia em cinema, o filme e seu receptor/espectador. O Cinema da Fundação é uma iniciativa da gestão pública voltada para a formação de platéia, constituindo-se em ação que deve estar vinculada ao conceito de política cultural para o audiovisual. Os estudos culturais contemporâneos são o paradigma teórico, especialmente no que se refere às questões de política cultural para países emergentes e à compreensão sobre o receptor ativo. José Augusto Amorim Guilherme da Silva é Mestre em Comunicação e Cultura (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj, Recife-PE), professor da Escola Superior de Marketing (Recife-PE) e jornalista. E-mail: augusto.amorim@uol.com.br.
Palavras-Chaves: Política cultural, Formação de platéia, Cinema alternativo, Recepção

Carlota Joaquina, Referencial de Mercado para a Retomada do Cinema Brasileiro - Estratégias de Produção, Distribuição e Exibição
Renato Márcio Martins de Campos (Unaerp / Uniara)
Durante o processo de retomada das produções cinematográficas nacionais (1994/1998) o filme Carlota Joaquina (1995) de Carla Camurati mereceu posição de destaque por seu processo de produção, distribuição e exibição sui generis. Verdadeiras estratégias de guerrilha de marketing foram estabelecidas para levar o filme a um público de 1.286.000 pessoas. Estabelecendo, assim, um referencial de mercado para o cinema nacional e desencadeando o processo que seria conhecido como retomada do cinema brasileiro. Renato de Campos, Mestre em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero. Docente e pesquisador Unaerp e Uniara. www.renatodecampos.com.br.
Palavras-Chaves: Comunicação, Mercado, Cinema Brasileiro

Extremidades do Vídeo: Novas Circunscrições do Vídeo
Christine Pires Nelson de Mello (SENAC-SP)
As novas circunscrições do vídeo permitem problematizá-lo em torno à direção de suas fronteiras e extremidades, como uma forma de saída do epicentro da linguagem eletrônica. Embora o vídeo sempre tenha se caracterizado por sua natureza híbrida podemos ver hoje essa hibridez associada a grande parte do conjunto de operações artísticas, permitindo a este meio uma forma de extrapolar a sua própria pluralidade interna e produzir um alargamento de sentidos. São sob essas novas abordagens que se refletem os seus deslocamentos ou as marcas de extremidade em sua linguagem. Christine Mello é pesquisadora em linguagem da arte e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. É professora da PUC-SP, da FAAP-Artes Plásticas e coordena a Pós-Graduação “Criação de Imagens e Sons em Meios Eletrônicos” do Senac-SP. Realiza curadorias em arte eletrônica. chris.video@uol.com.br
Palavras-Chaves: vídeo, artemídia, cultura digital

Midia-Arte: Estéticas da Comunicação e Modelos Teóricos
Ivana Bentes Oliveira (UFRJ)
Resumno do Trabalho Apresentação de temas e conceitos que trazem novos aportes para a teoria da imagem e do audiovisual e para a análise da produção cinematográfica e audiovisual contemporânea frente a emergência das “estéticas da comunicação”, da midia-arte e o diálogo do cinema com a arte. As noções de dispositivo, redes sociais, espaço-sensível, mindware, imagem tátil, trazem novos aportes sobre os estudos das mídias audiovisuais, tendo como base a idéia de co-evolução entre as imagens, os dispositivos e espectador-participador. Minicurriculo Ivana Bentes Pesquisadora na área de Comunicação e Cultura com ênfase nas questões relativas ao papel da comunicação, da produção audiovisual e das novas tecnologias na cultura contemporânea, Ivana Bentes é doutora em Comunicação pela UFRJ, professora e coordenadora adjunta do Programa de Pós Graduação em Comunicação da UFRJ. Vem atuando como ensaísta e conferenciasta em eventos ligados à discussão da cultura contemporânea com a publicação de artigos e ensaios em suplementos culturais e revistas acadêmicas.
Palavras-Chaves: teorias do audiovisual, teoria da imagem, poéticas digitais

O Loop na Arte Audiovisual Experimental
Aline Couri Fabião (ECO/UFRJ)
O artigo apresenta algumas questões referentes ao uso do loop em imagens e na arte audiovisual experimental. O loop é um recurso narrativo, artístico e tecnológico no qual uma sequência de elementos se repete com o objetivo de produzir um resultado além de suas partes constituintes. Consideramos o loop como repetição produtora de diferença. Através de uma análise de dispositivos-ópticos do chamado pré-cinema, imagens fractais e de obras de Duchamp, Dan Graham e Martin Arnold objetivamos esclarecer e refletir sobre nosso conceito de “loop espiral”.
Palavras-Chaves: loop, arte, audiovisual, experimental

O Videoclipe Remix
Thiago Soares (UFBA)
O artigo que apresentamos traça considerações acerca dos videoclipes remixados a partir de conceitos descritivos e categorizantes da semiótica (Luiz Tatit e Omar Calabrese) e de teóricos dos estudos da música popular massiva (Simon Frith, Roy Shuker, Jeder Janotti Jr). Dessa forma, apreendemos o videoclipe como um artefato componente das configurações imagéticas associadas à música pop. Propomos observar a remixagem (comum nas matrizes sonoras) no terreno da imagem no estudo de caso dos videoclipes "Hollywood" e "Hollywood Remix", da cantora Madonna.
Palavras-Chaves: Gêneros audiovisuais, Significação nas Mídias, Música Popular Massiva

Poéticas da alteridade: o vídeo como dispositivo na obra de Mauricio Dias e Walter Riedweg
fernanda guimarães goulart (UFMG)
Dando prosseguimento à pesquisa apresentada no último encontro do NP 07 da Intercom, este artigo pretende avançar no entendimento sobre o modo como a linguagem do vídeo potencializa as experiências estéticas promovidadas pelos artistas Maurício Dias e Walter Riedweg. Para tanto, o vídeo é conceitualizado aqui nos termos de um dispositivo relacional (em diálogo com Anne Marie Duguet e Gilles Deleuze) e de performance, tal como a compreende Paul Zumthor. Visto como um dispositivo a ser performado, o vídeo investe-se da força e complexidade da experiência comum, atravessando-a sendo por ela atravessado, testemunhando e colocando em obra uma comunicação em processo.
Palavras-Chaves: vídeo, dispositivo, performance, mauricio dias

Procura-se a Audiência Cinematográfica Brasileira Desesperadamente, ou Como e Por Que os Estudos Brasileiros de Cinema Seguem Textualistas
Fernando Mascarello (Unisinos)
Neste trabalho, investigamos os aspectos teóricos e político-institucionais que consideramos responsáveis pela absoluta marginalização do interesse pela recepção cinematográfica nos estudos brasileiros de cinema, tais como a sobrevivência do glauberianismo como cânone estético-teórico, a defasagem da teoria do cinema lida e praticada no país e o privilégio conferido à área da análise fílmica. Além disso, apresentamos nosso projeto de pesquisa em andamento, denominado “Discursos do público sobre o cinema brasileiro”. Doutor em Cinema pela ECA/USP, coordenador do curso de Realização Audiovisual da UNISINOS, membro do Conselho Executivo da SOCINE (Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema), editor das revistas Teorema – Crítica de Cinema e AV - Audiovisual, pesquisador da UNISINOS na área de cinema e audiovisual.
Palavras-Chaves: recepção cinematográfica, cinema brasileiro, teoria do cinema, estudos culturais

TV Universitária no Mundo Digital
João Elias Nery (Unib), Vilma Silva Lima (Unicsul)
Analisar o percurso da TV Universitária e as perspectivas desta com a digitalização são os objetivos deste trabalho, que parte da produção dos CNUs – Canais Universitários – e do posicionamento da ABTU – Associação Brasileira de TVs Universitárias para tecer considerações acerca desse processo. As tecnologias têm proporcionado oportunidades de produção e veiculação de programação televisiva centrada na vida acadêmica, haja vista que há canais universitários atuando nos diversos segmentos, porém o que mais tem se desenvolvido é aquele possibilitado pela denominada “Lei do Cabo” que instituiu canais de acesso a instituições de ensino. A perspectiva, com a digitalização da transmissão dos sinais, é de obter novos espaços, desta vez na rede aberta. João Elias Nery: Professor e pesquisador no curso de Comunicação Social da Universidade Ibirapuera; Doutor em Comunicação e Semiótica – PUC/SP. eliasnery@uol.com.br Vilma Silva Lima: Professora no curso de Comunicação Social da Universidade Cruzeiro do Sul; Doutoranda em Ciências Sociais – PUC/SP; Mestre em Comunicação e Mercado; Diretora da TV Unicsul; Diretora de Marketing do Canal Universitário de São Paulo. vilma.lima@unicsul.br
Palavras-Chaves: Televisão, TV digital, TV universitária, Tecnologia digital

NP-08. Tecnologias da Informação e da Comunicação


?option=process” Interatividade em net art
Fernanda da Costa Portugal Duarte (UFMG), Maria Teresa Tavares Costa (PUC SP)
Resumo: As manifestações artísticas na internet rearticulam os papéis de autor e fruidor e evocam discussões acerca da natureza deste tipo de experiência, sua poética e mesmo o próprio estatuto da arte. Ao investigar os produtos que se articulam em rede e seus processos de mediação, procura-se entender o conceito de interatividade. O objetivo é refletir sobre uma arte aberta ao diálogo e à intervenção, que atualize o potencial da rede através de sua capacidade de agenciar enunciados e relacionamentos. Para isso, foi fundamental a análise de experiências que operam por processos de cópia, apropriação e reutilização de conteúdo em produtos online, sua poética e os relacionamentos provocados por este tipo de trabalho. Mini currículos: Fernanda da Costa Portugal Duarte é mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais. Maria Teresa Tavares Costa é mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O artigo apresentado é resultado do projeto experimental das autoras, apresentado como trabalho de conclusão de curso em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUC Minas em dezembro de 2003. Desenvolvido sob orientação do Prof. André Brasil.
Palavras-Chaves: Poéticas digitais, interatividade, rede, net art

A beleza digital: as novas tecnologias de comunicação e informação e a construção plástica da visualidade feminina
Elaine Zancanela de Oliveira (UFRJ)
Este trabalho visa desconstruir uma espécie particular de discurso ciberutópico sobre o feminino, que aposta na tecnologia como uma ferramenta capaz de modificar as relações de gênero. Assim, questiona um certo tipo de compreensão da tecnologia como transformador da cultura, que é a de tentar extrair das características intrínsecas do objeto uma certa direção para a mudança no meio social. A estratégia de questionamento é, portanto, como a cultura determina o sentido do objeto técnico e não o contrário. Tem como principal núcleo de análise a manutenção de uma cultura da visualidade, cujo foco permanece na erotização e na importância de uma imagem sedutora de mulher, bem como na valorização de aspectos como a beleza. Busca-se assim, problematizar a relação entre a tecnologia, o feminino e a importância da aparência na sociedade contemporânea.
Palavras-Chaves: tecnologia, mídias digitais, gênero, feminino

A conversação na comunidade de blogs insanus
Alex Fernando Teixeira Primo (UFRGS), Ana Maria Reczek Smaniotto (UFRGS)
Este trabalho discute a conversação na comunidade de blogs insanus (http://www.insanus.org). Para tanto, busca definições de conversação e compara os procedimentos utilizados para estudá-la em encontros face-a-face e em processos mediados por computador. A partir disso, discute a especificidade da conversação em blogs, revisando recursos tecnológicos que viabilizam tal processo interativo. Finalmente, analisa uma conversação que percorreu vários blogs daquela comunidade. Alex Primo - Doutor em Informática na Educação (PGIE/UFRGS) e professor do PPGCOM/UFRGS. Ana Maria Smaniotto - Acadêmica da Fabico/UFRGS, Bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq.
Palavras-Chaves: Blog, Conversação, Comunidade Virtual, Interação

A Criação de Identidades Virtuais através das Linguagens Digitais
Arthur Meucci (USP / ESPM / EPP), Artur Matuck (USP)
Este artigo trata do processo de construção identitária na internet - no que se convencionou chamar de ciberespaço - e tem como objeto os recursos textuais e estéticos utilizados na divulgação de identidades virtuais, empregados em blogs, fotologs e em comunidades virtuais como o Orkut. Nele se estuda o modo como indivíduos se autodefinem na emergência deste ciberespaço, bem como os processos de alo-definição. Arthur Meucci Mestrando em Filosofia pela USP, Pesquisador-assistente do Núcleo de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM, Pesquisador do Espaço Ética (meucci@usp.br) Artur Matuck Professor e Pesquisador do Programa InterUnidades do MAC, e do programa de Ciências da Comunicação da USP (arturmatuck@terra.com.br)
Palavras-Chaves: identidade, estética, autodefinição, linguagens digitais

A Galáxia de Lucas: de Guerra nas Estrelas ao ethos virtualizado
Luiz Adolfo de Paiva Andrade (UFF)
Simultaneamente à estréia do Episódio III de Guerras nas Estrelas, nos cinemas, foi lançado no mercado o volume que completa a série de games para multi-usuários chamada Star Wars Galaxies, cuja proposta é oferecer uma “experiência de vida” no mundo de Guerra nas Estrelas. Em face deste advento, o presente artigo tem o objetivo de estabelecer algumas reflexões sobre a configuração espaço–temporal do game abordado, afim de enxergá-lo na condição de um âmbito destinado à atividade humana virtualizada. No decorrer destas ações, pensamos na criação de comunidades virtuais que gravitam neste cenário. Partimos da premissa que os membros destas comunidades apresentam “algo mais” em comum, que os distancia dos jogadores de outros jogos online para multi-usuários: eles são, em algum sentido, fãs de Star Wars. Luiz Adolfo de Andrade é mestrando do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, na linha de pesquisa Tecnologia da Comunicação e da Informação, e bacharel em Comunicação Social (2004) pela Universidade Gama Filho. luizadolfoandrade@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: Jogos eletrônicos, Comunidades virtuais, Star Wars, mídias digitais

A linguagem ficcional do cinema na internet: a interação entre o usuário e o computador na perspectiva das teorias da Estética da Recepção.
Francisco Machado Filho (UNIMAR)
O presente trabalho tem por finalidade efetuar uma análise da interação entre o usuário e o computador dentro das linhas gerais da Estética da Recepção, no que diz respeito a visualização de produtos audiovisuais por meio da internet. O texto traça as principais abordagens desta teoria e também espera que nos estudos dos efeitos esta nova opção de veiculação de mensagens possa ter alguns de seus signos identificados e analisados.
Palavras-Chaves: Internet, Cinema, Semiótica, Estética da Recepção

As Novas Tecnologias da Comunicação e Informação como pontes culturais para outras relações entre os espaços locais e global
Carlos Frederico de Brito d´Andréa (UNA)
A dinâmica das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) acelerou, no final do século XX, uma interligação de regiões geograficamente distantes. Apontada muitas vezes como agravante para uma homogeneização cultural, a distribuição de informações e os processos de comunicação através das TICs também possibilitam uma valorização de características locais, assim como novas articulações entre os espaços locais e global, abrindo outras formas de inserção social que impactam também a configuração das identidades culturais. Considerando a necessidade constante de vínculo com o espaço habitado e uma inevitável desterritorialização durante os processos de trocas informacionais e de comunicação, destacamos a importância da criação de “pontes culturais” que negociem a relação local-global, sempre buscando a inserção ativa no contexto da Sociedade da Informação. MINICURRÍCULO:Jornalista graduado pela UFMG e mestre em Ciência da Informação pela Escola de Ciência da Informação da mesma universidade. Professor da Faculdade de Comunicação e Artes do Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte/MG. Contato: carlosdand@hotmail.com
Palavras-Chaves: Novas Tecnologias, Identidade e cibercultura, Mediação virtual, Conteúdo Local

Cibercultura e Mobilidade. A Era da Conexão
André Luiz Martins Lemos (UFBA)
Profundas modificações no espaço urbano, nas formas sociais e nas práticas da cibercultura estão em marcha com a emergência das novas formas de comunicação sem fio. Duas formas técnicas e correlatos fenômenos sociais serão analisados aqui: as práticas com telefonia celular, que estão transformando o telefone móvel em um “controle remoto do quotidiano”, e as práticas de conexão à internet sem fio, conhecido como “Wi-Fi”, oferecendo novas dinâmicas de acesso e de uso da rede nas metrópoles contemporâneas. A partir dessas tecnologias de comunicação sem fio, analisaremos as práticas conhecidas como “smart mobs” e “flash mobs”.
Palavras-Chaves: Comunicação, Cibercultura, Mobilidade, Cidade

Cibergeografia Midiática: proposta de confluência de quatro abordagens quantitativas com vistas à construção de uma metodologia quanti-qualitativa de análise da World Wide Web
Suely Dadalti Fragoso (Unisinos)
RESUMO - O presente texto revisa quatro abordagens quantitativas do ciberespaço (cibergeografia, teoria matemática das redes, análise de hiperlinks e webometria) e propõe que a confluência de pressupostos e técnicas das mesmas, quando orientada pelo reconhecimento do caráter midiático da World Wide Web, pode resultar numa metodologia extremamente potente para apoiar empiricamente investigações do ciberespaço. MINICURRICULO - Ph.D. em Comunicação pela University of Leeds e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Professora titular e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, atuando atualmente também como Coordenadora Executiva do mesmo Programa. Pesquisadora CNPq.
Palavras-Chaves: World Wide Web, cibergeografia, análise de hiperlinks, teoria matemática das redes

Cidade, Tecnologia e Cultura: o serviço de telefonia móvel e a mudança da interação social na sociedade brasileira contemporânea.
Leandro dos Santos de Souza (UFBA), Sara Torres (UFBA), Othon Jambeiro (UFBA)
Resumo: A cidade contemporânea é um espaço de fluxos permeado por redes sociais e digitais que compõem o cotidiano urbano. As cidades digitais nascem da interação entre as redes digitais e a cidade. Neste contexto a tecnologia da telefonia móvel aparece como um potencializador das relações entre cidadão e cidade. Constitui-se como objetivo deste artigo analisar as relações entre a cidade e a sociedade brasileira contemporânea através das diversas formas de interação potencializadas por esta Tecnologia da Informação e Comunicação. A análise dos dados coletados e da literatura sobre o assunto nos permite afirmar que apesar do desenvolvimento da telefonia celular no Brasil, essa ainda é utilizada, majoritariamente, de forma síncrona. Minicurrículo Leandro Souza: Mestrando em Ciência da Informação – ICI – UFBA, Bolsista da CAPES Bacharel em Comunicação Social (UNEB) e integrante do Grupo de Estudos de Economia Política da Informação, da Cultura e das Comunicações (GEPICC) Sara Torres: Graduanda em Biblioteconomia(UFBA) Bolsista de Iniciação Científica do CNPq, vinculada ao Grupo de Estudos de Economia Política da Informação, da Cultura e das Comunicações (GEPICC) Othon Jambeiro: PhD em Comunicação (University of Westminster/Londres).Mestre em Ciências Sociais (USP).Pesquisador do CNPq e Professor Titular do Instituto de Ciência da Informação. Coordena o Grupo de Estudos de Economia Política da Informação, da Cultura e das Comunicações (GEPICC)
Palavras-Chaves: Cidade Digital, Telefonia Móvel, Interação Social, Comunicação Síncrona e Assíncr

Comunicação como forma social: proposta de interseção entre a comunicação e a cibercultura
Sandra Portella Montardo (Feevale)
Este artigo propõe uma interseção entre a comunicação e a cibercultura a partir dos conceitos de forma social e de tragédia da cultura, segundo Georg Simmel, articulados com o conceito de comunicação de Dominique Wolton, segundo o qual a comunicação é uma dupla hélice entre as dimensões normativa e funcional, ligadas pelas tecnologias de comunicação e de informação, que misturam ambas permanentemente, confundindo as situações da vida privada e pública. Pretende-se, com essa interpretação, promover-se a discussão de como a comunicação pode se inscrever no âmbito da cibercultura, levando-se em conta um conceito de comunicação versátil, a ponto de compreender a dinâmica entre as tecnologias de comunicação e de informação e a fragmentação da subjetividade inerente à cibercultura.
Palavras-Chaves: Cibercultura, Comunicação, Forma Social, Georg Simmel

Efeitos subjetivos das tecnologias de comunicação: uma abordagem preliminar
Márcio Souza Gonçalves (UERJ), Ana Carolina Rodrigues (UERJ), Zaira Brilhante de Albuquerque (UERJ)
Trata-se aqui de refletir sobre a relação entre meios de comunicação e subjetividade a partir da análise de dois casos concretos. Essa tentativa parte do pressuposto da necessidade de situar as novas tecnologias e seus efeitos subjetivos num panorama mais amplo que leve em conta as tecnologias precedentes. Além disso, o presente texto propõe uma crítica do paradigma que opõe Modernidade e Pós-Modernidade como paradigma adequado para dar conta da relação entre meios de comunicação e subjetividade.
Palavras-Chaves: Meio de Comunicação, Subjetividade, Pós-Modernidade

Mediação, Mobilidade e Governabilidade nas Redes Interativas de Comunicação Distribuída
Henrique Antoun (UFRJ)
Este trabalho visa estimar o futuro da governabilidade democrática na cibercultura, considerando as transformações introduzidas pelos dispositivos móveis de comunicação no funcionamento das redes interativas de comunicação distribuída. A problemática relação entre a mediação e a mobilidade nas redes interativas de comunicação distribuída faz das comunidades virtuais e das redes de parceria os principais agentes dos problemas de governabilidade para o Estado pós-moderno. A hipótese básica de orientação é a de que a oposição entre a informação e a comunicação nas redes interativas de comunicação distribuída reflete o conflito entre o trabalho imaterial comunicacional e a propriedade privada da informação. As interfaces de comunicação exprimem esse conflito através da relação entre os diferentes modelos de construção de seus códigos e as diferentes práticas de valoração e qualificação social. Esta análise pretende subsidiar a argumentação do ciberespaço como um meio de multidão, contrapondo-o à imprensa como meio popular e ao rádio e à televisão como meio de massa. Henrique Antoun é Doutor em Comunicação (1993) pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisador do núcleo principal do PPGCOM ECO-UFRJ desde 2002 desenvolve pesquisa sobre as transformações da mediação nas redes interativas de comunicação distribuída.
Palavras-Chaves: Cibercultura, Comunidade Virtual, Rede de Parceria, Mediação

Mediações musicais através do telefone celular
Simone Maria Andrade Pereira de Sá (UFF)
O trabalho aborda as reconfigurações advindas da comunicação wireless nas formas de escuta, de uma forma geral, e seus impactos dentro da indústria fonográfica, tendo como foco principal o telefone celular.A estratégia principal para o desenvolvimento do argumento é a de considerar as formas de consumo e escuta musical contemporâneas através do celular como inseridas dentro de uma história cultural da audição e das formas de ouvir através de aparelhos de reprodução sonora, partindo-se da asserção de que o som é também um objeto de conhecimento na modernidade e não uma forma natural de apreensão do mundo.Estas idéias são apresentadas em tres partes. Simone Pereira de Sá é Doutora em Comunicação e antropóloga. É professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, onde coordena o C.U.L.T – Laboratório de Cultura Urbana, Lazer e Tecnologias, desenvolvendo no momento pesquisa (apoiada pelo CNPq) sobre tecnologias digitais e música eletrônica. É autora de Baiana Internacional – As mediações culturais de Carmen Miranda (MIS – 2002); co-organizadora da coletânea Prazeres Digitais: computadores, entretenimento e sociabilidade (e-papers; 2004); tendo publicado diversos artigos sobre tecnologias da comunicação, música e sociabilidade.
Palavras-Chaves: telefone celular, música, tecnologias

Múltiplas Identidades Virtuais: A Potencialização das Experiências Exploratórias do “Eu”
Jose Carlos Santos Ribeiro (FTC e FDJ)
Este artigo propõe algumas reflexões acerca do processo de criação de múltiplas identidades virtuais comumente verificado em diversas plataformas interacionais on-line. Com este intuito, discute a caracterização, as possibilidades exploratórias (pessoais e sócio-comunicativas) e os motivos que levam os usuários a efetivarem tal prática. De forma adicional, busca identificar possíveis relações entre este procedimento e a promoção de uma dinâmica relacional diferenciada nestes ambientes de CMC (comunicação mediada por computador).
Palavras-Chaves: Identidade e cibercultura, ciberespaço, sociabilidade virtual

O corpo digital como corpo duplo: a tecnologia purificando as formas
Renata de Rezende Ribeiro (UFF)
Discorremos sobre a construção do corpo contemporâneo a partir das Novas Tecnologias da Comunicação (NTC), na medida em que o corpo apresenta-se como digital e utiliza-se das técnicas imagéticas para ser formatado. Após mapear algumas características do corpo na contemporaneidade, analisamos a utilização das tecnologias na construção do corpo na sociedade ocidental, partindo da hipótese de que existe um discurso do corpo digital, equivalente ao “corpo perfeito”, sinônimo da boa forma e dos padrões de beleza estabelecidos, socialmente, na atualidade.
Palavras-Chaves: Corpo, Tecnologia, Pureza, Capital

O Pós-Humano Incipiente: Uma Ficção Comunicacional da Cibercultura
Erick Felinto de Oliveira (UERJ)
Este trabalho parte de uma análise do website pessoal do fundador do Centro para a Nanotecnologia Responsável, Mike Treder, para discutir as principais características do que se poderia definir como um “imaginário pós-humanista”. Sugere-se a hipótese de que esse imaginário, difundido largamente no espaço da world wide web, repousa numa mitologia da comunicação total; em outras palavras, a idéia de que as novas tecnologias informacionais de comunicação serão capazes de promover a superação das limitações e separações humanas. No âmbito desse imaginário, a comunicação torna-se um análogo da experiência mística, promovendo o ultrapassamento da dicotomia sujeito-objeto e prometendo um futuro paradisíaco sem diferenças e conflitos.
Palavras-Chaves: pós-humano, comunicação, cibercultura, imaginário

O segredo possível na cibercultura
Rudinei Kopp (UNISC)
O artigo propõe uma reflexão acerca da possibilidade de manutenção e das formas de interação produzidas pelo segredo na cibercultura. A questão é tratada a partir da idéia de segredo proposta por Simmel e pelo pensamento de Heidegger para a técnica e para a tecnologia. O texto destaca duas idéias: as implicações pertinentes à regulamentação externa (legal) sobre o controle do conteúdo público e privado que transita no ciberespaço e a virtual transparência total sobre esse conteúdo atrelado a um domínio técnico do ciberespaço. A idéia do segredo como artifício possível de relações humanas é questionada como possibilidade pouco viável, ao nível técnico, no ciberespaço, mas como idéia possível, ainda, no campo do imaginário.
Palavras-Chaves: cibercultura, segredo, imaginário, tecnologia

Os Materiais Midiáticos e Sua Presença no Ambiente Comunicacional da Internet – Escolhas para um recorte de Objeto e Construção de problema
Gustavo Daudt Fischer (UNISINOS)
O texto procura apresentar as principais idéias em torno de um processo em andamento – a construção de um problema de pesquisa – que procura compreender as características da utilização de materiais oriundos de produtos comunicacionais da ordem das mídias ditas tradicionais em elaborações presentes na Internet, mais especificamente, em páginas da web. Para tanto, são trazidas ao diálogo algumas premissas teórico-metodológicas a respeito da remediação (Bolter, Grusin), da proeminência da visualidade no tempo contemporâneo e a possibilidade do tornar-se emissor em um tempo de cultura midiática como elementos constituintes de um recorte que se tensiona com alguns elementos empíricos que se separam em elaborações do tipo “corporativas” e “alternativas”. Doutorando do PPG-Com da UNISINOS, Mestre pela UNISINOS, professor do curso de Publicidade e Propaganda e Coordenador Executivo do Curso de Comunicação Digital da mesma instituição. gfischer@unisinos.br
Palavras-Chaves: cultura da mídia, internet, visualidades

Porque existe tanto brasileiro no Orkut? Ou as Redes sociais e o Homem Cordial.
CLEBER MATOS DE MORAIS (UFPE), DIEGO LOPES ROCHA (UFPE)
Este trabalho objetiva trazer uma discussão sobre o elemento da cordialidade nas redes sociais on-line. Tentar perceber quais elementos da participação brasileira no Orkut tem a ver com a cordialidade e o impacto nas redes sociais. Primeiro será apresentado o Orkut e algumas de suas ferramentas, com destaques em áreas importantes para a comunicação. Será aprofundado sobre as redes sociais e em seguida, apresentarei o Homem cordial de Sérgio Buarque de Holanda. Cleber Matos de Morais é mestrando em comunicação no Programa de Pós-Graduação em Comunicação na UFPE, também é pesquisador do Projeto Kimera, UFPE. Formado em Comunicação Social/ Publicidade e propaganda. Diego Lopes Rocha é graduado em comunicação social/Publicidade e propaganda pela UFPE e é bolsista do projeto Kimera.
Palavras-Chaves: Comunidades virtuais, Orkut, homem cordial, cibercultura

Redes Sociais no Ciberespaço: Uma proposta de Estudo
Raquel da Cunha Recuero (UCPel/UFRGS)
O presente artigo busca propor elementos fundamentais para o estudo das redes sociais no ciberespaço, a partir das discussões da chamada “ciência das redes”, presente principalmente nos trabalhos de Barabási (2003), e da análise estrutural de redes sociais. Trata-se dos elementos de organização, estrutura e dinâmica das redes. Dentro daesta proposta, são indicados como elementos de organização as interações sociais; de estrutura, os laços e o capital social; e de dinâmica os processos cooperativos, competitivos e conflitivos, e seus resultados na rede.
Palavras-Chaves: redes sociais, organização, estrutura, dinâmica

Reflexões sobre as materialidades dos meios: Embodiment, Afetividade e Sensorialidade nas dinâmicas de comunicação das novas mídias.
Vinícius Andrade Pereira (UERJ)
O artigo busca, através da recorrência ao conceito de embodiment (corporificação), pensar a plausibilidade de se reafirmar o corpo como objeto de estudo do campo da comunicação, pela sua importância, tanto como primeira mídia, quanto pelas questões que suscita ao se imbricar com as tecnologias de informação e da comunicação. Esta perspectiva permitirá analisar as novas mídias a partir de uma abordagem material, propondo duas idéias no desenvolvimento deste estudo: afetividade e sensorialidade. Aposta-se que com estas idéias as análises das novas mídias podem se tornar mais precisas, especialmente quando comparadas com aquelas que focam os processos de comunicação hodiernos através de perspectivas mais tradicionais, como as que trabalham com os termos antinômicos forma X conteúdo. O autor é Professor do Programa do de Pós-Graduação em Comunicação da UERJ onde coordena a linha de pesquisa "Novas Tecnologias e Cultura"
Palavras-Chaves: materialidades da comunicação, embodiment, afetividades, sensorialidades

NP-09. Comunicação Científica e Ambiental


A enunciação midiática da sexualidade a partir da Aids: os discursos de Veja e IstoÉ nas décadas de 1980 e 1990
Paulo César Castro de Sousa (UFRJ)
RESUMO O surgimento da Aids no início da década de 1980, mais do que apenas a manifestação de uma nova doença, transformou-se no agente que tornaria a sexualidade - tradicionalmente confinada à privacidade, aos espaços íntimos e fechados - cada vez mais pública. A preeminência desse debate teve nos media um dos seus lugares mais destacados, já que estes funcionam como um dos mais importantes dispositivos contemporâneos a estabelecer o espaço público e, conseqüentemente, a produzir o real. Este trabalho busca mostrar como, a partir das reportagens sobre Aids, as revistas Veja e IstoÉ, as duas principais semanais do país, vão construindo, sob estratégias enunciativas às vezes comuns e às vezes diferentes, as referências sobre a sexualidade, heterossexualidade, homossexualidade, doença e medicina. MINICURRÍCULO - Doutor em Comunicação e Cultura (UFRJ). - Professor da Escola de Comunicação da UFRJ. - Membro do Núcleo de Pesquisa em Estratégias de Comunicação (NUPEC), da ECO-UFRJ, coordenado pelo Prof. Dr. Milton José Pinto. - Membro do Núcleo de Pesquisas em Mídia Imprensa (PUC-SP), coordenado pelo Prof. Dr. José Luiz Aidar Prado.
Palavras-Chaves: Aids, sexualidade, mídia

A notícia de divulgação científica: eleição e síntese do que é socialmente relevante
Rodrigo Bastos Cunha (Unicamp)
Sob a perspectiva da linha francesa da Análise do Discurso, este trabalho analisa as generalidades e as singularidades em notícias de divulgação científica veiculadas na revista eletrônica ComCiência. A análise mostra que há no processo de divulgação científica um trabalho de formulação de um discurso novo, que parte do discurso científico – e não apenas o reformula ou recodifica – e se dirige a um outro público, mais amplo que os pares do cientista. Esse trabalho do divulgador consiste em escolhas ligadas ao estilo verbal (cf. BAKHTIN, 1997). Este estudo também mostra que além das generalidades dos discursos em geral, como seu caráter dialógico e seu caráter subjetivo (em diferentes gradações), e das generalidades da divulgação científica em particular, como o foco no público leigo, há especificidades próprias do gênero aqui abordado.
Palavras-Chaves: divulgação científica, análise de discurso, Internet

Amazônia em Chamas: análise discursiva da cobertura da imprensa sobre meio ambiente (1975-2002)
Luciana Miranda Costa (UFPA)
A temática ambiental, conjugada com o papel da mídia como produtora de sentidos e principal responsável pela publicização das questões sociais, é de relevante importância para as políticas públicas de caráter social implementadas na Amazônia. Este tema foi tratado inicialmente na pesquisa de doutorado intitulada “Sob o fogo cruzado das campanhas: ambientalismo, comunicação e agricultura familiar na prevenção ao fogo aciental na Amazônia” (NAEA/UFPA, 2004). O que se propõe nesta nova etapa da pesquisa, conforme este artigo buscará demonstrar é, a partir da análise de cerca de 1300 artigos e reportagens publicados na imprensa nacional no período (1975-2002), enfocar o significativo papel da imprensa no “boom” ambiental que vem se registrando nos últimos anos. Os objetivos também são introduzir uma metodologia específica de análise e contribuir com reflexões e dados sobre o tema.
Palavras-Chaves: Comunicação, Imprensa, Meio Ambiente, Amazônia

Ciência Vale a Pena: Uma Parceria entre Publicitários e Cientistas pela Popularização da Ciência
Lacy Varella Barca de Andrade (UFRJ)
Este trabalho pretende analisar um modelo de parceria entre cientistas e publicitários que resultou na maior campanha de valorização da ciência já realizada pela televisão brasileira: a campanha “Ciência Vale a Pena”, produzida pela Rede Globo de Televisão, em parceria com o Instituto Ciência Hoje e com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, através da FINEP, Financiadora de Estudos e Projetos. Os oito filmes da campanha foram amplamente veiculados pelas emissoras da Rede Globo de Televisão, de outubro a dezembro de 2004, em todo o território nacional.
Palavras-Chaves: Divulgação científica, popularização da ciência, publicidade, televisão

Comunicar para el desarrollo: una comunicación más participativa y con estrategias adecuadas a realidad sociocultural de la comunidad
Manuela Rau de Almeida Callou (UAB)
Este artículo tiene como finalidad analisar la comunicación para el desarrollo, poniendo de relieve los proyectos de comunicación aplicados al desarrollo de comunidades, en el contexto de diferentes países y con la aplicación de la comunicación en áreas de proyectos socioculturales, salud y tecnología. Así que hacemos referencias al surgimiento de una nueva forma de comunicación basada en el diálogo, donde la participación de la comunidad y la utilización de estrategias de comunicación son aspectos fundamentales para la producción de cambios sociales. Consideramos relevante estudiar el tema ya que está relacionado con el mundo actual, donde la comunicación asume una perspectiva más participativa y dialógica en los procesos sociales, económicos, políticos y culturales. La autora es Relaciones Púbicas por la Universidad Católica de Pernambuco - UNICAP, especialista en Gestión y Desarrollo de las Organizaciones por la Universidad Federal de Pernambuco - UPE y doctoranda en Comunicación y Periodismo por la Universidad Autónoma de Barcelona - UAB. Como activitades académicas, ha participado en congresos y eventos como expositora o conferencista y ha desarrollado investigaciones científicas en la área de responsabilidad social de las empresas y comunicación y cultura. Como activitades profisionales, ha trabajado en un periódico local de la ciudad de Sant Cugat (Barcelona), llamado L’Ateneu, destinado a temas sociales y culturales.
Palavras-Chaves: comunicación;, desarrollo;, estrategias

Espaço Midiático Para o Ambiente: Um Breve Estudo Sobre Algumas Revistas Brasileiras
Antônio Ribeiro de Almeida Júnior (ESALQ-USP), Mário Masaru Sakaguti Júnior (ESALQ-USP)
Antônio Ribeiro de Almeida Júnior é doutor em Sociologia, com Pós-doutorado em Comunicação e professor da ESALQ-USP. E-mail:almeidaj@esalq.usp.br Mário Masaru Sakaguti Júnior é aluno do curso de Gestão Ambiental da ESALQ-USP: mariomsj@carpa.ciagri.usp.br Este artigo procura mostrar o espaço dado pelas revistas Veja, Época, Isto É, Carta Capital e Caros Amigos às questões ambientais. Partimos da hipótese de que há um processo de filtragem das notícias evitando que a população seja informada adequadamente sobre as questões ambientais. O contexto dessa filtragem é formado pelos interesses econômicos e políticos que se sentem ameaçados pelos movimentos ambientalistas e por isso tentam controlar as informações sobre o ambiente. Nossos resultados apontam para um uso publicitário de imagens da natureza e do discurso ambientalista e para um silêncio a respeito dos problemas ambientais.
Palavras-Chaves: teoria dos filtros, ambientalismo, mídia, ambiente

Estratégias de Comunicação para o Desenvolvimento Local: uma Experiência Governamental em Pernambuco
Angelo Brás Fernandes Callou (UFRPE), Brenda Braga (FUNDAJ)
Estratégias de Comunicação para o Desenvolvimento Local: uma Experiência Governamental em Pernambuco Angelo Brás Fernandes Callou Brenda Braga Resumo O presente trabalho analisa as estratégias de comunicação utilizadas pelo Plano Integrado de Desenvolvimento Local (PIDL), da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Estado de Pernambuco. O PIDL revela-se como terreno promissor de pesquisa no campo da Extensão Rural, pela via da Comunicação para o Desenvolvimento Local, na medida em que, de um lado, representa uma intervenção governamental concreta, articulada e inovadora para o desenvolvimento do município de menor de Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, Manari, Pernambuco; e, de outro, lança mão das estratégias participativas mais contemporâneas de gestão social.
Palavras-Chaves: Estratégias de comunicação, extensão rural, desenvolvimento local

Identidades e diferenças entre ciência e mídia
Antonio Luiz Oliveira Heberlê (UCPEL), Sady Macedo Sapper (Embrapa)
Resumo A análise busca identificar os fatores que aproximam e afastam mídia e ciência. Verificamos que ambas pretendem a verdade, embora na ciência a busca seja histórica, seqüencial e temporalizada, engendrada pela sistemática, pela verificação e validação dos dados no plano geral da sua atividade. As diferenças determinam um campo permanente de negociação entre ciência e mídia, em busca de entendimento, de tal forma que duas atividades que caminham lado a lado nessa busca pelos fenômenos do mundo possam realizar, pelo interesse social, as suas missões com sucesso. Autores Professores da Universidade Católica de Pelotas, jornalistas da Embrapa Clima Temperado, doutores em Ciências da Comunicação pela Unisinos
Palavras-Chaves: mídia, ciência, divulgação científica, jornalismo científico

Mídia e meio ambiente: na visão de agricultores familiares de comunidades do município de Santa Rosa – RS
Patrícia Kolling (UFRGS), Ilza Maria Tourinho Girardi (UFRGS)
Apresenta uma análise das percepções dos agricultores familiares de comunidades rurais do município de Santa Rosa, noroeste do Rio Grande do Sul, sobre o meio ambiente e a veiculação desta temática na mídia. O suporte teórico mostra as relações entre o modelo de desenvolvimento econômico atual, o equilíbrio ambiental e a agricultura. Demonstra as influencias da mídia ao prover os agricultores de informações relevantes para o seu cotidiano e na formação de uma consciência ecológica.
Palavras-Chaves: Mídia, Meio Ambiente, Desenvolvimento, Agricultores familiares

O Uso das Técnicas de Avaliação de Impacto Ambiental em Estudos Realizados no Ceará
Marcos Vasconcelos Costa (FMF), Paulo Sérgio Viana Chaves (UNIFOR), Francisco Correia de Oliveira (UNIFOR)
O estudo analisa a utilização de técnicas de avaliação de impacto ambiental(IA) em estudos realizados no Estado do Ceará. Envolvendo o levantamento exploratório das principais técnicas empregadas pelos empreendedores cearenses verificando o grau de relacionamento entre as principais variáveis de caráter ambiental. A pesquisa, do tipo desk research, estuda os relatórios de IA´s disponibilizados pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente publicados nos últimos cinco anos. As variáveis são: responsáveis pela elaboração do RIMA, ano, empreendedor, empreendimento, quantidade de variáveis analisadas e técnica empregada. Os resultados finais permitem inferir, em termos globais, que um dos pontos fracos das técnicas de avaliação ambiental, encontra-se no cálculo dos custos incorridos em decorrência do IA causado pelo uso de um recurso natural ou por danos ao meio ambiente devido à poluição. - Mestrando em Administração, Faculdade Marista Fortaleza. E-mail: holandacosta@terra.com.br - Mestrando em Administração, Centro de Ensino Unificado de Teresina. E-mail: arquivops@yahoo.com.br - Professor Titular Mestrado em Administração, Universidade de Fortaleza. E-mail: oliveira@unifor.br
Palavras-Chaves: impacto ambiental, relatório de impacto ambiental, comunicação ambiental

Quatro Casos de Incomunicação
Epitácio Gueiros Sales Filho (UFRPE), Betania Maciel (UFRPE)
Neste trabalho são apresentados alguns casos de incomunicação referentes a experiências vivenciadas a partir de discussões relacionadas à problemática da comunicação e informação científica para o desenvolvimento local. Os casos apresentados são pontuados no que concerne a cada uma das sete barreiras da comunicação, com base nos preceitos estabelecidos por John Parry, no sentido de proporcionar reflexões situadas na contextualização apresentada. Epitácio Gueiros Sales Filho > Mestrando do Curso de Extensão Rural e Desenvolvimento Local/ POSMEX - UFRPE. Betania Maciel> Professora Drª do Mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local/ POSMEX - UFRPE.
Palavras-Chaves: Comunicação Científica, Extensão Rural, Educação Ambiental, Desenvolvimento Local

Representações da crise do meio ambiente no jornalismo científico.
Leonel Azevedo de Aguiar (PUC-Rio)
O artigo realiza um mapeamento de quatro representações sobre a temática dos problemas ambientais em determinados jornais diários, partindo da constatação de que as notícias sobre as catástrofes ecológicas globais ocupam um espaço, cada vez maior, na grande imprensa. Esses discursos jornalísticos, entretanto, constroem uma representação da crise do meio ambiente que se vincula a uma heurística do medo, na qual o signo da negatividade esvazia a possibilidade da ação política. Ou seja, os sentidos produzidos pela mídia acabam sendo reforçados pelo contexto social de fruição das mensagens, pois o público-receptor encontra-se imerso em um modelo de sociedade contemporânea marcada pelos riscos globais.
Palavras-Chaves: jornalismo científico, comunicação ambiental, representações sociais, riscos ecológicos

Temática ambiental e participação social na Internet: o fórum Queimadas do WWF-Brasil
Cynthia Harumy Watanabe Corrêa (PUCRS), Karina Galdino (UFRGS)
Com a disseminação das Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) e da rede Internet na sociedade, questões relacionadas ao meio ambiente ganharam destaque, não somente a partir da ampliação dos canais de divulgação, mas também de debate e de mobilização social no ambiente virtual. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo investigar o processo de comunicação e de participação social no fórum de discussão sobre Queimadas promovido pelo WWF-Brasil na Internet, visando identificá-lo como espaço de sociabilidade entre pessoas que compartilham como interesse em comum a preservação ambiental. A análise das mensagens do fórum Queimadas foi realizada segundo a classificação temática, quanto à estruturação do debate e com relação ao tipo de conteúdo veiculado. Entre os resultados, observa-se que os integrantes do fórum identificam-se através de uma preocupação em comum com o meio ambiente, utilizando este espaço para registrar suas opiniões como uma forma de participar socialmente do debate.
Palavras-Chaves: Comunicação ambiental, participação social, fórum de discussão

NP-10. Políticas e Estratégias de Comunicações


A mídia brasileira sob o ângulo constitucional
Eula Dantas Taveira Cabral (UNIVERCIDADE)
O artigo é parte integrante da tese recentemente defendida pela autora, intitulada “Internacionalização da mídia brasileira: estudo de caso do Grupo Abril”. Faz uma análise comparativa do que é proposto nas Leis brasileiras com o que vem sendo desenhado no cenário nacional pelos empresários da área, além da amostragem e comparação da entrada do capital estrangeiro no Brasil com o que é permitido em 23 países. Parte de uma pesquisa bibliográfica e documental, de base descritiva. Jornalista, Professora do Curso de Comunicação Social do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade). Pesquisadora, Doutora e Mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. Editora do Informativo "Sete Pontos" - http://www.comunicacao.pro.br/setepontos. Email: eula_cabral@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: Mídia brasileira, políticas de comunicação, Constituição Federal, capital estrangeiro

A redefinição do Espaço Público no Brasil?
Graciela Inés Presas Areu (PUCPR)
No artigo se apresentam alguns aspectos abordados na tese doutoral, defendida á UAB em 20/12/2004. A tese busca verificar se houve uma transformação do espaço público no Brasil no período 1989-2004, e se, se poderia falar no surgimento de um ‘novo espaço público’. Entende-se que a falta de credibilidade da comunicação política está relacionada com o crescimento da violência, o aumento da arbitrariedade, e da desobediência civil, tanto por parte da população, quanto por parte das autoridades. Estes fenômenos evidenciam o descrédito e a desconfiança da população, perante o discurso público, e a impunidade com que os protagonistas políticos atuam. No período analisado todos os setores no Brasil têm sido desapropriados, privatizados, têm se transformado o que era público em privado, a partir do sistema neoliberal. Na tese se procuraram os instrumentos teóricos apropriados para estudar, nesta perspectiva, os efeitos provocados na comunicação política pelo uso de estratégias de marketing político, a luz da Teoria da ação comunicativa habermasiana. Dra Ciências da Informação UAB 2004; Mestre ECA/USP 1993 Prof. Curso de Comunicação desde 1994 nas Habilitações de RRPP e de PP. em diversas disciplinas e instituições. Tem participado de diversos cursos de pós-graduação. Coordenadora do Projeto Experimental de Publicidade e Propaganda na PUCPR desde 2000. Consultora de planejamento, pesquisa mídia. Foi Diretora Planejamento e Mídia, Agências: Exclam e Múltipla: gpresas_@uol.com.br
Palavras-Chaves: democratização da comunicação, espaço público, ação comunicativa, mediático

Democratização na radiodifusão: da utopia à esperança com o compromisso público do PT
Maria das Graças Conde Caldas (UMESP)
Democratização na radiodifusão: da utopia à esperança com o compromisso público do PT Graça Caldas Da anacrônica Legislação do Código Brasileiro de Telecomunicações de 1962, ao sistema atual de outorgas de canais de rádio e televisão, poucas mudanças ocorreram para viabilizar a democratização da comunicação. As expectativas da sociedade civil mobilizada nos anos 80 foram várias vezes frustradas, apesar de avanços localizados como a criação do Conselho de Comunicação Social (1991) e a Lei da Cabodifusão (1998). Das habituais práticas clientelistas de distribuição de emissoras de rádio e televisão, que atinge seu ápice no governo Sarney, a supostos critérios objetivos e técnicos do governo FHC, a moeda de troca permanece na esfera política e econômica, em detrimento dos interesses sociais. A utopia de democratização pela instância regulatória não se cumpre e dá lugar à mobilização de novos atores sociais, que reivindicam qualidade na programação na televisão e pressionam o Estado para a estruturação de um sistema público de comunicação. O atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva sinaliza para a perspectiva de ruptura com o modelo vigente, de caráter eminentemente privado, ao retomar a discussão sobre a Lei Eletrônica de Comunicação de Massa. Resta saber se, o agora presidente Lula cumprirá o compromisso público de 1994, de reestruturar e democratizar o sistema de radiodifusão no país para garantir a pluralidade das idéias e a polifonia de vozes.
Palavras-Chaves: Radiodifusão, Legislação, Tecnologia, Democratização da Comunicação

Liberdade de Expressão: Problematizando um Direito Fundamental
Guilherme Canela de Souza Godoi (ANDI)
As liberdades de expressão e de imprensa são pilares centrais das democracias ocidentais. O arcabouço teórico que dá sustentação a estes direitos foi gestado no âmbito das revoluções liberais que tiveram lugar na Europa Ocidental e na América do Norte a partir da segunda metade dos anos 1600. Nosso propósito neste texto é apresentar, a partir de casos ilustrativos concretos, o atual panorama do tema, focalizando-nos no caso brasileiro, buscando problematizar a defesa incondicional das liberdades de expressão e de imprensa feitas pelos pensadores fundadores destes princípios vis-à-vis questões contemporâneas do universo comunicacional.
Palavras-Chaves: Liberdade de expressão, Liberdade de Imprensa, Direitos Humanos, Regulação

O dono do mundo: O Estado como proprietário de televisão no Brasil
Suzy dos Santos (UnB)
Este artigo pretende analisar a atuação do Estado como proprietário de meios de comunicação, nos ambientes da produção e da distribuição de conteúdo televisivo. É possível dividir esta atuação em duas funções. Uma primeira em que o Estado atua como produtor, gerando programação para canais específicos e, uma segunda, em que atua apenas como distribuidor, retransmitindo programação das redes já existentes em localidades de difícil acesso.
Palavras-Chaves: Televisão Pública, Televisão Educativa, Regulação, Estado

Por uma perspectiva metodológica para os estudos dos sistemas e grupos de mídia: o caso do Nordeste brasileiro como referência
Anamaria Fadul (UMESP), Edgard Rebouças (UFPE)
Este artigo tem por objetivo oferecer um perspectiva metodológica para os estudos dos sistemas e grupos de mídia. Ele se origina de dois projetos de pesquisa: “Grupos mídiaticos do Nordeste brasileiro: processo de regionalização e internacionalização” e “Grupos regionais de mídia: estratégias globais do mercado de comunicação e de cultura”. O que pode ser observado é que boa parte dos estudos nesta área têm sido executados sem abordar toda a riqueza que oferecem as estratégias metodológicas da pesquisa em Comunicação. Por meio de uma abordagem descritiva e comparativa, com base em dados empíricos (estrutura, audiência, circulação, receita, cobertura etc.), pode-se chegar a uma análise qualitativa confrontando a realidade dos grupos de mídia com as características históricas (sociais, culturais, políticas e econômicas) da região estudada. Anamaria Fadul é Livre docente em Comunicação pela Universidade de São Paulo, professora da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) e membro do Conselho Curador da Intercom. E-mail: anafadul@uol.com.br. Edgard Rebouças é Doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), pesquisador visitante no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador do NP de Políticas e Estratégias de Comunicações da Intercom. E-mail: edreboucas@oi.com.br.
Palavras-Chaves: Metodologia, Grupos de mídia, Nordeste

Transformaciones Discursivas en la Esfera Pública Comunicativa Internacional: los Atentados del 11–M Vistos desde la Prensa de Brasil y México.
Luiz Peres Neto (UAB), Edgar Morán (UAB)
MORÁN, Edgar.(Doctorando en Periodismo y Ciencias de la Comunicación en la Universidad Autónoma de Barcelona. Licenciado en Comunicación por el Instituto tecnologico de Monterrey, México) PERES NETO, Luiz.(Doctorando en Periodismo y Ciencias de la Comunicación en la Universidad Autónoma de Barcelona. Licenciado en Comunicación Social por la Universidad de Sao Paulo (USP), Brasil) Resumo El presente trabajo consiste en analizar el tratamiento informativo otorgado al hecho de los atentados terroristas del 11 de marzo (11-M) en Madrid por dos diarios latinoamericanos, O Estado de São Paulo, de Brasil y La Jornada, de México, de líneas ideológicas distintas, y observar si, en Latinoamérica, el blindaje informativo comandado por el staff “Aznarista” fue capaz de mantener en pie el discurso impuesto por el gobierno del Partido Popular a la esfera pública comunicativa internacional.
Palavras-Chaves: Espacio Público;, Análisis Critico del Discurso;, Periodismo Internacional;, Atentados Terroristas;

“Televisão e Espaço Público Transnacional: O Caso da TV Al Jazeera”
Márcia de Almeida Jardim (Unicamp)
Resumo: este trabalho analisa o processo de expansão da emissora de televisão árabe Al Jazeera, com base em uma visão crítica da mesma, procurando apontar para os limites quantitativos e qualitativos da visibilidade e do processo de socialização que esta expansão engendra. Com uma audiência de 40 milhões de telespectadores, a hipótese é a de que o processo expansionista se deu a partir, principalmente, de dois fatores, uma prática jornalística que procura apresentar o “outro lado” dos fatos e a cobertura de eventos com grande apelo de audiência. Por fim, este trabalho apresenta a idéia de que, apesar de permeado por contradições e ambigüidades, o processo de expansão da televisão Al Jazeera tem impacto positivo na ampliação do contexto comunicativo transnacional. Autora: Mestre em Ciência Política pela Unicamp e Doutorando em Ciências Sociais também pela Unicamp.
Palavras-Chaves: espaço público, televisão, democratização da comunicação, grupos de mídia

NP-11. Comunicação Educativa


A INTERLOCUÇÃO ENTRE O DESENHO PEDAGÓGICO E AS TIC NA MODALIDADE EDUCACIONAL A DISTÂNCIA
Ademilde Silveira Sartori (UDESC)
O presente artigo tem por base uma pesquisa qualitativa que buscou investigar as relações entre a Comunicação e a Educação na modalidade educativa a distância, tendo em vista compreender as relações entre o desenho pedagógico e as TIC. São abordadas algumas questões de ordem teórica sobre as relações entre a mídia, a escola e as TIC, caracteriza-se a Educaçao a Distância como prática mediatizada em expansão, relata-se o desenvolvimento da pesquisa e, por fim, apresenta-se a síntese analítica dos resultados obtidos. Mini-currículo: Licenciada em Física e mestre em Educação pela UFSC, doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, professora de Metodologia do Ensino, Didática das Ciências e Metodologia da Educação a Distância, da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. E-mail: ademilde@matrix.com.br
Palavras-Chaves: Dialogicidade, Interatividade, Educação a Distância, Desenho pedagógico

Capacitação de professores do ensino fundamental para utilização de recursos da tecnológicos de comunicação digital interativa em Sala de Aula: “construindo conhecimento através de atividade prática”
Sergio Ferreira do Amaral (UNICAMP), Karla Isabel de Souza (UNICAMP)
Esta artigo é parte da pesquisa de mestrado de Karla Isabel de Souza na Faculdade de Educação da UNICAMP com foco na relação entre Comunicação e Educação dentro do conceito de educomunicação , tendo o professor como gestor da produção de conteúdo para ser utilizada em sala de aula. O texto, é um relato de experiência que aponta possibilidades de atuação dos professores no espaço escolar utilizando recursos tecnológicos de comunicação digital e interativa no desenvolvimento de conteúdo educacional como suporte pedagógico. Como conclusão são apresentados alguns resultados alcançados na escola, demonstrando como pode ser esta passagem de postura do professor, e como este pode inserir seus estudantes e a comunidade em seus projetos e ações baseados nas tecnologias digitais de comunicação. Minicurrículo: Sergio Ferreira do Amaral: Professor doutor na Faculdade de Educação da UNICAMP, Pós - doutorado na NCE/ECA/USP na área de Comunicação e Educação, atua em pesquisa na área de novas tecnologias de informação e comunicação aplicada na educação. Coordenador do laboratório de pesquisa LANTEC da FE/UNICAMP, Coordenador da área 2: Educação, Ciência e Tecnologia no programa de Pós Graduação da FE/UNICAMP. Karla Isabel de Souza: Pedagoga, Professora em Escola de Ensino Fundamental e aluna de mestrado na Faculdade de Educação da UNICAMP
Palavras-Chaves: Comunicação e Educação, Professor-Produtor, Tecnologias Educacionais, Educomunicação

Comunicação Comunitária e Educação Popular: Caminhos para uma Práxis Transformadora
Carlos André Cantisani Maranhão (UERJ)
Resumo: Este artigo se propõe a pensar a comunicação comunitária pelo viés da educação popular, como “tema gerador”, ou seja, como processo capaz de produzir conhecimento e informação atrelados à vinculação dos atores sociais. Parte do princípio de que, como disse Paulo Freire, o diálogo autêntico se instaura a partir da investigação de temas significativos presentes no cotidiano das comunidades e, a partir disto, propõe uma releitura pós-epistemológica deste processo na direção de uma postura crítica capaz de lidar com a midiatização da sociedade contemporânea e reinstaurar uma práxis transformadora.
Palavras-Chaves: Comunicação Comunitária, Educação Popular, Epistemologia

Comunicação educativa no ensino superior a distância: alguns pressuspostos teóricos para a midiatização do conhecimento
Josias Ricardo Hack (UNOESC)
Este artigo trata sobre o processo comunicacional docente para a mediação multimidiática do conhecimento. O objetivo é analisar a temática por referenciais teóricos das ciências da Comunicação e Educação, interconectados com outras tessituras do conhecimento. A originalidade do trabalho fundamenta-se no reconhecimento de que o processo comunicacional docente que utiliza estratégias de Educação a Distância no ensino superior, em um ambiente onde o conhecimento é mediado de forma multimidiática, é diferente daquele que acontece na aula presencial.
Palavras-Chaves: Comunicação e educação, processo comunicacional, midiatização do conhecimento, Educação a Distância

Comunicação, aprendizagem e ambientes virtuais
Maria Lúcia Moreira Gomes (CEFET Campos), Carlos Henrique Medeiros de Souza (UENF)
As novas tecnologias e os conceitos como saber flexível,aprendizagem cooperativa, interdisciplinariedade, transdisciplinariedade, currículo integrado, redes de aprendizagem e educação continuada e à distância começam a se fazer cada vez mais presente nos ambientes acadêmicos e políticos, sobretudo quando está em pauta a discussão sobre a necessidade de renovação dos processos educacionais. Compreender a importância dos ambientes virtuais e os processos de comunicação na aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento educacional do individuo. Este artigo pretende apresentar algumas considerações a cerca deste importante tema. 1- Maria Lúcia Moreira Gomes: Mestra em Cognição e Linguagem - UENF/ Professora CEFET Campos/ Universo. 2- Carlos Henrique Medeiros de Souza: Doutor em Comunicação – UFRJ, Mestre em educação/ CES/JF, Professor Associado – LEEL/UENF. Editor da Interscience Place.
Palavras-Chaves: Tecnologia, Aprendizagem, Mediação, Virtual

Comunicação/ Educação: Linguagem e História
Maria Aparecida Baccega (ECA-USP ESPM-SP)
Profa. Associada aposentada da ECA-USP; Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Comunicação e práticas de consumo da ESPM-SP. Editora da revista Comunicação& Educação. São Paulo: CCA-ECA-USP; Paulinas. O texto discute como se constitui o discurso da comunicação/educação a partir da transdisciplinaridade e mostra a necessidade do intercâmbio de saberes na realidade contemporânea. O discurso da comunicação consitui-se na conjunção dos discursos desses vários saberes, sobretudo os da História e da Literatura. Ele seleciona, edita e interpreta os fatos do cotidiano, dando um determinado sentido às coisas do mundo. A democratização desse discurso e, portanto, desse ponto de vista passa pela escola que, ressignificada, pode ser o espaço da transformação da informação fragmentada em conhecimento. É essa a contribuição que o campo da comunicação/educação pode dar à escola.
Palavras-Chaves: comunicação/educação, transdisciplinaridade, discurso, História

Comunidades Virtuais de Aprendizagem: espaço de sociabilidades na modalidade educacional a distância
Jucimara Roesler (UNISUL)
O advento da tecnologia proporcionou um novo status a territorialidade no qual o espaço é organizado através de fluxos comunicacionais e de informação, assim sendo o ciberespaço elimina as fronteiras físicas e proporciona o deslocamento a velocidade da luz. As comunidades virtuais se originam como um espaço de interações sociais, de fluxos informacionais e comunicacionais. Dentre as comunidades virtuais, a comunidade virtual de aprendizagem – CVA –, apresenta-se como possibilidade de tornar presente uma experiência vivificada pelas ações a distância daqueles que fazem parte de um projeto comum de aprendizagem propiciados pela comunicação e interação que os sujeitos desenvolvem neste espaço. É um espaço construído para oportunizar educação, sociabilidade e cultura.
Palavras-Chaves: Ciberespaço, Sociabilidade, Comunidades Virtuais de Aprend, Educação a Distância

EDUCAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DO PROFISSIONAL: BUSCANDO UMA ATUAÇÃO SISTÊMICA ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO
Cristiane Hengler Corrêa Bernardo (FESCG)
A construção, através do ensino superior, de um indivíduo profissional único para o mundo pensado como um sistema que interage e transforma-se conforme a sua atuação, utilizando instrumentos individualizados do educador e do educando e criando assim o diálogo construtivo para a concretização das habilidades e competências a serem trabalhadas no processo educacional. A comunicação será trabalhada como um dos principais instrumentos para estabelecer o diálogo.
Palavras-Chaves: Ensino superior, diálogo, papel do educador, instrumentos de comunicação

Educação e cultura no Brasil contemporâneo
maria da graça jacintho setton (USP)
O objetivo do trabalho é refletir sobre as relações de complementariedade entre a educação escolar e a cultura midiática. Partindo de um conceito amplo de educação considero a hipótese de que estas duas matrizes de socialização podem concergir na medida em que um conjunto de condições sócio-culturais assim o permitirem. Para desenvolver este argumento vou sistematizar alguns aspectos importantes da história e constituição do sistema escolar no Brasil sempre empreendendo um esforço de levantar paralelamente a evolução e a importância educativa da indústria da cultura via produção e difusão midiática.
Palavras-Chaves: socialização, escola, cultura da mídia

Educação, educadores e internet na sociedade do conhecimento: o uso de NTC no ensino superior
Antonio Carlos dos Santos (UFT/POLI-USP), Adriana Cristina Omena dos Santos (UFT/ ECA-USP)
O texto discute o surgimento de novo modelo econômico e da modernização da comunicação e, por fim, sobre a influência das novas tecnologias, entre elas a Internet, na transformação da sociedade para o que alguns teóricos chamam de “sociedade da informação” ou “sociedade do conhecimento”. Discute ainda, as implicações que não ficam apenas restritas à área tecnológica, também atingem as áreas sociais, econômicas, culturais e principalmente educacionais, pois deve abordar o conhecimento, o papel dos educadores e os desafios da educação superior em relação a esta nova sociedade. Em reflexão analítica e comparativa de projetos implantados no Brasil o texto particularizando exemplos do uso de recursos multimídia como suporte para o ensino superior e discute as implicações das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação no processo educacional.
Palavras-Chaves: Internet, educação, sociedade do conhecimento, novas tecnologias

Formação docente e inclusão digital – um estudo com egressos da licenciatura em História do DCH- Campus V / UNEB-Universidade do Estado da Bahia
Sonia Maria da Conceição Pinto (ENEB), Kathia Marise B. Sales Aquino (UNEB)
Discute resultados de pesquisa desenvolvida na região de Santo Antonio de Jesus-Ba, com egressos da Licenciatura em História do DCH-Campus V/UNEB, com o objetivo de analisar a questão da inclusão digital e da competência dos professores para utilizar novas tecnologias em sua prática pedagógica. Apresenta dados empíricos e fundamentação teórica com vistas à proposição da inserção de políticas públicas voltadas para esse fim. Questionários foram aplicados a egressos em regência na rede pública da região, abordando a qualidade do acesso dos professores às Tecnologias da Comunicação e Informação e a perspectiva com que as utiliza em sua prática pedagógica. Conclui pela relevância da inclusão digital do professor na contemporaneidade, alertando para a necessidade da inserção deste objetivo nos cursos de Licenciatura.
Palavras-Chaves: Inclusão digital, Formação de Professores, Novas Tecnologias da Comunicaç

Fundamentos da Estética para Abordagem sobre Objetos da Comunicação
Belarmino Cesar Guimarães da Costa (UNIMEP)
Com ênfase na condição natural e histórica da sensorialidade humana, o artigo aborda a formação num ambiente mediado por tecnologias convergentes, compactas e que promovem virtualização, sendo que estas abstraem as tensões do processo civilizatório e respondem por rupturas na forma de organizar a inteligência e o conhecimento. No mundo globalizado e com produção cultural sistêmica, o artefato simbólico resultante deve ser apreendido na tensão forma e conteúdo. Para tanto, os estudos centrados na dimensão estética contribuem para desvelar, além da aparência, os fenômenos da comunicação que não se esgotam na imediatez do conteúdo narrado.
Palavras-Chaves: Tecnogia, Estética, Formação, Teoria da Comunicação

Identidade e Consumo: Crise no Ensino de Marketing
Clóvis de Barros Filho (USP / ESPM), Felipe Tavares Paes Lopes (ESPM / EPP)
O consumidor mudou. Por conseguinte, também, a forma como consome - assim, ao menos, sentenciam os doutrinadores pós-modernos. Fala-se hoje até mesmo em crise do marketing. De seu ensino. Conseqüência, segundo esses mesmos pensadores, da incompatibilidade dos novos tempos com as antigas soluções, fundamentos e pressupostos compartilhados pela doutrina oficial. As transformações por que passa o consumidor, a crise do antigo paradigma e a emergência de uma nova abordagem mercadológica são justamente os temas tratados no nosso artigo. Clóvis de Barros Filho Professor de ética da ECA-USP e cordenador do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM. (cbarrosf@usp.br) Felipe Tavares Paes Lopes Pesquisador-assistente do Núcleo de Pesquisa em Comunicaçãoe Práticas de Consumo da ESPM e Pesquisador do Espaço Ética
Palavras-Chaves: Ensino, Consumo, Paradigma, Pós-Modernidade

Media e Mediações na Escola: Práticas de Educadores em Educação de Infância1
Antonio Fernando Corrêa Barone (ESEIMU)
Numa lógica de atribuir visibilidade às práticas educativas relativas à mediação exercida por educadores de infância e professores do Ensino Básico na região de Lisboa, o texto descreve e interpreta as práticas de 41 educadores de infância no que concerne à Educação para os meios. A perspectiva hipotético-dedutiva, o método tipológico e a elaboração de categorias prévias do objecto dão origem a um instrumental de observação -- tratado por SPSS (Statistical Package in Social Sciences). Procede-se, então, a aproximação destas práticas pedagógicas aos grandes cenários das práticas educativas. Conclui-se que, para esta amostra, a mediação face aos Media apresenta-se claramente associada ao cenário transferencial de saberes em detrimento de um cenário construtivo/metacomunicativo ou aquele desenvolvido a partir da oposição e complementaridade dos dois primeiros.
Palavras-Chaves: Educação para os meios, Pré-Escolar, Práticas Pedagógicas

Mídia e Consumo na Educação: Reflexões e Práticas
Paulo A. C. de Vasconcelos e Maria Ignes C Magno (UAM LAPIC), Maria Ignes Carlos Magno (UAM)
A presente comunicação é parte de uma pesquisa em andamento no curso de Pedagogia da Universidade Anhembi Morumbi, nas disciplinas Linguagem Produção e Cultura I e II e Gestão da Comunicação na Educação, assim como das reflexões junto aos alunos do Curso de Pós-Graduação ECA –USP Consumo Estratificado da Produção Cultural ,em que o autor colabora com professor convidado.Em ambos os casos toma-se o consumo relacionando-o as estratégias discursivo-midiáticas e como comunicação educativa detalhando seus aportes conceituais e autores.
Palavras-Chaves: Educação, Comunicação, Capitalismo, Consumo

O cinema e a construção do imaginário: as invenções da história
Rodrigo Alberto Toledo (UNICEP)
Este projeto fundamenta-se na criação de espaço para discussão acadêmica para alunos do curso de Publicidade e Propaganda, UNICEP-São Carlos, SP. Pretende-se incentivar a produção de textos científicos na área da Comunicação e a formulação de projetos de iniciação científica. Objetivas-se,ainda, promover atividades que desenvolvam o senso crítico do aluno tendo como fio condutor a problematização de questões da atualidade. Ou seja,uma reflexão sobre as diferentes perspectivas pela qual se pode contar e recontar o passado, a partir de necessidades do presente utilizando, como objeto privilegiado de análise, filmografia histórica. As relações entre ideologia, tempo e história estão cada vez mais presentes em uma sociedade que potencializou a comunicação em massa. A ciência da História e a escrita da História são ferramentas importantes para a compreensão das complexidades do mundo atual.
Palavras-Chaves: Comunicação, Educação, Educomunicação, Epistemologia

NP-12. Comunicação para a Cidadania


A comunicação regional no contexto da Globalização: uma reflexão sobre a Região do Grande ABC
Roberto Elísio dos Santos (IMES), René Henrique Gotz Licht (IMES), Antonio Carlos Gil (IMES)
Formado por sete municípios que integram a região metropolitana de São Paulo, o Grande ABC tornou-se pólo industrial a partir da década de 1950 e, ao lado do crescimento econômico e urbano verificado nas duas décadas seguintes, também viu aumentarem os focos de miséria e ascender o chamado Novo Sindicalismo. A partir dos anos 1990, foram criados órgãos regionais para discutir e tentar solucionar problemas ambientais, sociais e econômicos que atingem as cidades da Região. Mas, apesar dos avanços democráticos advindos da instalação das instâncias regionais, o ABC ainda carece de sistemas de comunicação capazes de promover a integração de todos os atores sociais no processo de regionalização.
Palavras-Chaves: Comunicação, Regionalidade, Região do Grande ABC

A mídia na coluna do meio – a representação do real no Centro de Mídia Independente
ana caroline de almeida (ufpe)
Ligado a uma rede internacional chamada Indymedia, o site do Centro de Mídia Independente Brasil (CMI) manifesta uma prática de edição que, por seu formato e agendamento de notícias, reflete uma representação da realidade construída pelos grandes meios de comunicação, meios estes criticados pelo próprio CMI. O artigo levanta as características do site, como hierarquização dos textos e auto-propaganda do movimento, e as cruza com a sociologia do conhecimento e as perspectivas filosóficas atadas ao conceito bruto da realidade e do real. Formada em comunicação social/jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, repórter do Jornal do Commercio, de Pernambuco, e mestranda do programa de pós-graduação em comunicação da mesma UFPE.
Palavras-Chaves: mídia independente, indymedia, construção da realidade

As mediações nos processos comunicacionais da experiência de hetero-auto-experimentação no cenário das migrações contemporâneas do Mercosul – imigrantes uruguaios no sul do Brasil
Pedro David Russi Duarte (UNISINOS)
Neste trabalho (tese doutorado) permite-me descobrir como os uruguaios “chegam” ao Brasil, mas também como o Brasil “chega” a eles, adequando-se a eles via as mediações dos processos comunicacionais. Migrantes uruguaios – contexto do Mercosul – estabelecidos e/ou em circulação no sul do Brasil (Estado de RS). Pensar e tecer as tramas de uma tecelagem de constante dialética, dinâmicas de (in)satisfação que o próprio cenário, indeterminado e incerto. O método: a história oral; as técnicas: entrevistas orais e interpretação das falas. Compreender, na interação comunicativa, as inter-relações que (re)constituem a(s) matriz(es) diaspórica(s) dos uruguaios, (re)configurando as experiências identitárias. A migração é uma forma (são formas) de ser e vir a ser Uruguai/uruguaios. Há um valor no decurso dos que migram, sustentando, mitos fundadores de nação/uruguaio (i.e. educação, alfabetização, cultura, moral), a partir dos quais o indivíduo vai-se relacionar e estabelecer os laços e inter-relações.
Palavras-Chaves: processos comunicacionais, mediações, migração, Mercosul

Boletim A Família da Pompéia: na busca da construção de uma cidadania imigrante
Michelli Machado (UFRGS), Karla M. Müller (UFRGS)
Partindo das definições de cultura e identidade de Martín-Barbero e Garcia Canclini, o texto se propõe a entender como uma mídia comunitária se constrói e se solidifica ao longo de quatro décadas. O artigo pretende refletir sobre a importância de um veículo de comunicação dirigida para os imigrantes, sob o ponto de vista dos próprios receptores. As histórias de vida dos imigrantes são o pano de fundo para entender a recepção dessa publicação na construção da cidadania por parte desses atores sociais.
Palavras-Chaves: imigrações, comunicação dirigida, identidades culturais, recpção

Comunicação e sociabilidade: os piratas da cultura
João Luis de Araujo Maia (Uerj)
A sociabilidade urbana adquire uma dinâmica original devido à interferência de novos atores sociais na constituição de sua trama cotidiana. São os “piratas da cultura” que negociam seus produtos de divulgação cultural no Mercado Popular Uruguaiana, no centro da cidade do Rio de Janeiro, gerando efeitos socioculturais inéditos e oferecendo uma perspectiva nova para se pensar as formas de cidadania na contemporaneidade. Sem permissão e sem documentação, os “piratas” colocam nas ruas uma forma de resistência à industrialização da cultura, desestabilizando noções que estavam seguras até há pouco tempo no campo da Comunicação Social.
Palavras-Chaves: comunicação, sociabilidade, cidadania, cultura

Comunicação, comunidades e os desafios da mobilização social
Márcio Simeone Henriques (UFMG)
A extraordinária mudança nas formas de vida coletiva corresponde ao intenso desenvolvimento contemporâneo dos meios de comunicação, de tal forma que o conceito de “comunidade” como local de referência é progressivamente desafiado. O formato emergente das comunidades gera dificuldades e constrangimentos à dinâmica dos movimentos sociais e dos processos de mobilização na atualidade, exigindo especial atenção para as estratégias comunicativas que possam não apenas dar visibilidade às suas causas, mas alcançar um ambiente de cooperação que transcenda o âmbito local. Relações Públicas, Mestre em Educação, Doutorando em Comunicação Social, professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (simeone@ufmg.br).
Palavras-Chaves: mobilização Social, comunicação comunitária, Movimentos sociais

Comunicação, mídia e cidadania: um percurso pelas interfaces de um Núcleo de Pesquisa da Intercom
Denise Maria Cogo (UNISINOS)
Resumo: Esse trabalho propõe uma retomada do percurso de construção das interfaces entre comunicação, mídia e cidadania que concorrem para a definição de uma identidade para o Núcleo de Pesquisa Comunicação para a Cidadania (NP12) da Intercom em seus quatro anos de existência. Com base no resgate de trabalhos de pesquisa apresentados nos quatro últimos congressos, busco analisar como vão sendo apropriadas e entendidas a emergência e (re) configuração de cenários e dinâmicas comunicacionais e midiáticos contemporâneos assim como sua repercussão para a construção e combinação, nessas pesquisas, de três noções de cidadania que denomino sociopolítica, cultural e mundial. Minicurrículo: Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos,, em São Leopoldo (RS). Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Comunicação para a Cidadania da Intercom. Co-coordenadora do projeto de cooperação internacional Brasil-Espanha sobre Mídia, migrações e interculturalidade desenvolvido em parceria com o Observatorio y Grupo de Investigación en Comunicación y Migración (MIGRACOM) da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB). E-mail: denisecogo@uol.com.br.
Palavras-Chaves: comunicação, mídia, cidadania, Intercom

Construção de identidade e de redefinição do cotidiano cultural do jovem: uma proposta da Revista MTV
Nayara Carla Teixeira (UMESP)
O meio comunicacional Revista MTV, através dos conteúdos publicados, trabalha no sentido de incentivar seus leitores à reflexão e ao engajamento a questões relativas à cidadania, o que reflete uma proposta de intervenção crítica na sociedade em que se insere. Este artigo questiona a contribuição do veículo para a configuração de novas formas de identidade e sociabilidade no cotidiano dos que a lêem. Nayara Carla Teixeira - Publicitária formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Unidade Arcos) e mestranda pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). E-mail: nayarateixeira@yahoo.com.br .
Palavras-Chaves: Juventude, Cidadania, Identidade Cultural, Comunidade

Movimentos sociais, mídia e construção de um novo senso comum: as prisões de Diolinda
Débora Franco Lerrer (CPDA/UFRRJ)
Este trabalho tem por objetivo interpretar questões que envolvem os movimentos sociais contemporâneos, tomando como viés o fato de que a visibilidade de suas lutas depende profundamente da mediação dos meios de comunicação de massa, já que em sociedades complexas, definidas também como “sociedade da informação”, a própria experiência da realidade social assenta-se nas informações oriundas de escalas locais, nacionais e planetária, recebidas de fontes e aparatos tecnológicos diversos, observando-se, porém, que estas mensagens são reforçadas por redes de relações interpessoais, como vizinhança, parentesco, ambiente de trabalho, estudo e/ou lazer. Este raciocínio teórico será desenvolvido a partir do caso da prisão de líderes do MST do Pontal do Paranapanema, especialmente a mulher do mais conhecido deles, José Rainha, Diolinda Alves de Souza. Débora Lerrer é jornalista e docente, mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP e Doutoranda no CPDA/ UFRRJ. Autora do livro “Reforma Agrária: os Caminhos do Impasse”, Editora Garçoni, São Paulo, 2003 e editora da site brasileiro do Le monde diplomatique, www.diplo.com.br
Palavras-Chaves: questão agrária, mídia, senso comum, movimentos sociais

Os manuais da mídia no ativismo político contemporâneo
Érico Gonçalves de Assis (UNISINOS)
RESUMO: O artigo analisa os documentos chamados “manuais da mídia”, produzidos por grupos contemporâneos engajados em ações de ativismo político. São pequenos guias onde grupos como estes podem encontrar um caminho para que, no planejamento de suas manifestações, levem em conta a necessidade de reverberação de sua mensagem pelas mídias. Levanta-se, a partir destes documentos, categorias estruturais/operacionais, formais e ideológicas, que auxiliam a configurar a visão que o ativismo atual tem da mídia. A partir daí, são traçadas algumas considerações sobre esta relação entre mídia e ativismo, centradas em especial no paralelo entre os manuais e o estudo científico das mídias e na hipótese de que o impulso por trás desta relação está no princípio do prazer lúdico. MINICURRÍCULO: Jornalista e publicitário, graduado pela Universidade Católica de Pelotas (RS); mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (São Leopoldo-RS), orientando do Professor Doutor Fabrício Lopes da Silveira; bolsista do CNPq.
Palavras-Chaves: ativismo, manipulação da mídia, manifestações políticas, protesto lúdico

NP-13. Comunicação e Cultura das Minorias


A Comunicação Intercultural contra o Fechamento Comunitário
MOHAMMED ELHAJJI (UFRJ)
Resumo: O presente trabalho se propõe de examinar a dupla natureza socio-científica da Comunicação Intercultural. Enquanto interface social, vetor dialógico entre os diversos segmentos identitários, culturais, étnicos, nacionais e confessionais componentes da paisagem social e política da contemporaneidade. E como superfície discursiva, horizonte de análise e estudo para a compreensão dos mecanismos de luta e de negociação da cidadania e do espaço político por esses mesmos segmentos.
Palavras-Chaves: Comunicação Intercultural, Comunicação Comunitária, Identidade Cultural, Pluri-Pertencimento

A identidade cultural como fator de integração. Comunicação, história, cultura e memória na hibridação da comunidade itálica no Brasil
Barbara Bechelloni (USP)
Os italianos no Brasil. A questão do outro no encontro com o estrangeiro, como o diverso de nós. Quais as carateristicas da diáspora itálica e quais as contribuções à identidade brasileira? Uma primeira hipotese de analise da presença italiana através dos diferentes níveis de integração que produziram a hibridação da cultura italiana com as muitas culturas presentes no Brasil e que contribuíram à formação do brasileiro, do Brasil e dos Brasis. Um país e um povo rico de diversidades, de misturas e de convivências de sucesso. Italianos portanto, também, brasileiros. Almejando trazer elementos de reflexão para o campo do conhecimento relativo à identidade, ao diálogo entre culturas, às hibridações culturais, à alteridade como abertura ao outro para desenvolver relações mais comunicativas, a uma possível interculturalidade ou mais.
Palavras-Chaves: Comunicação, identidade, culrura, hibridação

As Rosas Falam
REGINA GLORIA NUNES ANDRADE (UERJ), ANA BEATRIZ PEREIRA DE ANDRADE (UERJ)
RESUMO Parte-se do exemplo de um grupo de mulheres que promovem intervenções gráficas e artísticas no espaço urbano, cujo objetivo é o de denunciar a participação feminina em museus e galerias, não somente como tema de obras de arte, mas como artistas. Alguns exemplos de obras de arte clássicas ilustram formas de representação da mulher/feminino, com o respaldo de teorias relacionadas à psicanálise. MINICURRÍCULO Regina Glória Nunes Andrade é professora Titular do Programa de Pós Graduação de Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Doutora em Comunicação e Cultura, autora do livro Personalidade e Cultura. Rio de Janeiro: REVAN, 2003. Participante das Reuniões da FOLKCOM. reginagna@terra.com.br Ana Beatriz Pereira de Andrade, Bacharel em Comunicação Visual – PUC-Rio, onde foi docente entre 1997 e 2004, projetou e coordena o Curso de Graduação Tecnológica em Design Gráfico e a Pós Graduação em Artes Visuais na Universidade Estácio de Sá. Orientanda de Regina Glória Nunes Andrade no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social (Doutorado) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. anabiaandrade@openlink.com.br
Palavras-Chaves: Gêneros e Comunicação, Psicologia Social, Arte e Design

Cinco anos de pesquisa do NP Comunicação e Cultura de Minoria
Raquel Paiva (UFRJ)
A proposta do trabalho é realizar um registro das pesquisas em torno da temática da comunicação e cultura de minorias nos últimos cinco anos, tomando como ponto de referência os trabalhos enviados e aceitos no Núcleo de Pesquisa da Intercom. O trabalho propõe-se ainda a resgatar a conceituação basilar em torno do tema central, reinterpretando o conceito de minorias, e avaliar sua aplicação na atualidade a partir do que nomeamos por ``minorias flutuantes``. O resgate geral da temática por meio dos trabalhos propostos pretende dar margem a uma reflexão sobre a pesquisa propiciada pelo Núcleo com enfoque nos Encontros Intercom de 2001,2002,2003,2004 e 2005.
Palavras-Chaves: COMUNICAÇÃO, MINORIAS, CONTRA HEGEMONIA

Especulações a respeito da noção de minoria
Marcio Acselrad (Unifor)
O objetivo do presente trabalho é discutir o conceito de minoria a partir de uma perspectiva iluminista, portanto universal. Pretendemos demonstrar de que maneira a idéia de minoria se vê atravessada por uma visão identitária dicotômica e reducionista que contribui mais para a separação particular do que para a união universal a partir da oposição a uma suposta maioria, inexistente mas sempre imaginada e presente. Marcio Acselrad, Doutor em Comunicação pela UFRJ, Professor Adjunto do curso de Comunicação da Unifor e da FIC, Coordenador da pesquisa "Humor e Comunicação" e do Cineclube Unifor.
Palavras-Chaves: minoria, iluminismo, universalidade, razão

Força de Expressão: Construção, Consumo e Contestação das Representações Midiáticas das Minorias.
JOÃO BATISTA DE MACEDO FREIRE FILHO (UFRJ)
Resumo: As implicações políticas das formas de representação cultural têm mobilizado a atenção de pesquisadores de várias disciplinas e de militantes de diversos movimentos e organizações sociais. Na área específica dos estudos midiáticos, testemunhamos um crescente interesse pelo processo através do qual imagens das minorias são concebidas, estruturadas e apresentadas ao público pelos meios de comunicação de massa. Após fornecer um panorama histórico da pesquisa neste campo, examino, em meu artigo, os problemas teóricos e metodológicos que envolvem a análise crítica de estereótipos e distorções nas representações midiáticas de grupos marginalizados ou oprimidos. Sobre o Autor: Jornalista, Doutor em Literatura Brasileira pela PUC-RJ, professor-adjunto da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), onde é vice-coordenador do Núcleo de Estudos e Projetos em Comunicação (Nepcom) e editor-executivo da revista ECO-PÓS.E-mail: jofreirefilho@hotmail.com.
Palavras-Chaves: Minorias, Representação Midiática, Estereótipo, Estudos Culturais

Minorias Transformadoras
Elisangela Carlosso Machado Mortari (UNIFRA)
Parte-se do conceito de minoria como articulador entre o processo de colonização italiana no Rio Grande do Sul e a construção de uma nação brasileira. O enquadramento dos colonos como minorias culturais mobiliza uma ação transformadora através da memória narrada que anula o espaço e o tempo da experiência migratória. O lugar construído é legitimado pela presença interventora da mídia, que legitima o potencial transformador das minorias culturais.
Palavras-Chaves: colonos e colonização italiana, minorias culturais, memória

NO AR DA DIFERENÇA. Mídia e cultura nas mãos da juventude
Alexandre Almeida Barbalho (UECE)
Este artigo discute a relação entre juventude, entendida como minoria, e mídia. O estudo se dá a partir do caso da ONG Alpendre que atua no setor de comunicação e cultura. O que se pretende no trabalho é, principlmente,apontar um caminho teórico para se pensar esta comunidade de jovens comunicadores - tal caminho teórico aponta para a discussão acerca das políticas culturais da diferença e das políticas de amizade.
Palavras-Chaves: Minoria, Juventude, Mídia, Comunidade

O Brasileiro Imaginário: Reflexões Teóricas Sobre Literatura, Mídia e Mestiçagem
José Guimarães Caminha Neto (CESBAM)
Esse é um estudo sobre preconceito, como “O Direito de Nascer”, já que a telenovela é vista como filha ilegítima da Literatura; de um casamento de interesses entre os meios de comunicação e o mercado consumidor, como o de Jasão com a filha de Creonte; de fugas espetaculares em busca da liberdade folhetinesca e da crise de identidade de um povo que tenta transformar em cinzas o seu passado negro. Esta última abordagem encontra-se na protagonista de A Escrava Isaura, personagem recorrente no nosso imaginário e presente em Impressos, Cinema e Televisão desde 1875. José Guimarães Caminha Neto é Bacharel em Jornalismo pela UERJ e Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE; Professor de Telejornalismo e Cominicação Comparada; coordenador do Curso de Jornalismo do CESBAM e, junto a professora Mônica Fontana, integra o núcleo de pesquisa sobre Jornalismo Literário que tem como tema “Crimes Passionais e outras Declarações de Amor”
Palavras-Chaves: contra-hegemonia, comunicação, minorias, etnicidade

Reflexos do conceito de identidade cultural na imprensa imigrante
Camila Escudero (UMESP)
Entender como o conceito de identidade cultural (e seu envolvimento com a etnia e a comunidade) pode ser aplicado, verificado e debatido nos meios de comunicação — em especial o jornal impresso — produzidos por imigrantes, em suas línguas de origem, para veiculação em suas respectivas comunidades (colônia italiana, japonesa, alemã, portuguesa etc.) instaladas na capital paulista. Este é o principal objetivo desta breve reflexão teórica. O tema ganha ainda mais relevância se considerarmos como se dá a conciliação de uma identidade cultural definida e arraigada com o que é chamado de sociedade intercultural, de característica híbrida e marcada, por um lado, pelo etnocentrismo e, por outro, pela possibilidade de mestiçagem. O presente trabalho parte integrante do projeto de dissertação “A Imprensa Imigrante de São Paulo”, ainda em fase de produção na Universidade Metodista de São Paulo. Bacharel em Jornalismo pela UMESP e especialista em Jornalismo Internacional pela PUC-SP. Atualmente, aluna do programa de Mestrado da UMESP, em Comunicação Social, com interesse de pesquisa em mídia comunitária (especificamente a imprensa imigrante). Bolsista Capes e estagiária docente no curso de Jornalismo da UMESP.
Palavras-Chaves: identidade cultural, etnia, imprensa imigrante, comunidade

Reforma Agrária E Processos Nômades: Uma Discussão Sobre As Limitações Culturais De Fixação Do Homem No Campo
Valdemar Siqueira Filho (Unimep), Dennis de Oliveira (Unimep), Valéria Rueda Elias Spers (Unimep), Elisabete Stradiotto Siqueira (Unimep), Eduardo Eugênio Spers (Unimep)
Resumo O nomadismo é interpretado pelos meios de comunicação como elemento pertencente às culturas subdesenvolvidas; está associado aos termos atrasado e inculto. Com o advento da pós modernidade, alguns estudos procuraram abordar sua influência na cultura contemporânea. No Brasil, os índios, depois os portugueses e negros até os imigrantes que aqui chegaram, todos eram descritos sob esse olhar. Nosso estudo busca compreender as conseqüências da influência nômade na cultura brasileira. Estabelece uma crítica à fixação do homem na terra como bandeira de luta do MST. Afirma as dificuldades de levar a cabo essa proposta, utilizando como referência os elementos de linguagem observados no Assentamento de Sumaré - SP. Mostra que esse traz índices de que o nomadismo tem contribuido para o processo de ocupação de terras pelo país, mas também, dificulta a fixação da população em um único lugar.
Palavras-Chaves: Processo mediatico e cultural, semiótica, movimento social, Teoria da organizações

Sociedade do Espetáculo e Resistência Juvenil: Estratégias Midiáticas na Formulação de uma Contracultura
Ana Julia Cury de Brito Cabral (UFRJ)
RESUMO: Este artigo apresenta os passos iniciais de uma pesquisa em desenvolvimento que será concluída como dissertação de mestrado. Consiste em um estudo sobre movimentos juvenis que vêm construindo estratégias de contestação à sociedade do espetáculo. Esses grupos de jovens produzem um significativo arsenal midiático que serve para difundir as suas posições contrárias a diversos valores da sociedade contemporânea. Os movimentos contraculturais da década de 1960 são fonte de inspiração para a construção dos discursos e das práticas desses movimentos, que atuam de formas particulares tanto no Brasil quanto nos países centrais do sistema capitalista mundial. Este artigo investiga as origens desse panorama contracultural e apresenta uma breve amostra de alguns grupos atuantes no Brasil. MINICURRÌCULO: Ana Julia Cury de Brito Cabral graduou-se em Comunicação Social (Radialismo) pela Escola de Comunicação da UFRJ. Foi bolsista de iniciação científica e participou da XXIV Jornada de Iniciação Científica em 2002. É mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura – linha Mídia e Mediações Socioculturais – da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Palavras-Chaves: sociedade do espetáculo, resistência juvenil, mídia, cultura do consumo

NP-14. Ficção Seriada


A Telenovela como Paradigma Ficcional da América Latina
Mauro Alencar (USP)
A narrativa teledramatúrgica por capítulos interligados, mas interrompidos em sua ação com suspense ou gancho é até hoje a chave para a montagem das grades de programação de quase todas ou das principais emissoras latino-americanas. Pontos em comum, qualidades conceituais que, apesar das diferenças de cada povo, poderiam eleger a telenovela como paradigma ficcional da América Latina. Qualquer empresa de televisão que queira firmar-se no mercado audiovisual, necessita obrigatoriamente produzir uma ou mais novelas.
Palavras-Chaves: televisão, telenovela, folhetim, Globo

A Telenovela Discutida no Espaço Escolar
Cláudia de Almeida Mogadouro (ECA/USP)
O artigo relata a experiência de uma pesquisa de campo que serviu de base para a dissertação de mestrado da autora. Trata-se de um estudo de recepção, sob a perspectiva das mediações, da telenovela Mulheres Apaixonadas, entre jovens, numa escola pública da cidade de São Paulo. O descompasso entre a Escola e os meios de comunicação, a telenovela como parte integrante da cultura brasileira e o aproveitamento dessa experiência sócio-cultural de forma qualificada pelos educadores são algumas das reflexões que decorrem da experiência realizada e a partir das quais se espera contribuir para a discussão sobre a falta de diálogo no espaço escolar e para a formação de jovens críticos. Historiadora, Especialista em Gestão de Processos Comunicacionais e Mestranda qualificada em Ciências da Comunicação na Escola da Comunicações e Artes da USP, sob a orientação da Profª Drª Maria Immacolata Vassallo de Lopes. É pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Telenovela da ECA-USP (NPTN). Endereço eletrônico: cmoga@uol.com.br.
Palavras-Chaves: Telenovela, Escola, Juventude, Estudos de Recepção

Entre o dito e o proibido: a sexualidade e o adolescente na soap-opera brasileira
Roberta Manuela Barros de Andrade (Unifor)
No Brasil, as ficções seriadas televisivas são grandes fontes de sucesso junto ao público adolescente. Este é o caso de Malhação, soap-opera exibida pela Rede Globo de Televisão. A questão central que envolve Malhação é, creio, a inserção do adolescente no universo adulto. Tal inserção se dá pela aquisição de uma postura socialmente “adequada” no que se refere às relações sexuais entre os gêneros. Se a sexualidade depende da socialização de determinadas regras e do aprendizado de roteiros e cenários culturais, Malhação é uma fonte privilegiada de análise já que revela em sua estrutura múltiplos discursos sobre a sexualidade desse jovem. Esta pesquisa procura, pois, entender como os discursos sobre a sexualidade adolescente são elaborados por esta ficção televisiva seriada e sobre quais parâmetros e padrões de inferência se alocam.
Palavras-Chaves: ficção seriada, soap-opera, sexualidade, adolescente

Ficção e realidade ás margens do Rio Uruguai: um olhar fronteiriço sobre A Casa Das Sete Mulheres
Roberta Brandalise (USP)
Resumo: Investigamos o papel do consumo cultural nas tensões geradas pelas fronteiras simbólicas das identidades culturais que se articulam na fronteira política entre Brasil e Argentina (estudo de caso nas cidades de Uruguaiana –BR e Paso de Los Libres - AR). Destacou-se o consumo da minissérie A Casa Sete Mulheres e as representações construídas por gaúchos e gauchos ao verem a gauchidade representada na televisão brasileira. Minicurrículo: Mestranda da Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP) e jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). .E-mail: betalise@terra.com.br Telefone: 11 3263 0744
Palavras-Chaves: Identidade Regional, A Casa das Sete Mulheres, Fronteira Brasil-Argentina

Ficção Nacional: a emergência de um paradigma televisivo
Catarina do Amaral Dias Duff Burnay (UCP)
Perante a alteração do panorama audiovisual português ocorrido no ano televisivo 2000/2001, fruto da estratégia implementada pelo canal privado TVI, a ficção nacional, nomeadamente a telenovela, passou a registar níveis de audiência superiores aos conteúdos brasileiros, desde 1995. Confrontados com a imagem negativa que envolve este tipo de produções, procurámos compreender em que medida os dados estatísticos se encontravam alinhadaos ou não (Hall, 1973 com as opiniões dos elementos do público e dos intervenientes directos no processo produtivo, sobre a premissa telenovela portuguesa/género telenovela. Assistente na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, das cadeiras técnicas Jornalísticas, Géneros Jornalísticos e Públicos e Audiências. Responsável pelo Gabinete de Informação e Acesso da FCH, da UCP. Coordenadora-adjunta do curso de Comunicação Social e Cultural. Mestre em Ciências da Comunicação sobre Indústrias Culturais, pela Universidade Católica Portuguesa. Licenciada em Comunicação Social e Cultural, pela Universidade Católica Portuguesa.
Palavras-Chaves: televisão, recepção, audiências, telenovela

Melodrama e telenovela: Um estatuto das emoções
Cristiane Valéria da Silva (UFSJ), Claudia Mariza Braga (UFSJ)
Parte do projeto de pesquisa Do Melodrama à Telenovela: um estudo da Dramaturgia Popular no Brasil, desenvolvido no GETEB – Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro, o artigo em questão busca discutir e analisar os mecanismos de identificação e as emoções suscitadas pelo melodrama e pela telenovela, tendo como base a relação sócio-histórica e a estruturação destes gêneros. Pretende-se, ainda, elucidar as estratégias narrativas utilizadas para a transmissão dos valores sociais vigentes e a maneira como o público se apropria destes preceitos. O melodrama incide no meio em que se manifesta como agente moralizante, tendo em vista que, através de sua estrutura formal, preconiza os valores sociais vigentes e dita modos de vida que serão incorporados à cultura. Assim, atua sobre seu público, articulando os valores presentes na sociedade e propondo outros, dentro do moralmente permitido. Cristiane Valéria da Silva é psicóloga formada pela Universidade Federal de São João del-Rei, pesquisadora do GETEB – Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro, desde 2001 – Bolsista CNPq IC (2004-2005). Claudia Mariza Braga é professora da UFSJ, coordenadora do GETEB, Doutora em Artes pela USP com pós-doutorado na Universidade de Sorbonne Nouvelle; autora de “Em busca da brasilidade: teatro brasileiro na Primeira República” (Perspectiva, 2003) e co-tradutora de “O Melodrama”, de Jean-Marie Thomasseau (Perspectiva, 2005).
Palavras-Chaves: melodrama, telenovela, recepção

Melodrama: a escola moral da dramaturgia popular
Juliana Assunção Fernandes (UP), Claudia Mariza Braga (UFSJ)
O trabalho ora apresentado é parte do projeto de pesquisa “Do melodrama à telenovela: dramaturgia popular no Brasil”, desenvolvido pelo GETEB. Nesse contexto, o trabalho aqui exposto é o desenvolvimento inicial de projeto de pesquisa em nível de mestrado no qual se pretende analisar a questão da religiosidade no melodrama. A partir do levantamento das obras portuguesas pertencentes a esse gênero, encenadas no Brasil nos séculos XIX e XX, e recortando neste universo as peças “A Virgem Mártir de Santarém” e “A Morgadinha de Val-Flor”, este trabalho tem o intuito de detectar nessas obras influências da ideologia cristã, freqüentemente disseminada através das manifestações culturais populares do período. A metodologia de trabalho vem sendo o embasamento teórico a partir de literatura especializada e a análise direta das peças, de forma a verificar de que forma esta ideologia era então difundida. Juliana Assunção Fernandes é licenciada em Letras pela UFSJ, pesquisadora do GETEB – Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro, desde 1999, Bolsista FAPEMIG IC (2000-2002); Mestranda em Lingüística da Universidade do Porto – Portugal Claudia Mariza Braga é professora da UFSJ, coordenadora do GETEB, Doutora em Artes pela USP com pós-doutorado na Universidade de Sorbonne Nouvelle; autora de “Em busca da brasilidade: teatro brasileiro na Primeira República” (Perspectiva, 2003) e co-tradutora de “O Melodrama”, de Jean-Marie Thomasseau (Perspectiva, 2005)
Palavras-Chaves: Melodrama, Telenovela, Moral Religiosa

Mídia: Instrumento Fundamental na Construção das Identidades – Um estudo empírico
Oriana Monarca White (IPAZ)
O presente trabalho é derivado da tese de doutorado “São Paulo: Território Intercultural de Um Só Coração” a qual teve por finalidade relacionar três conceitos amplos: mídia, interculturalidade e identidade. Concretizou este objetivo mediante a realização de seis pesquisas, nas quais estes temas foram investigados transversalmente: três delas foram relativas ao processo de produção e três foram realizadas junto à recepção. Utilizou, como instrumento midiático, a minissérie Um Só Coração, produzida pela Rede Globo de Televisão em 2004, cujo cenário primeiro é a cidade de São Paulo com sua formação multiétnica.
Palavras-Chaves: Ficção televisiva, transculturalidade, identidade, recepção

Pesquisa sobre recepção de telenovela na década de 90: um estado da arte
Nilda Aparecida Jacks (UFRGS), Daiane Boelhouwer Menezes (UFRGS)
O objetivo deste relato é apresentar o “estado da arte” das pesquisas de recepção de telenovela realizadas nos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, na década de 1990. Através da categorização das pesquisas que abordam o tema e da formação de uma base de dados, identificamos, entre outros aspectos, as principais referências teóricas e metodológicas, as filiações epistemológicas, e apontamos os avanços e as lacunas deste campo.
Palavras-Chaves: telenovela, recepção, pesquisa

Pode o Amor Suportar a Diferença? Narrativa e Personalismo em Senhora do Destino
Lília Maria Junqueira (UFPE)
Tendo em vista que a dimensão da criação artística da qual faz parte a produção da teledramaturgia (tomada a devida distância relativa ao suporte tecnológico, ao formato e às questões de adaptação) é um campo importante para a investigação do habitus da desigualdade social de renda no Brasil, propomos neste artigo, fazer uma análise da narrativa da novela Senhora do Destino com o objetivo de detectar a presença das relações de distinção social relativas a renda, usando a lógica do personalismo como referencial. Professora e pesquisadora dos Programas de Pós-graduação em Sociologia e em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco Doutora em Sociologia pela Université Paris VII - Jussieu-Denis Diderot - França, em 1995. Linha de pesquisa em que atua: Cultura Midiática
Palavras-Chaves: representações sociais, telenovelas, desigualdade social

Telenovela e realidade social: algumas possibilidades dialógicas
Maria Lourdes Motter (USP)
Profa. Dra. Maria Lourdes Motter Profa. Ms. Daniela Jakubaszko Universidade de São Paulo - USP Resumo Pensando no tema deste congresso, “Ensino e Pesquisa em Comunicação”, este artigo procura explicitar algumas categorias propostas para avaliar diferentes graus de enfrentamento e focalização de temas sociais nas telenovelas, que nos ajudam a verificar modos possíveis de interação entre a telenovela e a vida social brasileira no processo de incorporação, aceleração e transformação das práticas e experiências cotidianas. Maria Lourdes Motter é Livre-docente do Departamento de Comunicações e Artes da ECA-USP e Vice-Coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Telenovela da ECA-USP, atuando como orientadora de Pós-Graduação: Mestrado e Doutorado. Autora de diversos artigos e obras como: Ficção e Realidade: a construção do cotidiano na telenovela; Ficção e História: imprensa e construção da realidade. E-mail: lumotter@ig.com.br Daniela Jakubaszko é Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo com a dissertação “Telenovela e experiência cotidiana: interação social e mudança” (SP, 2004). E-mail: ocadani@yahoo.com
Palavras-Chaves: Telenovela brasileira;, temas sociais, focalização, tematização

Vestido de Noiva - dos arquivos dos nossos teleteatros
Maria Cristina Brandão de Faria (UFJF)
O espetáculo televisivo Vestido de Noiva,adaptado e dirigido por Antunes Filho e exibido no programa Teatro 2 da TV Cultura, em 1974, deu origem a um projeto de pesquisa sobre o tratamento do texto teatral em sua versão televisiva. Na complexidade e riqueza desse processo intersemiótico concluiu-se pela originalidade do diretor que, inspirando-se no cinema e no teatro impõe ao veículo eletrônico sua marca autoral. Uma experiência inédita que retiramos dos arquivos da teledramaturgia brasileira. Um espetáculo que retoma a antiga discussão sobre o que é ou não qualidade na TV. Palavras-chave:Teleteatro;Antunes Filho,TV Cultura. Cristina Brandão é Mestra e Doutora em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO- onde pesquisou o gênero teleteatro na televisão brasileira.Em Juiz de Fora, é professora da Faculdade de Comunicação da UFJF.
Palavras-Chaves: Teleteatro, Antunes Filho, TV Cultura

NP-15. Semiótica da Comunicação


A invenção do Brasil: Nossa história carnavalizada e a mistura de linguagens
Marcos Valdir de Medeiros (PUC)
O objetivo deste trabalho é analisar a semiose e a linguagem da minissérie A invenção do Brasil -lançada pela TV Globo em 2000, durante as comemorações dos 500 anos do Brasil-, tendo como referência os fundamentos teóricos de Mikhail Bakhtin. Essa minissérie rompeu com o paradigma, pois,o formato minissérie, considerado um produto nobre, tanto pelo horário, como pelo conteúdo, não se preocupou em seguir uma linha didática comum a esse tipo de produção para fins comemorativos. A hibridização de linguagens é uma das maiores marcas com mistura de documentário, comédia e história romântica. Essa produção também não se preocupou em mostrar verdades absolutas, mas coloca constantemente em dúvida o que está sendo mostrado, carnavaliza e inverte papéis, possibilitando uma visão mais crítica da história e suas representações. Marcos Valdir de Medeiros é jornalista, mestre e doutorando pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco – FAC/Fito E-mail: mdemedeiros@uol.com.br
Palavras-Chaves: Semiose, linguagens, semiótica das mídias, paródia

A mensagem de deus na tv
Leandro Eduardo Wick Gomes (UNESP)
Os programas religiosos tornaram-se comum na grade de programação da maioria das emissoras de TV do Brasil. Este trabalho visa evidenciar, através de análise semiótica, características de como se propõe estabelecer um contrato fiduciário por parte da Igreja Universal do Reino de Deus para com os telespectadores assim como o processo de veridicção da mensagem religiosa para poder ser considerada uma voz de deus na mídia.
Palavras-Chaves: televisão, semiótica, discurso religioso, manipulação

A televisão e o formato: uma análise da microssérie “Hoje é dia de Maria”.
FÁBIO SADAO NAKAGAWA (PUC/SP)
Esta comunicação tem como objeto de análise a microssérie “Hoje é dia de Maria”, que foi exibida pela Rede Globo de televisão, de terça à sexta, no horário nobre das 22:30h, entre os dias 11 e 21 de janeiro de 2005. A partir desse objeto de investigação, esta pesquisa buscar responder em que medida é possível identificar alguns mecanismos semióticos que qualificam o funcionamento de uma narrativa seriada como um formato televisual. Trata-se de uma abordagem sistêmica da cultura, na qual a televisão é percebida como um sistema modelizante, que ao se relacionar com outros sistemas, permite a existência de uma fronteira de experimentações, responsável pela desprogramação da linguagem audiovisual.
Palavras-Chaves: Formato televisual, Microssérie, narrativa televisual, estruturalidade midiática

Caminhos discursivos de Edir Macedo
Claudia Wolff Swatowiski (UERJ)
Resumo A partir do livro “Os mistérios da fé”, de autoria da principal liderança da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo Bezerra, procuro refletir sobre os caminhos discursivos trilhados pelo autor para, numa tarefa proselitista e persuasiva, apresentar a sua noção de fé. Se, por um lado, a partir do livro de Macedo, é possível falar do perfil do seu público-alvo, assim como das características do próprio autor; por outro, procuro chamar atenção para o fato de que aquele se propõe a realizar uma investigação deste tipo assume uma posição ambígua: a de pesquisador e a de receptor. Minicurrículo Graduada em Comunicação Social pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), Claudia Wolff Swatowiski atualmente, é mestranda do Programa de Pós-Gradução em Ciências Sociais, oferecido pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (PPCIS/UERJ). Realiza pesquisas em torno do tema “Religião e mídia”, tendo a recepção dos meios de comunicação da Igreja Universal do Reino de Deus como seu principal foco de estudo.
Palavras-Chaves: análise do discurso, religião, meio e mensagem, recepção

Corpos televisivos: artifício e naturalidade na compensação dos sentidos entre o masculino e o feminino
Nísia Martins do Rosário (UNISINOS), Lisiane Machado Aguiar (UNISINOS)
RESUMO:O artigo visa discutir a construção dos sentidos nos textos audiovisuais televisivos a partir do fascínio que eles criam sobre os corpos humanos. O foco do estudo centra-se, sobretudo, nos processos de significação legitimados pela tevê para os gêneros - do feminino ao masculino -, entendendo-se que esses processos se constituem principalmente sobre signos padronizados da aparência e da simulação. A linguagem televisual, aliás, parece se organizar de tal forma que aquele que domina um conjunto de recursos expressivos dessa mídia acaba construindo a naturalidade sobre o artifício: é o caso dos apresentadores. Nessa via, da padronização e da impossibilidade de alcançar a perfeição que o discurso televisivo impõe, que transparece o fator compensatório. MINICURRICULUM - Nísia Martins do Rosário: doutora em Comunicação, cultura e tecnologia pela PUC/RS; Professora e pesquisadora do curso de Comunicação Social e do curso de Especialização em Desing Gráfico da Unisinos. Participa do diretóro de pesquisa (CNPq) Processos de Significação Televisivos e do Grupo de Pesquisa em Audiovisualidades (GPAv), da Unisinos. - Lisiane Machado Aguiar graduanda do curso de Comunicação Social, habilitação Publicidade e Propaganda pela Unisinos. Bolsista de iniciação científica (Unibic)
Palavras-Chaves: semiose, televisão, corpo

Discurso e Imagem: Possibilidades Metodológicas para uma Análise Discursiva do Fotojornalismo Contemporâneo
Nelson Soares Pereira Junior (UFBA)
Sabe-se que as diferentes abordagens desenvolvidas no interior da Análise do Discurso ocuparam-se principalmente com práticas discursivas elaboradas a partir de materiais lingüísticos, o que tornam bastante consistentes as possibilidades metodológicas voltadas para o estudo de textos verbais, como ocorre com a literatura, o jornalismo impresso ou publicidade, por exemplo. Desta forma, este trabalho busca discutir os limites e as possibilidades de uma metodologia de análise da imagem fotojornalística — fundamentada em uma visão discursiva da linguagem —, e as possíveis contribuições da psicologia da percepção, desenvolvidas por E. Gombrich.
Graduado em Comunicação Social, habilitação Publicidade e Propaganda, pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestre e doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas/Universidade Federal da Bahia

Palavras-Chaves: Semiótica das mídias, Semiose, Análise do discurso, Fotojornalismo

Foto gastronômica: a mediação visual provocando outros sentidos
Antonio Roberto Chiachiri Filho (FCL)
Resumo Nossa proposta neste artigo é evidenciar alguns recursos utilizados pelos fotógrafos gastronômicos no processo de criação desses signos, as fotos gastronômicas, à luz de dois profissionais deste campo, Roger Hicks e Frances Schultz e por meio do livro destes autores intitulado Photo Culinaire. Iremos fazer um breve percurso nas técnicas por eles descritas e, por fim, partiremos para uma análise de três fotos que ilustram nosso tema. Tentaremos ver como são construídas as artimanhas para o despertar de prazeres gustativos por meio da foto gastronômica, melhor explicando, como uma mediação visual pode despertar e mesmo aguçar outros sentidos como o gustativo. Minicurrículo Mestre e Doutorando em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP Bacharel em Comunicação Social pela PUC-SP Docente da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero Semioticista Coordenador do Grupo de Estudos Peirceanos – Iniciação às leituras de Peirce - do programa de pós-graduação PUC-SP Secretário do CENEP – Centro de Estudos Peirceanos – COS-PUC-SP
Palavras-Chaves: foto gastronômica, mediação visual, prazeres gustativos, sinestesia

Fuga da Invisibilidade: mutações semióticas na imagem publicitária
Alberto Carlos Augusto Klein (UTP)
Sem dúvida, o valor alcançado pela imagem nos seus diversos suportes midiáticos instituiu a visibilidade como um bem social e cultural. No caso da publicidade externa, a compulsão pela visibilidade transformou as cidades em entulhos de imagens fragmentadas e repetitivas. Instaurou-se, com isso, a repulsa e anestesia do olhar, gerando paradoxalmente a invisibilidade pelo excesso. O que pretendemos, nesta comunicação, é, primeiramente, discutir os problemas acerca da invisibilidade da imagem no espaço urbano e, em seguida, analisar mutações semióticas que buscam a saída da invisibilidade. Para tanto, nos servimos do estudo de duas peças de outdoor que deslocam e rearticulam elementos ligados a textos mágicos e religiosos e trazem novas implicações semióticas para o olhar na publicidade.
Palavras-Chaves: Publicidade, Outdoor, Semiótica, Invisibilidade

Homem Anúncio: o corpo como manifestação midiática
Marcos Vasconcelos Costa (FMF), Marco David Castro da Silva (UFC)
Não é possível pensar o processo comunicacional sem o corpo. A partir desta premissa o presente artigo discute o corpo como manifestação midiática, sob as perspectivas teóricas dos autores Harry Pross e Norval Baitello.Os novos tempos trazem também uma nova fase na evolução do homem. Será o próximo passo para o corpo perder a identidade de corpo? Talvez, se deixarmos de pensar o corpo em questão como mídia primária de uma consciência interior, e tornarmos a observá-lo como suporte de uma mídia secundária, neste caso, suporte de propaganda, voltamos a ter uma definição: o homem se tornou um outdoor móvel. Mestrando em Administração, Faculdade Marista Fortaleza. E-mail: holandacosta@terra.com.br Aluno do Curso de Comunicação Social, Universidade Federal do Ceará
Palavras-Chaves: Corpo, semiótica da cultura, identidade

Lugares De Fruição Da Memória: A Reconstrução Do Cenário Da Guerra Pelas Lembranças Dos Habitantes De Canudos
Ana Paula Silva Oliveira (PUCCamp)
A proposta deste artigo é mostrar como os filhos, sobrinhos e netos de participantes da Guerra de Canudos reconstroem o cenário do conflito ocorrido há mais de cem anos. Diante destas vozes, nota-se em cada palavra e em cada gesto, a reconstrução de um passado vivido. Assim, evidencia-se a recriação realizada pela memória, entendida como um processo semiótico em que informações são produzidas, selecionadas, conservadas e transmitidas. Uma descrição da cidade como é atualmente deveria remeter a todo o seu passado, mas o lugar não somente conta o seu passado, por meio dos depoentes, como também o contém na terra rachada pela seca, no açude que submerge a cidade destruída, nos escombros de cemitérios e templos. Existiram duas cidades diferentes antes da atual, mas elas parecem se justapor, tornando-se inseparáveis. Minicurrículo:Doutoranda e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, jornalista, professora da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, graduanda em Ciências Sociais pela PUC-Campinas., membro do grupo de pesquisa Comunicação e Política. E-mail: anaoliveira@puc-campinas.edu.br
Palavras-Chaves: Memória, Oralidade, Canudos

Mediações sociais na construção dos valores estéticos corporais femininos
Madeleine Piana de Miranda Queiroz (UFMG/UNILAVRAS), Isabel Cristina Frade (UFMG)
Resumo Este artigo tem o objetivo de expor e submeter ao diálogo acadêmico, os resultados da pesquisa sobre as reverberações das mediações sociais, na formação dos valores estéticos corporais femininos. Os sujeitos, são adolescentes, e o contexto histórico, a contemporaneidade. Investigou-se, sobre o prisma comunicacional da recepção. Com o intuito de ampliar a análise dos dados, utilizou-se da combinação metodológica qualitativa e quantitativa. Ao enfocar a recepção, se tem como pressuposto que, há um processo de co-responsabilidade dos sujeitos, como construtores, significadores e re-significadores da cultura corporal.
Palavras-Chaves: Mediações sociais, estética, corpo, recepção

O discurso jornalístico sobre a campanha presidencial de 2002: a cobertura da Folha e do Estado de S. Paulo
Katia Saisi (UAM)
O objetivo deste trabalho foi identificar o movimento dos sentidos produzido pelo discurso jornalístico sobre a campanha eleitoral à Presidência da República do Brasil em 2002. Foram acompanhadas as edições diárias dos dois maiores jornais do país em termos de tiragem - Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, durante o período oficial da propaganda eleitoral. A metodologia empregada abrange tanto o aspecto quantitativo como o qualitativo, ou seja, os efeitos de sentidos provocados pelas matérias, tomando-se a sociossemiótica como referencial. A análise revelou que as pesquisas de opinião e os temas relacionados à “imagem” dos candidatos ocuparam maior espaço que seus programas de governo. Mais que isso: a pauta esteve profundamente relacionada às movimentações do mercado financeiro, referendando, assim, o papel do jornalismo como instrumento de propagação da ideologia neoliberal. Jornalista formada pela PUC/SP, pós-graduada em Comunicação e Marketing e mestre em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero. Docente no curso de graduação em Publicidade e Propaganda da Universidade Anhembi Morumbi e no curso de especialização em Marketing Político e Propaganda Eleitoral da ECA/USP. Pesquisadora do NIELP (Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Linguagem Publicitária) na ECA/USP e do Grupo de Estudos da Comunicação na Sociedade do Espetáculo (Cásper Líbero). Diretora da Pluricom Comunicação Integrada. katiasaisi@anhembi.br
Palavras-Chaves: Discurso jornalístico, Meios e mensagens, Semiótica das mídias

O redesenho da mídia revista pela publicidade impressa.
REGIANE MIRANDA DE OLIVEIRA NAKAGAWA (PUC/SP)
Este trabalho visa pontuar a correlação sígnica existente entre o meio e a mídia revista, a partir da análise de anúncios publicitários impressos. Por meio das fronteiras instauradas entre o impresso e outros sistemas sígnicos, os anúncios adquirem as configurações mais variadas, dependendo da modelização inscrita no arranjo sígnico. A totalidade destas peças aponta para o redesenho da mídia revista e a conseqüente emersão de uma nova espacialidade e uma nova visualidade, pautadas pela transformação do suporte em texto. Doutoranda no PEPG em Comunicação e Semiótica na PUC/SP,professora de Redação Publicitária no curso de Publicidade e Propaganda na PUC/SP, membro do OKTIABR, Grupo de pesquisa para o estudo da Semiosfera, vinculado ao PEPG em Comunicação e Semiótica na PUC/SP.
Palavras-Chaves: publicidade impressa, modelização, redesenho

Papa João Paulo II Clama por Socorro: A Semiótica Plástica em Capas da Veja
Marielle Sandalovski Santos (UTP)
Resumo: Este artigo analisa o ambiente gráfico apresentado pela revista Veja, na edição de 06 de abril de 2005, quando esta expôs a “agonia” final do papa João Paulo II. O debate público provocado pelo material suscitou o interesse do mesmo ser pesquisado. A Semiótica Plástica de Jean-Marie Floch é utilizada como base teórica. Para auxiliar na contextualização da discussão, são apresentadas outras capas já publicadas por Veja com a temática de João Paulo II, de 1968 a 2005. Percebe-se a tendência negativa das abordagens sobre o pontífice, fato que pode ser observado do texto, ao emprego de cores e imagens. Marielle Sandalovski Santos (mariellejornalista@yahoo.com.br), mestranda do Programa em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná, é professora do curso de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade de Pato Branco. O presente trabalho foi realizado para a disciplina optativa Linguagens Sincréticas em Textos Jornalísticos, ministrada pelo professor Dr. Geraldo Carlos do Nascimento.
Palavras-Chaves: Ambientes Midiáticos, Semiótica Plástica, Design da Comunicação

Proposição de análise semiótica da relação estabelecida entre o texto publicitário e o público por ele buscado, com base em Greimas e Barthes
Caroline Casali (UNISINOS)
O presente artigo traz a proposição de uma análise semiótica da relação estabelecida discursivamente entre o texto publicitário e o consumidor por ele buscado. Para tanto, apresentam-se as bases teóricas que servirão de guia à investigação, com ênfase na semiótica narrativa greimasiana e na concepção barthesiana de mito midiático e, a partir dos conceitos operatórios dessas teorias, realiza-se um exercício de análise da relação que um anúncio veiculado em revista impressa masculina estabelece com o público, no duplo movimento de busca e constituição do seu consumidor.
Palavras-Chaves: semiótica das mídias, texto publicitário, manipulação, mito midiático

Televisão: diferentes modalidades de embaralhamento de realidades discursivas
Elizabeth Bastos Duarte (Unisinos)
O trabalho propõe-se a refletir sobre as formas de manifestação de uma estratégia discursiva cada vez mais empregada pela televisão brasileira, o embaralhamento entre diferentes reais – o mundo exterior e natural e o mundo interior artificialmente construído nas entranhas do próprio meio – e planos de realidade discursiva (meta-realidade, supra-realidade e para-realidade), que vem assumindo configurações cada vez mais sutis e sofisticadas. A reflexão ancora-se mais especificamente na análise de duas comédias televisuais exibidas pela Rede Globo de Televisão (RGT) em dezembro/2004, com vistas a verificar as especificidades dessas configurações e refletir sobre as conseqüências da manipulação dessa estratégia.
Palavras-Chaves: planos de realidades, estratégias de embaralhamento, configurações discursivas

Textos Publicitários Multimodais: Revisando a gramática do design visual
Juliana Petermann (UFSM)
Este trabalho tem como objetivo verificar como as representações de mundo estão estruturadas em anúncios publicitários impressos, que se organizam como textos multimodais – constituídos por diferentes códigos semióticos, neste caso, o verbal e o visual (Kress e van Leeuwen, 1996). A gramática do design visual, proposta por Kress e van Leeuwen (1996), descreve duas estruturas de representações básicas, que se subdividem e relacionam seus elementos diferentemente uma da outra: uma representação narrativa (descreve os participantes em uma ação) e outra conceitual (estática e que descreve os participantes como eles são em termos de classe, estrutura ou significado). Para cada tipo de representação e suas subdivisões, foi selecionado um anúncio, que exemplifica o modo de organização dessa estrutura, que faz circular estratégias persuasivas.
Palavras-Chaves: Textos multimodais, Publicidade, Semiótica, Gramática do design visual

Um lifting comunicacional; a semiologia do luxo
Nízia Maria Souza Villaça (UFRJ)
Nos jornais, revistas e sites de moda, a palavra luxo e seus derivados atravessam os mais diversos campos do saber, comportamentos, modas e produtos. Para abrir o leque destes sentidos, escolhemos uma abordagem sócio-histórica associada a um olhar semiológico/marketing. Por meio de uma seqüência de modelos, recortados no eixo temporal, propomos refletir sobre as peculiaridades da produção do “novo luxo” ou “luxo marketing” próprio da era da comunicação publicitária, quando Deus reina no céu e o mercado na terra.
Palavras-Chaves: Imagem, Publicidade, Luxo, Consumo

NP-16. Histórias em Quadrinhos


As diversas expressões do vazio no traço de Crumb, Henfil e Angeli
Luis Fernando Rabello Borges (UNOCHAPECÓ)
O presente trabalho se propõe à realização de uma breve análise a respeito de como o vazio pode ser representado através da linguagem dos quadrinhos. Tomando por base três quadrinhistas vinculados à vertente dos ditos “HQs alternativos” ou “não-enlatados” – o norte-americano Robert Crumb e os brasileiros Henfil e Angeli, representantes respectivamente as décadas de 60, 70 e 80 – e os estudos semióticos de análise de imagem, o vazio nesse caso diz respeito a questões tanto propriamente de ordem gráfica – quadros preenchidos ou não – quanto em termos de expressão de uma espécie de 'vazio da existência'.
Palavras-Chaves: vazio, contexto histórico, contracultura, semiótica da imagem

Histórias em Quadrinhos, consumo e mitologias: do romanesco ao camp
Daiany Ferreira Dantas (UFPE)
O artigo analisa a situação das Histórias em Quadrinhos no campo da cultura de massas. Atentando para suas origens folhetinescas e vocação multimidiática, tenta mapear historicamente a relação personagem-público-consumo, evocando desde a constituição mitológica de seus estereótipos até a relação de proximidade e afetividade que eles são capazes de suscitar. O objetivo é tentar aplicar uma leitura Camp ao objeto midiático das HQs, na tentativa de expandir o debate sobre a sua função como produto cultural.
Palavras-Chaves: Histórias em Quadrinhos, estereótipos, consumo, kitsch

Infância de papel: o discurso sobre a infância nos quadrinhos de Mauricio de Sousa.
Marcília Luzia Gomes da C. Mendes (UERN)
Análise do discurso sobre a infância nos quadrinhos de Maurico de Sousa, a partir do domínio e compreensão da linguagem como prática social e discursiva, tomando-se como suporte indispensável às abordagens sobre discurso em Foucault e Bakhtin. Professora e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, doutoranda em Ciências Sociais na UFRN, mestre em Ciência da Informação pela UFPB.
Palavras-Chaves: quadrinhos, discurso, infância

J.Carlos e os Primeiros Personagens Infantis das HQ Brasileiras
Athos Eichler Cardoso (UNB)
O fato de que a proverbial falta de memória brasileira tenha dado a ilusão de que os quadrinhos brasileiros foram criados com a intervenção de desenhistas geniais como Ziraldo e Mauricio de Souza precisa ser reavaliado quando se comemora os 100 anos de fundação do O Tico-Tico em 11 de outubro de 1905. Nele pela mão bendita de J. Carlos foram desenhados entre 1905 e 1907, e posteriormente, com o regresso da colaboração dele entre 11923-193, os fantásticos Juquinha,, Jujuba,Borboleta e Lamparina coadjuvados pelos não menos interessantes Gury, Carrapicho,Cartola e Goiabada. É de se ressaltar que o discriminado Gury, antes de uma série de outros, é o primeiro personagem negro dos quadrinhos brasileiros. Palavras chaves: quadrinhos, JCarlos,Tico-Tico.
Palavras-Chaves: quadrinhos, JCarlos, Tico-Tico

O desemprego estrutural crônico: uma leitura através das charges
Rozinaldo Antonio Miani (UEL/PR)
Neste trabalho analisamos a charge como uma das estratégias comunicativas mais eficientes no universo da imprensa sindical. Ao tratar das questões relativas ao mundo do trabalho, de modo geral, e do desemprego estrutural crônico, de modo particular, a charge explicita, através do humor e da intertextualidade, toda a sua natureza persuasiva e ideológica revelando a intencionalidade crítica das direções sindicais. Para defender a condição da charge como editorial gráfico, analisamos algumas charges produzidas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante a década de 1990 sobre a questão do desemprego e concluímos que se tratou de um instrumento efetivo da prática discursiva sindical com vistas à demarcação das posições políticas do referido sindicato.
Palavras-Chaves: charge, imprensa sindical, desemprego, mundo do trabalho

O imaginário em Mafalda numa prospecção pós-moderna
Maria Beatriz Furtado Rahde (PUCRS), André Fagundes Pase (PUCRS)
As histórias em quadrinhos de Mafalda, criadas pelo desenhista argentino Quino foram um instrumento de crítica contra a ditadura que regia seu País e enquanto a pós-modernidade eclodia, o regime moderno militar era criticado por essa produção imagística e assim, utilizando-se de personagens mirins, Quino propõe ensinamentos nas falas da turma de Mafalda, que procuramos contextualizar, retratando como é possível pensar o surgimento da pós-modernidade, seus processos imaginários e a sua aplicação na criação da personagem.
Palavras-Chaves: Histórias em Quadrinhos, Moderno, Pós-Moderno, Imaginário

O Meme nas Histórias em Quadrinhos
Gazy Andraus (USP)
Resumo As histórias em quadrinhos (HQ) desenvolveram-se como formas de comunicação artística e comunicacional distintas em diferentes países do mundo. O Meme foi um termo definido pelo biólogo Richad Dawkins, que pode ser esclarecido como um elemento não físico que se utiliza do cérebro como artefato de replicação. Partindo-se desse pressuposto, é possível aventar que também haja indícios de atividade memética como reflexo das atividades mentais dos autores de HQ, resultando em padrões e características ético-estéticas nas suas produções, influenciando-se em sua propagação cultural, inerentemente às diversas culturas humanas a que pertencem. Assim, através da teoria memética, as HQ servem como mais um enfoque cultural interdisciplinar passível de melhor compreensão de suas estruturas, bem como objetos de estudo social e antropológico. Minicurrículo Doutorando em Ciências da Informação e Documentação pela ECA-USP, mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, bolsista do CNPq, pesquisador do NPHQ da ECA, editor e autor independente de histórias em quadrinhos adultas de temática fantástico-filosófica.
Palavras-Chaves: histórias em quadrinhos, meme, cultura, interdisciplinaridade

O Pecado de Sin City - Adaptação dos Quadrinhos para o Cinema .
Monica Fontana (Cesbam), Luciana de Almeida Pereira Jordão (Cesbam)
Cada vez mais presente nas produções atuais, a adaptação dos quadrinhos para as telas do cinema tem contribuído para o debate, sempre atual, sobre o diálogo entre as mídias. Questões sobre as especificidades de cada linguagem surgem a partir das alterações de sentido que decorrem deste processo em função de fatores como tempo, construção de personagens e elementos visuais. O recente lançamento do filme Sin City, de Robert Rodriguez e Frank Miller, baseado na série homônima em quadrinhos, promete uma façanha ímpar: a de não provocar perdas formais no processo de adaptação. Este estudo busca analisar os elementos narrativos das duas mídias, verificando os limites intrínsecos a esta construção.
Palavras-Chaves: Quadrinhos, cinema, adaptação, Sin City

Shinji Ikari: A Saga do Herói Mitológico nos Quadrinhos Japoneses
Alexandre Luiz dos Santos Mendes (Unesp)
Este trabalho tem por objetivo examinar a importância da figura do herói dentro das histórias em quadrinhos japonesas, as quais são denominadas Mangás, e seus desdobramentos em termos da recriação da saga do herói mitológico greco-romano na construção da personagem Shinji Ikari, um garoto de 14 anos com sérios problemas de relacionamento interpessoal, o qual é o protagonista da série Neon Genesis Evangelion, do estúdio Gainax, publicada no Brasil pela Editora Conrad desde novembro de 2001. Alexandre Luiz dos Santos Mendes é bacharel em Desenho Industrial habilitação em Programação Visual pela Unesp – Bauru e aluno regular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Midiática nível mestrado da mesma instituição, vinculado à linha de pesquisa Produção de Sentido na Comunicação Midiática, sob orientação da Profa. Dra. Solange Bigal.
Palavras-Chaves: Quadrinhos, Mangá, Herói, Mitologia

NP-17. Folkcomunicação


A fé que comunica e se faz festa
Rosangela Paulino de Oliveira (Uninove)
Localizada no Município de Contagem, Minas Gerais, a Comunidade dos Arturos representa um dos grupos mais antigos e tradicionais de Congada de toda a Minas Gerais, e é responsável por um patrimônio ancestral de mais de 100 anos. São chamados Arturos por serem descendente de Arthur Camilo Silvério, filho do escravo Camilo Silvério que chegou em Minas Gerais, ao que tudo indica, no terceiro quartel do século XIX. A vida dos Arturos se traduz na fé e na festa, aprendidas com os ancestrais e de onde aprenderam a ver o mundo que os cerca. Estabelecem com a sociedade um sistema próprio de comunicação que está além da comunicação oficial da mídia de massa através dos símbolos sagrados, das vestimentas, do canto e da dança. Currículo Profa. Ms. Rosângela Paulino de Oliveira, docente do curso de jornalismo do Centro Universitário Nove de Julho – Uninove, graduada em jornalismo pela FIAM, especialista em Teoria da Comunicação pela Cásper Líbero e mestre em Antropologia pela PUC-SP. Membro da ONG Católicas pelo Direito de Decidir – Projeto de Multiplicadoras. e-mail: rose.paulino@uol.com.br
Palavras-Chaves: Arturos, festa, fé, congada

A Voz do Morro - primeiro jornal popular das favelas brasileiras.
REGINA GLORIA NUNES ANDRADE (UERJ), TEREZA CRISTINA EUSTÁQUIO DA SILVA (UERJ)
A Voz do Morro – primeiro jornal popular das favelas brasileiras. Autora: Regina Gloria Nunes Andrade Universidade do Estado do Rio de Janeiro -Doutora em comunicação.Professora Titular do Programa de Pós graduação em Psicologia Social. Co – autora: Tereza Cristina Eustáquio da Silva da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Mestranda do Programa de Pós graduação em Psicologia Social. RESUMO Este trabalho é um estudo do jornal A Voz do Morro publicado desde 1935, na comunidade da Mangueira,-- Rio de Janeiro que divulga as manifestações culturais comunitárias. Em formato tablóide de 8 páginas, hoje o jornal é mensal, gratuito e tiragem de 5.000 exemplares. Aplicamos o método de Pierre Bourdieu para marcar o campo social e teoricamente estudamos o imaginário social. Esse jornal vem carregado de simbolismos, folclore e os traços específicos da comunidade.
Palavras-Chaves: folkcomunicação;, jornal comunitário, imaginário social

AS ANDANÇAS DE ARLEQUIM E SUAS MÚLTIPLAS PERCEPÇÕES NA PAULICÉIA DE MÁRIO DE ANDRADE
Aparecida Maria Nunes (Unincor)
Resumo Partindo da identificação expressa do poeta Mário de Andrade com a figura do Arlequim, este artigo procurará interpretar como o Arlequim marioandradino capta o multiforme mundo moderno mediante suas andanças pela cidade de São Paulo. Para tanto, o estudo se apoiará na obra Paulicea Desvairada, destacando a analogia do tradicional traje de retalhos do romântico personagem da Commedia Del Arte italiana com a geometria da cidade paulistana. APARECIDA MARIA NUNES - jornalista, pesquisadora e professora universitária. Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo e, atualmente, professora das disciplinas "Teorias Críticas da Contemporaneidade" e "Estética da Recepção" no curso de mestrado em Letras da Unincor; e "Marketing e Estratégias de Comunicação Organizacional", pelo mestrado em Administração da CNEC/Faceca.
Palavras-Chaves: ARLEQUIM, MÁRIO DE ANDRADE, PAULICEA DESVAIRADA, COMMEDIA DEL ARTE

Estrela Armorial: a presença de Ariano Suassuna na mídia nacional.
Amilcar Almeida Bezerra (FMN)
O presente trabalho contém uma reflexão sobre as idéias do escritor Ariano Suassuna e sua presença na mídia nacional, que se intensifica a partir de meados dos anos 90 com a adaptação de algumas de suas obras para a televisão. A divulgação de sua obra nos meios de comunicação de massa acompanha a difusão cada vez mais ampla das idéias do intelectual Ariano Suassuna, pensador da cultura no Brasil contemporâneo e executor de políticas culturais. Procuramos então, analisar algumas das principais idéias do autor e compreender a lógica de sua inserção no circuito da grande mídia nacional.
Palavras-Chaves: Cultura de massa, Cultura popular, Identidade nacional, Política cultural

GENTILEZA NAS PALAVRAS DE UM PROFETA URBANO
MARIA JOSE OLIVEIRA (UNIPAC/ESTÁCIO)
Vivemos em um mundo de grandes transformações sociais, culturais, econômicas e religiosas. O pano de fundo destas transformações tem sido freqüentemente estampado com a intolerância e ações de deshumanização. Neste contexto, a figura de um profeta surge como um acalanto, capaz de fazer com que os homens voltem a acreditar, a sonhar. Não foi diferente com o Profeta Gentileza que, através de uma experiência de sofrimento, abraça a causa maior de sua vida: Pregar o amor e a gentileza entre os homens. O objetivo deste estudo foi divulgar o Profeta Gentileza, assim como sua forma simples de se comunicar com a vida. Para tal, foi necessário percorrer um pedaço de chão por onde passou o profeta, através de pesquisas bibliográficas e, principalmente, do contato direto com as pessoas que compartilharam uma existência com Gentileza. Maria José Oliveira - Graduada em Artes pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Mestra em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo – UMESP
Palavras-Chaves: Profeta Gentileza, José Datrino, Religiosidade Popular

LENDAS URBANAS GAÚCHAS: A FOLKMÍDIA NA TELA DA RBS
Carla Pollake da Silva (UMESP), Flavia Daniela Pereira Delgado (UNICSUL)
Este trabalho pretende mostrar como as lendas urbanas podem despertar interesse tanto na sociedade (curiosidade pela cultura local) quanto nas empresas de comunicação (audiência gerada). A Rede Brasil Sul (RBS) produziu uma série denominada “Histórias Extraordinárias”, na qual histórias populares do Rio Grande do Sul são documentadas e dramatizadas, em forma de docudrama, para serem exibidas na afiliada da Rede Globo. Por meio da análise de dois episódios da série, pretendemos demonstrar como lendas urbanas (cultura do imaginário popular) podem ser transformadas em produtos midiáticos postos à venda. Carla Pollake da Silva Jornalista, Mestre e professora da Universidade Metodista de São Paulo UMESP Flávia Delgado Jornalista, Mestre e professora da Universidade Cruzeiro do Sul UNICSUL
Palavras-Chaves: lendas urbanas, ficção televisiva, produção regional, folkmídia

Mídia e Cultura Popular: Tentativa de Recuperação da Função Social do Jornalismo
Verônica Dantas Meneses (UFT)
O presente trabalho analisa a utilização pela mídia das manifestações populares em Aracaju como meio de identificar a empresa jornalística com as causas sociais, defendendo valores como cidadania, solidariedade e democracia, tendência da grande mídia na atualidade. Nessa perspectiva, de um lado, a mídia tem buscado alternativas de revelar seu “comprometimento” e recuperar sua função social, ainda que não tenha superado as amarras com o sistema político-econômico e paternalista vigente no Brasil; por outro lado, a sociedade tem buscado formas de utilizar-se do espaço mediado da comunicação para institucionalizar suas ações e dar visibilidade às suas demandas, ainda que de maneira outorgada. O estudo reforçou a necessidade de um acionamento da mídia pela sociedade civil a fim de evitar o controle de quais e de que formas os temas são abordados.
Palavras-Chaves: Mídia, Cultura Popular, Função social

O Folclore como caracterização do homem do campo: uma análise do Globo Rural.
Elizabeth Moraes Gonçalves (UMESP)
O texto apresenta uma reflexão sobre a construção da imagem do homem do campo pelo programa televisivo Globo Rural. Verificou-se que a tradição brasileira - representada pelos universos do caipira e do sertanejo - e a modernidade tecnológica e científica aplicada ao campo se mesclam na composição de um programa televisivo que atende ao mesmo tempo o público rural e o urbano, criando a representação simbólica desta "moderna" cultura do campo. Caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, em que a leitura dos dados levantados foi subsidiada pela análise crítica do discurso. Refletimos sobre o papel da Rede Globo, como mídia massiva, de caráter comercial, cumprindo a tarefa de revitalizar aspectos folclóricos, entendidos como traços arraigados à cultura e à imagem do homem campo. Elizabeth Moraes Gonçalves - Doutora em Comunicação pela UMESP e Mestre em Língua Portuguesa pela PUC-SP. Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo – UMESP, responsável pelo Projeto “Linguagens e Discursos Especializados na Comunicação”. bethmgoncalves@terra.com.br
Palavras-Chaves: Comunicação, Linguagem, Discurso, Rural

O Lugar da Oratura na Revista Reportagensaio: um Flagrante de Folkcomunicação
Raul Hernando Osório Vargas (Uniube)
Como é o processo de produção do ato de narrar para criar a reportagensaio? Aqui são descritos e analisados os métodos de construção dos folkcomunicadores; e especialmente o trabalho mediador entre oratura e escritura. É uma pesquisa que dialoga com o saber, a oratura das pessoas e as teorias na busca da filosofia da reportagensaio nos sentidos humanos. O trabalho propõe as noções de oratura, escritura e reportagensaio, para revisitar a prática das narrativas à luz das teorias da folkcomunicação e da cultura.
Palavras-Chaves: Oratura, Escritura, Reportagensaio, Narrativa

Outro Estudo sobre Acionamento de memória a partir da Minissérie A Casa das Sete Mulheres: Análise das Falas
ANA MARIA STROHSCHOEN (UNISC)
Este artigo é resultado de uma pesquisa na UNISC a partir da minissérie A Casa das Sete Mulheres e seus usuários. Isto deve-se à peculiaridade da Casa das Sete Mulheres que exerceu um certo tipo de estímulo ao imaginário, principalmente sobre os gaúchos: ou por que somos ou por que não somos. Torna-se interessante verificar na pesquisa como uma minissérie também está presente na atividade do fazer "lembrar", com repercussões na memória e na identidade de seus usuários.
Palavras-Chaves: mídia, memória coletiva, identidade

Pinga: Considerações acerca de nossa identidade nacional.
Tamara Vivian Katzenstein (UNIP)
A bebida alcoólica é conhecida desde os tempos imemoriais pelos homens. Ela tem uma função ritual, em todos os cultos, em todas as épocas. Com a perda da nossa conexão com a natureza humana, surge o alcoolismo, como fuga e problema. A cachaça é a bebida brasileira por excelência e seus rótulos o atestam, apresentando uma embalagem tipicamente popular. Criada pelos negros escravos e consumida principalmente pelas classes mais pobres, é mostrada pela cultura midiática de forma estereotipada, apesar de ser a bebida destilada mais consumida no país. Currículo Mínimo de Tamara Vivian Katzenstein: Formada em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Videomaker e Professora da Universidade Anhembi Morumbi nos cursos de “Dança e Movimento” e “Teatro”. Mestrada Latus Sensu no curso de Arte Integrativa da Universidade Anhembi Morumbi. Correio eletrônico: philbus@philbus.com.br
Palavras-Chaves: Cachaça, Função socializadora, Colonialismo cultural, Cultura popular

Porque dançar para o espectador desconhecido é mais espetacular
SARAH ROBERTA DE OLIVEIRA CARNEIRO (UFBA)
Este trabalho adota como campo de análise a apresentação de um grupo de Reisado ocorrida em um contexto que lhe é extraordinário, por se tratar de um povoado para aonde viaja em virtude de uma Romaria. Com este enfoque, busca-se evidenciar que o contato do grupo com as novas condições identitárias – acionadas pela exposição ao novo olhar – interfere na variabilidade do espetacular e, por conseguinte, redimensiona a identidade do grupo, que ao se sentir valorizado por um público desconhecido, reforça o gosto pelo que faz e se predispõe a continuar mantendo viva a manifestação, que, no caso estudado, é o Reisado Senhor do Bonfim, localizado no povoado de Piau, no município de Piranhas, em Alagoas.
Palavras-Chaves: Cultura popular, contexto, extraordinário, espetacular

Religiosidades populares e a experiência do lazer: um estudo com romeiros de São Severino dos Ramos a partir da Teoria das Facetas.
Adriany Rosa de Matos Carvalho (UFPE)
Resumo: O estudo objetivou investigar o lazer em sua confluência com a experiência religiosa de peregrinos de São Severino dos Ramos. Utilizou-se de uma entrevista semidirigida a partir de um roteiro, sendo o conjunto das entrevistas posteriormente transcritas e submetidas à análise temática conteudinal e análise multidimensional não métrica, o “SSA” e do método das “variáveis externas enquanto pontos.” Os resultados das análises efetuadas foram interpretados à luz de aportes da Folkcomunicação, da Teoria das Representações Sociais, da Filosofia da Religião e da Teoria das Facetas que revelaram a importância do lazer em sua imbricação com a experiência religiosa, bem como na ruptura da cotidianidade desta população. Adriany Carvalho: Professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aluna especial do Doutorado, curso de Antropologia (UFPE). Mestra em Administração Rural e Comunicação Rural pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (CMARCR-UFRPE). Especialista em Administração Escolar (UFRPE) e em Relações Públicas para o Turismo (ESURP-PE). Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas (ESURP-PE). E-mail: betoka@hotlink.com.br. Alexsandro Nascimento: Psicólogo, Psicanalista, Pesquisador e Doutorando em Psicologia Cognitiva. E-mail: alexmeden@hotmail.com. Antonio Roazzi: Psicólogo, Psicanalista, Professor no Pós-graduação em Antropologia e Psicologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco.E-mail: roazzi@npd.ufpe.br.
Palavras-Chaves: Religiosidade Popular, Folkcomunicação, Lazer, Teoria das Facetas

S.P.Q.R.: As marcas folkcomunicacionais nos estandartes da procissão de Bom Jesus dos Passos em Oeiras-PI
Orlando Maurício de Carvalho Berti (FSA), ADRIANA ZORAIA DE JESUS NOLETO (FACID)
O presente trabalho pretende fazer uma análise sobre os procedimentos folkcomunicacionais na interpretação e publicização dos estandartes da Procissão de Bom Jesus dos Passos, em Oeiras, Piauí, segunda maior manifestação religiosa do Piauí. Nossa principal análise é sobre o estandarte do Bom Jesus, que traz a inscrição S.P.Q.R., sigla que gera há décadas múltiplas interpretações folkcomunicacionais e tem anualmente seu ponto de convergência entre o erudito e o popular do Sertão piauiense.
Palavras-Chaves: Bom Jesus dos Passos, Folkcomunicação, S.P.Q.R., Oeiras

Samba no Pé ... Alegria na Avenida Um estudo do carnaval de rua à luz da folkcomunicação
Vanda Cunha Albieri Nery (Unitri)
“O carnaval brasileiro, carnaval de rua, com cordões, música, coreografia e fantasias, pode ser olhado como um grandioso espetáculo de massa (Beltrão)”, um rito sem dono, porque é uma festa de todos. Todos podem misturar-se e trocar de lugar, na relativização típica das posições sociais que, para Mikhail Bakhtin, caracteriza os espetáculos verdadeiramente populares. Este trabalho analisa o carnaval de rua de Uberlândia-MG, tratado como manifestação popular, cuja participação é legada às pessoas pobres. São analisadas as escolas de samba da cidade, entendendo-as como grupos organizados e ordenados para “brincar” e como forma de associação das mais autênticas e espontâneas. Brincar o carnaval, historicamente reprimido pelas autoridades policiais e pela burguesia, torna-se um espaço de conquista e de afirmação das classes menos favorecidas.
Palavras-Chaves: culturas locais e regionais, folclore, folkcomunicação

“Santa Carminha”: devoção silenciosa através de gerações
Gladis Salete Linhares Toniazzo (UNIDERP), Claudia regina de Brito (Uniderp)
O trabalho pretende (re) contar a história de Carminha, uma menina que foi estuprada e morta em Campo Grande, Mato Grosso, no início do século XX, assim como o culto à “Santa Carminha” que, a partir deste episódio se iniciou. Aspectos socioeconômicos aliados à dimensão religiosa, muitas vezes oculta, orientam e dão significados a muitos levantes do passado e do presente, justificando a pluralidade tanto local quanto nacional. Através de observação sistemática e de entrevistas, pretende-se descrever os fatos ocorridos desde a morte de Carminha passando pela construção, de uma capela, no local do crime, e de peregrinações contínua e silenciosa dos devotos. Além da utilização de arquivos de jornais a fim de conferir visibilidade que a imprensa confere ao fato. A devoção a “Santa Carminha” percorre décadas com a repercussão oral das graças alcançadas.
Palavras-Chaves: Cultura, Tradição, Religiosidade, Processos Comunicacionais

NP-18. Comunicação e Esporte


"O olho da Câmera como o Quinto Árbitro: o juiz de futebol e os olhos eletrônicos na cobertura do fato esportivo"
Ricardo Duarte Gomes da Silva (UNIVERSO), Edilma Pereira da Silva (UNIVERSO)
Resumo Descrição e Análise exploratória da situação invertida do panóptico de Michel Focault na cobertura do futebol ao vivo na tevê, observando a posição de muitos que observam um (a atuação do árbitro do jogo), bem como levantamento de problemáticas e questões de apoio a outras pesquisas na área de Comunicação e Esportes. Toma-se as definições do sinóptico de Mathiesen, em artigo publicado na Revista Margem (1999), aplicando ao estudo as variáveis de Foucault (controle, vigilância e punição). Metodologia: uso em primeiro momento de um focus-groups com três árbitros de futebol sobre o assunto e, em segundo momento, utilização de um programa de entrevistas semi-estruturado e método qualitativo com árbitros de futebol e jornalistas editores da TV Globo, para pesquisa de levantamento de problemáticas e questões, como recomenda Antonio Carlos Gil (1999) para pesquisas exploratórias. Ricardo Duarte Gomes (Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO) Jornalista, Roteirista de RTV, Mestre em Comunicação e Professor Assistente I dos cursos de Comunicação Social e Turismo. Membro do Colegiado do curso de Comunicação Social da Universo, campus Recife. mail: semog_33@yahoo.com.br Edilma Pereira da Silva (Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO) Estudante do curso de Comunicação Social da UNIVERSO. mail: edilmap@asertiva.com.br
Palavras-Chaves: Esporte e Ciência, Mídia Esportiva, Jornalismo Esportivo, Futebol ao vivo

A Estrutura dos Sites Brasileiros durante as Olimpíadas 2004.
Silvio Saraiva Júnior (UNESP), João Pedro Albino (UNESP)
Este trabalho busca demonstrar como os sites brasileiros se estruturaram para realizar a cobertura jornalística durante as Olimpíadas 2004. Partindo de conceituações em torno do jornalismo esportivo, foram selecionados dez produtos editoriais on-line com o propósito de compará-los e verificar quais destinaram espaço específico ao evento e como o fizeram. Para tal, durante a realização dos jogos, comparamos os sites de acordo com as seções de conteúdo criadas em cada um deles, findando por um quadro-resumo que identifica as seções criadas por cada veículo e revelando a estrutura das suas páginas iniciais. Para este estudo, foram selecionados os websites: UOL, Terra, Gazeta Esportiva, Lancenet, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Sportv, Globo.com, Band, e ESPN Brasil.
Palavras-Chaves: Comunicação Especializada, Jornalismo Esportivo, Olimpíadas 2004, Internet

Mídia e esporte: os valores notícia e suas repercussões na sociedade contemporânea
Marli Hatje (UFSM), Paula Bianchi (UFSM), Jucélia Medianeira Schubert (UFSM)
Ampliar e aprofundar as discussões entre esporte e mídia, e suas repercussões na Comunicação Social e na Educação Física, verificando a importância dessa relação na formação educacional e cultural da sociedade, é o objetivo da pesquisa, que considerou a categoria valores notícia, definida por Correia (1997)em interesse público e interesse do público. O estudo realizado no Laboratório de Ensino, Pesquisa e Movimento Humano, área de CMMEF-CEFD-UFSM, considerou pesquisas realizadas em 2001 e 2003, a partir de notícias do Programa Esporte Espetacular. Conforme a análise, em 2001 e 2003 as matérias interessantes e importantes apresentaram pequena alteração em percentuais, mas o valor-notícia é importante quando analisada a importância das relações entre esporte e mídia no que tange a formação educacional e cultural da sociedade, a partir de áreas que buscam aproximações interdisciplinares.
Palavras-Chaves: Educação Física, Esporte, Mídia, Sociedade

O Futebol no Campo Econômico: Construção Jornalística da Copa do Mundo de 2002 como Negócio
Anderson Gurgel Campos (UNISA)
Este artigo é um resumo da dissertação de mestrado de mesmo nome concluída em outubro de 2004 na Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. O estudo em questão teve como objetivo compreender como se dá a construção da economia do futebol na mídia impressa. O período escolhido para a análise do fenômeno foi o da Copa do Mundo de 2002. Para atingir a meta proposta, foram acompanhados os jornais Gazeta Mercantil, Valor Econômico, Folha de S.Paulo e Diário Lance!. Entre os resultados destacáveis, nesse trabalho, estão um levantamento quantitativo de reportagens de negócios do esporte daquela época e, também, a proposta de um modelo de análise qualitativa do conjunto resgatado. Com esses recursos, levantam-se algumas hipóteses sobre como os negócios do futebol são acompanhados em cada veículo em estudo.
Palavras-Chaves: Jornais, Economia, Futebol, Copa do Mundo

O jogo da moda: a transformação do futebol em negócio
Márcio de Oliveira Guerra (UFJF)
O trabalho busca uma reflexão sobre a transformação sofrida pelo futebol, partindo da observação sobre como se processou a chegada de David Beckham ao Real Madrid, onde os meios de comunicação chegaram a ponto de se interessar pela transmissão do exame de urina do jogador. O crescimento do marketing esportivo, o jogo da moda, o esporte como "negócio" é uma realidade que não se pode desconhecer. O futebol "espetáculo" é jogado dentro e fora de campo com a mesma intensidade. O estudo é feito, sobretudo, em cima do texto de Gilles Lipovetsky,"O Império do Efêmero", levando em consideração o futebol como algo presente na cultura e paixão do brasileiro.
Palavras-Chaves: futebol, moda, espetáculo, mídia

Scout No Futebol: Uma Ferramenta Para a Imprensa Esportiva
Caroline Colucio Vendite (Unicamp), Laércio Luis Vendite (Unicamp), Antonio Carlos de Moraes (Unicamp)
Resumo As partidas de futebol têm se constituído num dos principais eventos da mídia televisi-va, transformando-se em investimentos para os patrocinadores e, em muitas vezes como a única fonte de renda para os clubes. Assim sendo, podemos observar uma série de a-trativos para prender a atenção dos telespectadores durante as transmissões. Esses atra-tivos vão desde câmeras que nos dão a impressão de estarmos dentro do gramado, até dados sobre a performance da equipe ou do jogador, abordando o desempenho no de-senvolvimento dos fundamentos do jogo de futebol. Estes dados permitem que o teles-pectador possa verificar o comportamento das equipes naquele dia. O mapeamento do jogo de futebol quer seja individualizado ou em equipe, tem recebido o nome de “Scout”. Com o “Scout” da partida, mesmo o telespectador que não acompanha diaria-mente o futebol, tem condições de perceber o que está acontecendo no jogo. Além de ser um atrativo para o telespectador, o “Scout” tem como utilidade servir de ferramenta para os profissionais que atuam diretamente no futebol (técnicos, preparadores físicos) na preparação global da equipe. Também os integrantes da mídia escrita e falada tem em mãos dados que lhes permitem escrever com propriedade os acontecimentos obser-vados durante a realização de partidas de futebol, bem como os comentaristas esportivos também utilizam os dados para tecerem seus comentários.
Palavras-Chaves: mídia esportiva, futebol, scout

NP-19. Comunicação Turismo e Hospitalidade


Turismo Urbano em São Paulo : contradições e adequações da dimensão espacial
Reinaldo Miranda de Sá Teles (FCL)
Este trabalho revela a importância do turismo enquanto fenômeno que contribui para desencadear o (re)ordenamento da cidade. Ao tratar do caso de turismo urbano em São Paulo, verifica-se que, assim como as grandes metrópoles do mundo, esta cidade indica ser palco de um complexo movimento turístico que acontece em função do seu grande movimento econômico-financeiro. A falta de reflexão acerca da cidade, enquanto destino turístico, contribuiu para divulgar imagens ora contraditórias, ora adequadas ao lazer e ao turismo. Esta abordagem é reveladora da importância do estudo da dimensão espacial expressa nas imagens divulgadas pelos meios de comunicação.
Palavras-Chaves: turismo urbano, espaço, Sao Paulo, cidades

A Educação No Turismo Diante As Exigências Do Mercado Globalizado
Luiz César de Miranda (Anhembi), Elizabeth Kyoko Wada (Anhembi)
O ensino do turismo na perspectiva do mercado atual vem passando por um processo de adaptação devido as exigências que o mercado globalizado impõe aos profissionais do turismo. Devido às inovações tecnológicas, a globalização da sociedade, o profissionalismo e a informatização, se faz necessário uma reavaliação do papel do professor que atua no turismo. A função desse profissional não pode mais continuar com a idéia de um mero repassador de informações para dar lugar àquele que busca fomentar a pesquisa com a intenção de formar pessoas conscientes e preparadas para a atuação no mercado do turismo. Minicurrículo do autor: Luiz César de Miranda:Graduado em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, especialista em Administração Hoteleira, Professor universitário no curso de Turismo, leciona como autônomo para cursos de hotelaria para o Senac e Sebrae. Aluno do curso de Mestrado em Hospitalidade da Universidade Anhembi-Morumbi em São Paulo, S.P.,cujo o tema de pesquisa é o ensino da hospitalidade nos hotéis, com orientação da Professora Dra. Ada de Freitas Maneti Dencker. Endereço eletrônico: lcmir@terra.com.br. Elizabeth K.Wada: Professora Doutora do curso de Mestrado em Hospitalidade pela Universidade Anhembi-Morumbi,orientadora deste trabalho pela disciplina Estrutura Internacional da Hospitalidade.
Palavras-Chaves: Educação, Turismo, Globalização, Professor

A ética cristã como base para a formação em hospitalidade. Um projeto do terceiro setor: Centro de Capacitação Casa do Moinho.
Carla Giannubilo Beneduce (UAM)
O estudo procura investigar a importância dos valores cristãos no estabelecimento de bases que permitam uma formação integral dos educandos que pretendem exercer atividades no campo da hospitalidade. Pretende-se identificar formas que permitam a formulação de propostas de como esses valores podem ser comunicados nos contextos familiar e educacional. Utilizando a metodologia de estudo de caso a proposta apresenta o modelo de ensino adotado pelo CCP – Centro de Capacitação Casa do Moinho, cujo propósito é de se trabalhar as virtudes do ser hospitaleiro com suas alunas, mediante a vivência em um ambiente de hospitalidade doméstica que a escola proporciona. Mini Curriculum: Formada em Administração de Empresas pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado no ano de 1981. Formada em Hotelaria pelo SENAC/ Cornell University no ano de 1981.Aluna do Mestrado em Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi. Orientadora. Dra Ada de Freitas Maneti Dencker.
Palavras-Chaves: Educação Superior, Formação Profissional, Hospitalidade Doméstica, Ética e Sociedade

A renovação no ensino e pesquisa em turismo e hospitalidade
Ada de Freitas Maneti Dencker (UAM)
O ensino superior vem passando por grandes transformações em decorrência dos efeitos do processo de globalização e da velocidade da informação, que tornaram a produção do conhecimento um processo em contínua mutação. Tornou-se impossível dominar os conhecimentos de uma determinada área e isso interfere no papel tradicional do professor habituado a transmitir conteúdos e informações. A pesquisa surge como instrumento fundamental para a prática pedagógica, sendo a habilidade na sua execução um dos mais importantes diferenciais da qualidade de ensino. As instituições particulares de ensino, que são a maioria na oferta de cursos nos campos do turismo e da hospitalidade, precisam rever suas práticas de ensino/aprendizagem visando aprimorar o conhecimento e a formação profissional para o setor, bem como a sua própria sobrevivência “no mercado de educação”.
Palavras-Chaves: Educação Superior, Pesquisa, Interdisciplinaridade, Turismo

CARAS - Revista Que Hospeda: Estudo de Caso sobre a Ilha de Caras e sua relação com a comunicação e a hospitalidade
Fernando Estima de Almeida (SENAC), Maristela de Souza Goto Sugiyama (SENAC)
A Caras é uma revista de entretenimento e uma marca de sucesso. O magazine tem uma das maiores receitas publicitárias do Brasil, além de ser vista por mais de 1 milhão de leitores semanalmente. A fórmula para atingir estes números foi construída com a cobertura do dia-a-dia das celebridades, fotografadas em sua intimidade ou em grandes eventos. A revista apresenta uma outra peculiaridade relacionada com a hospitalidade: A lha de Caras. Neste trabalho os pesquisadores apresentam a Ilha de Caras e discutem as relações deste meio de hospedagem com a comunicação e a hospitalidade.
Palavras-Chaves: Hospitalidade, Comunicação, Evento, Revista

HOSPITALIDADE SEM SACRIFÍCIO ? O CASO DO RECEPTIVO TURÍSTICO
LUIZ OCTAVIO DE LIMA CAMARGO (SENAC)
Não obstante hoje turismo e hospitalidade sejam praticamente sinônimos, há autores franceses que não aceitam essa aproximação. A hospitalidade ancestral, segundo eles, faz parte do sistema da dádiva, enquanto o turismo se estabelece sob o sistema comercial. O pagamento abole o sacrifício da dádiva. Esta comunicação, com recurso a pesquisas empíricas e levantamentos, pretende demonstrar (a) que a noção de turismo não pode ser reduzida às suas práticas comerciais; (b) que mesmo nas práticas comerciais o sistema da dádiva está presente e (c) que a reflexão científica sobre o turismo tem muito a ganhar teoricamente se apoiar-se sob as leis não-escritas da dádiva.
Palavras-Chaves: hospitalidade, turismo, hotelaria, sistema comercial

Jornal e Turismo: um campo minado
Glaucia Copedê Piovesan (UNESP)
Apresentamos, neste trabalho, as relações que a mídia estabelece com a indústria do turismo a partir do momento em que vivemos numa sociedade capitalista, em que valores como o consumo, o lazer, o entretenimento estão intrincados na cultura contemporânea e os meios de comunicação de massa cumprem o papel de fortalecer esses imaginários sociais e valores cultuados. Trata-se de uma relação de interdependência: o turismo necessita dos meios de comunicação de massa para divulgar seus produtos fabricados e a mídia precisa que estes produtos sejam veiculados para faturar em anúncios e, enquanto máquina produtiva que legitima ideologicamente, unifique a sociedade em torno de crenças, valores, estilos de vida e padrões de consumo. Piovesan, Glaucia Copedê. Aluna de mestrado da Universidade Estadual Paulista - Unesp/Bauru do Programa de pós-graduação em Comunicação Midiática da FAAC.
Palavras-Chaves: mídia, turismo, jornal impresso

O imaginário jornalístico brasileiro sobre a América Latina nos Cadernos de Turismo
Margarethe Born Steinberger-Elias (PUC-SP), Thiery Okuyama (PUC-SP)
O imaginário jornalístico brasileiro sobre a América Latina nos Cadernos de Turismo Profa.Dra.Margarethe Born Steinberger-Elias (PUCSP) Thiery Okuyama (PUCSP) Resumo Este trabalho apresenta os primeiros resultados de uma pesquisa com o objetivo de caracterizar o imaginário jornalístico brasileiro sobre a América Latina tal como revelado nos cadernos de turismo da grande imprensa. Foi desenvolvida com base em dados colhidos no jornal Folha de S.Paulo, adotando uma metodologia de análise comparada do material selecionado por década e tematizado por país/ região, abrangendo o período de 1964 até 2004. Com apoio teórico em Steinberger (2005) , a análise permite constatar que, no campo turístico, a disputa sobre as representações dos lugares só muito raramente se deixa refletir nas páginas da imprensa, que quase sempre prefere os estereótipos, clichês e os discursos de promoção cultural.
Palavras-Chaves: comunicação turística, imaginários e turismo, jornalismo de turismo, jornalismo e representações so

O Jornal da Globo e as representações sociais do Turismo
Susana de Araújo Gastal (UCS), Mariana Selister Gomes (PUCRS)
O presente artigo trata das representações sociais de Turismo e de Turista construídas pelo Jornal da Globo, através da análise de edições do mês de dezembro de 2004. Busca-se compreender as representações sociais criadas, os porquês desta produção e as implicações das mesmas. Utiliza-se, para este fim, três pressupostos teórico-metodológicos: a Dialética Histórico Estrutural, a Análise de Conteúdo e as Representações Sociais. Os resultados sugerem que Turismo e Turista, no contexto, não são apresentados como fenômenos sociais complexos, mas apenas como manifestações do capitalismo econômico.
Palavras-Chaves: Representação Social, Turismo, Turista, Jornal da Globo

Posicionamento Teórico e Conceitual do Lazer Turístico no Brasil
Cristina Marques Gomes (USP), Mirian Rejowski (USP)
Sistematiza os resultados parciais da dissertação de mestrado exploratório-descritiva intitulada Pesquisa Científica em Lazer no Brasil – Bases Documentais e Teóricas, defendida na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Descreve as referências bibliográficas das teses relacionadas ao lazer turístico, identificando as bases documentais que fundamentam essas pesquisas. Nas considerações finais reforça os principais resultados, tecendo recomendações para o desenvolvimento da área. Cristina Marques Gomes - Bacharel em Turismo e Mestre em Ciências da Comunicação / Turismo e Lazer na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). E-mail: cristina@usp.br. Mirian Rejowski - Doutora em Ciências da Comunicação / Turismo e Lazer e Livre-docente em Teoria do Turismo e do Lazer pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Docente Titular do Mestrado em Turismo da Universidade de Caxias do Sul. E-mail: mrejowsk@ucs.br
Palavras-Chaves: Pesquisa Acadêmica, Lazer Turístico, Dissertações e Teses, Produção Científica

Produção científica em Turismo e/ou Patrimônio Cultural
Sênia Regina Bastos (UAM)
A análise dos estudos realizados nas universidades paulistas tem possibilitado perceber a produção acadêmica relacionada à temática do patrimônio cultural. Objetiva-se mapear esta produção, percebendo os diálogos realizados com a História, Geografia, Direito, Turismo e outras áreas, na tentativa de compreensão dos recortes passíveis de serem abordados. Nesse sentido foram pesquisados teses e dissertações que tratam Turismo e/ou Patrimônio Cultural de São Paulo, realizados nas universidades paulistas. Ao que se refere a essa comunicação estão sendo contemplados apenas a produção acadêmica da Universidade de São Paulo referente ao período 1990 a 2001.
Palavras-Chaves: Turismo, patrimônio cultural, produção científica

Revista G Magazine: do nu à diáspora turística.
Daniel Rezende Campos (UNI-BH)
A Revista G Magazine é um sucesso editorial. Através da análise do discurso dos anúncios veiculados em suas edições, tentaremos apresentar um guia turístico para aqueles que procuram algum tipo de entretenimento nas principais cidades brasileiras. Não existe ainda, no Brasil, um guia específico para o público GLBT. Por trás dos ensaios fotográficos da revista, apresentam-se anunciantes dos mais variados segmentos de mercado. São através desses anúncios que muitos leitores e viajantes suprem suas satisfações, fantasias e desejos e viajam na busca de suas realizações pessoais e (homos)sexuais.
Palavras-Chaves: Publicidade, Turismo, Análise do Discurso, Gays

Transposição didática no estudo da Comunicação, nos cursos de Turismo e Hospitalidade
Susana de Araújo Gastal (UCS)
Os currículos dos cursos de graduação em Turismo e, em alguns casos, mesmo dos cursos da área de Hospitalidade, têm entre suas disciplinas, várias delas pertinentes a área de Comunicação: Teorias da Comunicação, Relações Públicas, Publicidade, Fotografia, entre outras. Alguns, pioneiros, passam a incluir o estudo da imagem e dos imaginários, numa visão semiótica da Comunicação, avançando para além do marketing. O artigo propõe analisar o contexto em que se insere esta nova abordagem, e refletir sobre a tranposição didática destes conteúdos, na lógica dos cursos de Turismo e Hospitalidade.
Palavras-Chaves: Turismo, Hospitalidade, Comunicação, Imagem

NP-20. Fotografia: Comunicação e Cultura


Boltanski e o museu imaginário: a fotografia e os limites da representação
Isabel Florêncio Braga (UFMG)
A partir de uma discussão em torno dos limites dos processos sistematização e catalogação – dos saberes e das coisas – que orientam a representação do conhecimento racional e a partir da análise de alguns trabalhos fotográficos de Christian Boltanski, este texto propõe pensar o gesto de apropriação e re-significação de imagens como gesto criativo que acentua o caráter poético e ficcional dos processos de ordenação e representação. O artista Boltanski justapõe objetos e imagens, utiliza a capacidade da fotografia em afirmar um certo estado de coisas, ao mesmo tempo em que aponta ironicamente para a sua credibilidade, como prova incontestável dos fatos. Com base nessa crença na imagem, Boltanski constrói um espaço ficcional que intenta substituir a sua experiência mesma, estabelecendo entre os fragmentos um valor associativo que os destitui de seu cálculo sintagmático.
Palavras-Chaves: Fotografia e representação;, sistemas taxonômicos, arte e produção de sentido, reinvenção de significados

Entre a memória e o esquecimento: realismo na fotografia contemporânea
Ronaldo Entler (FAAP)
A fotografia nos coloca num certo nível de contato com o real, mas o faz de forma frágil: testemunha que algo esteve diante da câmera, mas não oferece outras certezas; aponta vigorosamente na direção desse real, mas sempre de uma forma lacônica. Em vez de tentar preencher as lacunas que ficam, alguns artistas percebem nesse “silêncio” um espaço para a atuação do imaginário. Não menosprezam a força testemunhal que liga a imagem a um evento único do passado, mas tiram proveito daquilo que falta. Seus trabalhos permitem uma redefinição da noção de realismo: assumem a precariedade da ligação construída com o real, sem negá-la. Convidam a pensar sobre o modo como nosso desejo é especialmente fisgado, não apesar do pouco que a imagem nos oferece, mas exatamente porque ela não oferece tudo. Ronaldo Entler, Jornalista, Mestre em Multimeios (IA-Unicamp), Doutor em Artes (ECA-USP), pesquisador de Pós-Doutorado no IA-Unicamp. É professor da Faculdade de Comunicação da FAAP e professor convidado do Programa de Especialização em Imagem e Som da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Palavras-Chaves: fotografia, arte-contemporânea, realismo, memória

Foto-Grafias Impossíveis: O Desafio das Imagens Fantasmas
Victa de Carvalho (ECO/UFRJ)
Resumo: Diante da proliferação de diferentes modos de ser da imagem, acentuam-se tensões entre o material e o imaterial, entre o real e o simulacro, abrindo caminho para a produção de novas subjetividades. Trata-se de pensar as diferenças entre o moderno e o contemporâneo através do desenvolvimento de práticas visuais fotográficas e holográficas. O artigo pretende promover um diálogo entre a fotografia e a estereoscopia, e a invenção das técnicas holográficas, apontando para possíveis transformações em relação ao modelo de visualidade na medida em que as holografias desafiam tanto as técnicas analógicas de produção de imagens, quanto as formas convencionais de percepção visual. Minicurrículo:Doutoranda na ECO-UFRJ, Tecnologias da Comunicação e Estéticas. Mestre em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ-2003, apresentando a dissertação: “A Quarta Dimensão da Imagem: A Fotografia Impossível e a Arte Holográfica”. Colaboradora do Laboratório de Fotografia e Imagem Digital da ECO/UFRJ. Professor das disciplinas: Fotografia, Comunicação Visual em outras instituições superiores de ensino.
Palavras-Chaves: Fotografia, Holografia, Novas Tecnologias da Imagem

Fotografia: Ensino é Pesquisa
Joel La Laina Sene (ECA-USP)
Este texto está baseado nas reflexões apontadas em minha tese doutorado, mantém a proposição de sugerir alternativas para o ensino da fotografia. Decorre da experiência e da experimentação vivenciadas em quase vinte anos de pesquisa e docência na área da linguagem fotográfica. Não tenho a pretenção em lançar métodos nem mesmo em esgotar o assunto. Partilho algumas idéias com autores como Phillipe Dubois, Vilèm Flusser, Arlindo Machado, Joan Fontcuberta e Nelson Brissac Peixoto. A fotografia tem sido um considerável artifício de construção do conhecimento, de memória visual. Em nossa concepção, a fotografia atual se revitaliza em um potente projeto de expressão cultural. Apontada para o futuro permanece disponível como dispositivo de pesquisa, e a seu modo, permeável à imaginação. Joel La Laina Sene —Fotógrafo; Professor na área Imagem do Curso Superior do Audiovisual ECA-USP. Graduado em Cinema ECA-USP, 1979; Mestre em Artes Visuais Instituto de Artes UNESP com a Dissertação UM OLHAR CRONISTA, EDITANDO FOTOGRAFIAS — Ensaios, Seqüências, Relatos e Narrativas, 1997; Bolsa Capes PDEE Universidade Autonoma de Barcelona 2001; Doutor na área de Linguagem e Educação Faculdade de Educação- USP com a Tese: PROJEÇÕES IMAGINÁRIAS —O projeto fotográfico como roteiro visual para a docência e a pesquisa, 2002.
Palavras-Chaves: Seqüência fotográfica, Fotografia narrativa, Edição fotográfica

O Papel da Imagem no Imaginário Pós-Moderno
Adriana Maria Steffen Holmer (FACCAT)
A profusão de imagens que caracteriza a pós-modernidade, sobretudo publicitárias, é o reflexo desse momento de mudança pelo qual o mundo está passando. Compreendê-las significa decifrar, - ou pelo menos é uma tentativa - os modelos de construção e percepção de signos visuais, sobretudo daqueles produzidos através da mediação técnica. O objetivo desse artigo é abordar aspectos relacionados à recepção da imagem e a sua função, na contemporaneidade, tanto como elemento de "religação" (Michel Maffesoli), como de alienação (Vilém Flusser). Adriana Maria Steffen Holmer é mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS e exerce suas atividades nas Faculdades de Taquara – FACCAT, onde leciona as disciplinas de Introdução à Fotografia e Fotografia Publicitária.
Palavras-Chaves: Fotografia, Imaginário, Publicidade, Pós-modernidade

NP-21. Comunicação e Culturas Urbanas


A Cartografia Mercantil de São Paulo produzida pelos agentes da Mídia Exterior
Maria da Conceição da Costa Golobovante (PUC-SP)
Este texto corresponde a um trecho inédito da tese de doutorado defendida no PEPG em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Trata-se de apresentar uma pesquisa realizada junto ao instituto Urban Systems (US) de pesquisa de mercado, especializado em geomarketing e aferição da mídia exterior, e do seu estudo específico do meio outdoor. Parte-se de um breve diagnóstico do atual contexto do mercado publicitário brasileiro e das demandas que exigem dos agentes a especialização crescente do conhecimento acerca dos hábitos e fluxos do público consumidor. Em seguida, apresenta-se os conceitos do US para o mapeamento e qualificação dos fluxos populacionais no espaço urbano, enfatizando-se as “falas” dos entrevistados colidas no trabalho de campo, e a crescente virtualização da cidade de São Paulo provocada pelas demandas dos agentes do mercado publicitário.
Palavras-Chaves: Mercado, Mídia, Metrópoles, Publicidade

A cidade e o mangue: a constituição da cultura pop recifense nos anos 90
Angela Freire Prysthon (UFPE)
Com o intuito de aprofundar a discussão sobre a cultura como recurso na era global e redimensionar o cosmopolitismo e a diferença cultural como estratégias políticas, apresentaremos resumidamente as principais tendências e marcos teóricos da cultura global para relacioná-los com a constituição e a evolução do movimento musical e cultural Manguebeat (ou Manguebit), surgido na cidade do Recife nos anos 90.
Palavras-Chaves: cultura pop, globalização, diferença, cidade

A cultura do consumo e o adultescente
ANA ELISABETH IWANCOW (UNiSINOS)
O artigo trás um levantamento conceitual de juventude, através da história social da humanidade. Culmina com a contextualização do comportamento do jovem adulto contemporâneo, a partir de pesquisas nos espaços internos de shopping centers, identificados como entre-lugares para a realização do social. Inaugurando um novo olhar, para o conjunto que integra comportamento adultescente e a cultura do consumo.
Palavras-Chaves: Comportamento jovem, shopping center, cultura do consumo

As tribos de ciberouvintes
Gisela Grangeiro da Silva Castro (ESPM-SP)
O presente trabalho discute algumas notáveis transformações nos modos de escuta e consumo de música, operadas pela apropriação social da Internet como canal privilegiado de mediação cultural. O download de música é examinado na discussão acerca da problemática questão dos direitos autorais na imaterialidade dos meios digitais. Considerando a interatividade como conceito-chave da cibercultura, as numerosas comunidades virtuais, listas de discussão e blogs que têm a música como elemento aglutinador parecem sugerir a configuração do que estamos denominando as tribos de ciberouvintes, que poderiam ser entendidas a partir da plêiade de culturas juvenis atuais. O objetivo final deste trabalho seria, então, fornecer algumas pistas para que possamos melhor compreender sua inserção no contexto das culturas urbanas. Gisela G. S. Castro. Doutora em Comunicação e Cultura (ECO-UFRJ) . Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Práticas de Consumo ESPM-SP.
Palavras-Chaves: consumo cultural, mediações, culturas juvenis, comunicação

Caos, peso e celebração: uma abordagem do Heavy Metal a partir da noção de gênero mediático
Jorge Luiz Cunha Cardoso Filho (UFBA)
Resumo: Esse artigo traça um breve panorama dos modos como o gênero da música popular massiva Heavy Metal foi tratado pelas reflexões contemporâneas dos últimos quinze anos e apresenta uma proposta de abordagem dos seus produtos mediáticos que privilegia suas dimensões de partilha simbólica, afetiva e estésica. Compreendido enquanto uma manifestação que está intimamente vinculada à cultura juvenil e ao sistema mediático de produção e reconhecimento de bens culturais, pretende-se apresentar um modo de análise desse fenômeno que identifique os dispositivos estrategicamente inseridos nos seus álbuns a fim de produzir determinados “efeitos” no apreciador desse gênero musical. Minicurriculo: Bolsista CNPq. Graduado em Jornalismo – Facom/UFBA. Ex-bolsista PET (Programa Especial de Treinamento). Desenvolve pesquisa sobre condições de produção e reconhecimento de álbuns do gênero musical Heavy Metal em Salvador. Integrante do Grupo de Pesquisa Mídia & Música Popular Massiva.
Palavras-Chaves: Heavy Metal, Gênero Mediático, Música Popular Massiva, Cultura Juvenil

Culturas juvenis: metrópole, mídias e culturas urbanas
Silvia Helena Simoes Borelli (PUCSP)
Analisar alternativas de inserção de grupos juvenis no cotidiano da metrópole paulistana, pelo diálogo com resultados de pesquisa internacional sobre jovens urbanos, financiada, no Brasil, pela Fapesp e sediada junto ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUCSP. Avaliar as interconexões entre experimentações temporais e vivências territoriais de jovens urbanos. Tomando por base o adensamento do debate sobre juventude na contemporaneidade e ancorando-se em diferentes instrumentos de campo, a pesquisa propõe a delimitação de eixos teórico-metodológicos capazes de detectar “mapas de tensões” e destacar, entre outros: nomadismos, moratória social, temporalidades e socialidades revelados, em especial, nos modos de construção subjetiva propiciados pela ocupação de espaços urbanos, públicos e privados, e pela relação com as novas mídias e tecnologias.
Palavras-Chaves: culturas urbanas e juvenis, juvenilização, mídias e novas tecnologias, nomadismos

Dos Gêneros musicais aos cenários musicais: uma viagem da Cidade de Deus à Lapa a partir das canções de MV Bill e Marcelo D2
Jeder Silveira Janotti Júnior (UFBA)
lise dos cenários musicais presentes nas canções “Traficando Informação”(MV Bill) e “ Vai Vendo” (Marcelo D2), este artigo procura realçar a importância das noções de gênero mediático, condições de produção e performance inscritas nas canções como importantes operadores analíticos para a compreensão das estratégias de produção de sentido da música popular massiva e das tensões presentes da apropriação local de expressões musicais globalizadas como o
Palavras-Chaves: gênero mediático, cenário musical, música popular massiva, performance

Jovens, Espaço Urbano e Identidade: Reflexões sobre o Conceito de Cena Musical
João Batista de Macedo Freire Filho (ECO/UFRJ), Fernanda Marques Fernandes (ECO/UFRJ)
O Centro de Estudos Culturais Contemporâneos da Universidade de Birmingham configurou, a partir dos anos 1970, um novo paradigma interpretativo para os estilos e as atividades dos grupos juvenis surgidos no pós-guerra. A partir da década de 1990, porém, a análise subcultural efetuada pelo CCCS se tornou alvo de sucessivas críticas. As tentativas de revisão dos temas, dos pressupostos e da metodologia dos estudos culturais britânicos resultaram na formulação de terminologias e estratégias de pesquisa alternativas. Neste artigo, analisamos a relevância teórica do conceito de cena musical para o estudo das práticas culturais e dinâmicas identitárias articuladas no espaço urbano contemporâneo, focalizando a formação de redes de afiliações entre grupos juvenis que produzem e consomem o rock alternativo no Rio de Janeiro.
Palavras-Chaves: culturas juvenis, estudos culturais, cena musical, cidade

Juventude e metrópole no Rio de Janeiro dos anos 1950 e 1960
Simone Luci Pereira (MUSIMID)
Esta comunicação refere-se a um aspecto trabalhado em minha tese de doutorado em Antropologia que versou sobre a memória da escuta dos ouvintes da Bossa Nova, (Rio de Janeiro, décadas de 1950 e 1960). Juventude e da cultura urbana foram um dos aspectos analisados nas memórias dos ouvintes, como também nas outras fontes utilizadas, como a imprensa e as canções. Tratamos neste texto das conexões existentes na época analisada entre juventude, cultura urbana, metrópole, modernidade, ressaltando questões como a idéia de modernidade nos anos 1950/60, o consumo, a juvenilização da cultura, as manifestações e linguagens culturais e midiáticas criadas e direcionadas aos jovens urbanos, o Rio de Janeiro como metrópole e os novos sensórios urbanos, a ressonância na vida cotidiana dos jovens, compreendendo as relações entre mídia, cultura urbana e juventude. Doutora em Ciências Sociais (Antropologia) e Mestre em História, pela PUC/SP. Pesquisadora do MUSIMID (Núcleo de Estudos em Música e Mídia) na UNISANTOS. Dedica-se ao estudo da música popular, com ênfase em seus aspectos históricos e sócio-culturais, atuando num campo de estudos que compreende as relações entre mídia e cultura, enfatizando questões como música midiática, escuta, memória, indústria fonográfica, campo musical, mercado, cultura urbana, consumo, usos e apropriações dos receptores.
Palavras-Chaves: juventude, consumo, metrópole, memória

O Manguebeat como Política de Representação
Nara Aragão Fonseca (UFPE)
O Manguebeat, mais que um gênero musical, aponta para uma nova política de representação, onde se negociam espaços através de processos de desencaixe. Essa estratégia possibilita o questionamento das metanarrativas e, através da desidentificação, propõe novas maneiras de articular identidades periféricas. Essa estratégia, porém, limita-se ao campo da representação o que, como sugere Barthes , nos torna contemporâneos imaginários de nosso próprio presente. Ou seja, é um momento em que o sujeito se sente agindo através da representação de suas ações feitas por agentes culturais, pela mídia ou pelas suas próprias formas de representar algo, através da moda e do comportamento.
Palavras-Chaves: Identidades, Representação, Manguebeat

Para Além das Grades: a Mídia e a Violência nas Fortalezas da Barra da Tijuca
Ricardo Ferreira Freitas (UERJ), Roberta Lessa (UERJ)
A violência é uma das temáticas mais presentes na mídia brasileira e, especialmente, na carioca. Neste artigo, estudamos as argumentações publicitárias e jornalísticas relacionadas à violência na mídia impressa do Rio de Janeiro, tendo como campo de análise o bairro da Barra da Tijuca. Nesse bairro, proliferam fortalezas urbanas como shopping centers, condomínios fechados e centros empresariais. Objetivamos levantar que apelos publicitários, em relação aos argumentos de lazer, de consumo e de segurança, favorecem a permanência dos moradores nos condomínios fechados, assim como dos consumidores nos shopping centers, e que contradições são sugeridas pelas apurações jornalísticas. Para tanto, foram selecionados matérias e anúncios sobre a Barra da Tijuca publicados no Jornal O Globo no período de janeiro de 2003 a abril de 2005. Ricardo Ferreira Freitas é prof. adjunto da Fac. de Comunicação Social da UERJ. Doutor em sociologia pela Paris V/Sorbonne, mestre em comunicação e cultura pela ECO/UFRJ e graduado em relações públicas pela Uerj. Autor de Centres commerciaux: îles urbaines de la post modernité, 1996. Organizador, com Luciane Lucas, de “Desafios contemporâneos em comunicação”, 2002. Roberta Lessa é bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq (projeto de pesquisa “Entre grades e muros: um cenário de comunicação, consumo e lazer na Barra da Tijuca”). É aluna de graduação do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social da Uerj.
Palavras-Chaves: Comunicação, cidade, violência, consumo

Quando o rock e o brega se encontram: saberes musicais diversos na América Latina
Carlos Bonfim (PROLAM/USP)
Um segmento expressivo da produção musical contemporânea na América Latina apresenta uma prática recorrente: trata-se de propostas musicais que se caracterizam por fusões entre aquelas músicas consideradas como étnicas, populares, folclóricas ou regionais (além daquela produção que no Brasil se considera como brega) com ritmos, instrumentos e sonoridades mundiais. O trabalho de grupos como os Orishas, Bersuit Vergarabat, Mundo Livre, além de músicos como Lenine, Chico César e Zeca Baleiro, entre tantos outros permitem identificar uma série de confluências estéticas. Os modos de agenciar repertórios musicais e culturais que se adverte na produção musical destes grupos oferecem pistas para pensar a emergência de novos modos de relacionar-se com saberes e culturas diversas. Neste sentido, esta comunicação busca discutir de que forma estas “maneiras de fazer música” conduzem a reflexões sobre culturas juvenis urbanas, identidade cultural e inter-culturalidade. Carlos Bonfim é Mestre em Estudos Culturais pela Universidad Andina Simón Bolívar, sede Quito, Equador; doutorando em Comunicação e Cultura pelo Programa de Integração Latino-americana (PROLAM) da Universidade de São Paulo. É professor universitário e trabalha no Departamento de Atividades Regionais da Cultura, Secretaria de Estado da Cultura (São Paulo). E-mail: cbonfim@usp.br
Palavras-Chaves: culturas urbanas, culturas juvenis, identidade cultural

Realidade contada: o documentário e a ficção do quadro “Retrato Falado”.
Marina Caminha Ferreira Gomes (UFF)
Resumo: O presente trabalho situa-se dentro da linha que liga os domínios do documentário e da ficção na construção narrativa de um programa televisivo. São programas de entretenimento que se formam a partir desses dois domínios, intercomunicando-se e agenciando novas maneiras de se perceber o mundo. A intenção aqui é investigar, ainda preliminarmente, de que maneira essas relações: - documentário e ficção – dentro da televisão, negociam seus lugares, adquirindo novas feições e se organizando enquanto discurso. Entendemos que esse discurso estabelece um contrato com o público por meio de estruturas de linguagem que já estão inclusas na memória do espectador. Tomo como recorte, o quadro Retrato Falado, exibido no programa Fantástico, na Rede Globo de Televisão. Minicurrículo: Aluna Formada em Comunicação Social - habilitação Rádio e Tv, na Universidade Federal de Pernambuco, no segundo semestre de 2003. Ingressando no curso de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense em março de 2005, sob a orientação da professora Marialva Barbosa.
Palavras-Chaves: Televisão, Documentário, Intertextualidade

Redes Culturais em Territórios Urbanos
Regina Helena Alves da Silva (UFMG), Milene Migliano Gonzaga (UFMG)
A organização dos grupos urbanos em redes culturais possibilita aos indivíduos, através de relações horizontais e colaborativas, produzir narrativas, territórios de negociação e se conectar a outras redes, que os inserem como interlocutores do mundo globalizado. Os indivíduos constituintes destas redes participam da ação política mediante a produção/apropriação e recepção cultural, a partir de suas experiências no cotidiano urbano, arraigadas em valores comunitários e locais. Regina Helena Alves da Silva - Doutora em História Social pela USP e mestre em Ciência Política pela UFMG. Pesquisadora do CNPq. Membro do Grupo Redes do IEAT-UFMG. Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de pesquisa em Imagem e Sociabilidade da UFMGE do programa Le Mots de la Ville, MOST/Unesco e CNRS/Paris. Professora do Depto de História e do programa de pós-graduação em Comunicação Social da UFMG. Milene Migliano - Jornalista, pesquisadora do projeto Cartografias Urbanas e do Grupo Redes do IEAT - UFMG.
Palavras-Chaves: redes sociais, culturas urbanas, experiência, cotidiano

Redes Urbanas de Conhecimentos e Tecnologias na Escola
Nilda Guimarães Alves (UERJ)
Partindo da noção de redes cotidianas de conhecimentos e da idéia de que a escola é um fenômeno urbano dentro da qual seus praticantes entram prenhes dessas redes, o trabalho busca indicar e discutir como em pesquisas desenvolvidas até o presente os docentes de escolas públicas do Rio de Janeiro, de diversos graus e níveis de ensino, tecem valores, entendidos como conhecimentos especiais que levam à ação, em redes urbanas diversas, permitindo compreender os espaços escolares dentro das redes urbanas nas quais estão inseridos, bem como os processos pedagógicos só podem ser compreendidos dentro delas. Mostra-se ao final o processo de produção de um vídeo criado por professores/professoras de jovens e adultos da rede municipal do Rio de Janeiro, retratando algumas situações por que passam como participantes dessas redes.
Palavras-Chaves: produção/consumo cultural e me, metrópoles e hibridismo cultur, imagens, novos sensóreos e ima, cotidiano, mídia e escola

Samba em tempos de globalização: o caso do Negritude Júnior
Felipe da Costa Trotta (UFRJ)
O presente trabalho tem como objetivo discutir algumas das formas de apropriação de elementos da música globalizada na prática musical do samba, tendo como eixo um resumo da trajetória artística do grupo Negritude Júnior. No início dos anos 1990, o grupo se lançou no mercado musical como parte de um movimento estético conhecido como “pagode romântico”, incorporando aspectos da linguagem musical pop internacional ao gênero. A trajetória do Negritude fornece elementos altamente relevantes para a discussão sobre a diversidade estética do samba em tempos de globalização. Felipe Trotta é músico, graduado em Composição (1996) pela Uni-Rio e Mestre em Musicologia (2001) pela mesma instituição tendo defendido a dissertação “Paulinho da Viola e o mundo do samba”, orientado por Ricardo Tacuchian.Tem publicado artigos e apresentado comunicações sobre questões pertinentes ao estudo do samba na sociedade, especialmente a partir dos anos 1990. Desenvolve no Doutorado da Eco-UFRJ o projeto de pesquisa “Samba e indústria cultural”, orientado por Carlos Alberto Messeder Pereira, com término previsto para fevereiro/2006.
Palavras-Chaves: samba, música popular, globalização, metrópoles

Samurais e marginais: Localização e Deslocalização das Identidades Juvenis
Veneza Veloso Mayora Ronsini (UFSM), Valton Neto Chaves Dias (UFSM)
O propósito deste texto é discutir a configuração das identidades juvenis na contemporaneidade, determinada pelos referentes de classe e de etnia, no contexto da interação entre a cultura regional e a cultura global. Por um lado, constata-se que a deslocalização cultural dos jovens do hip-hop ocorre em função de necessidades materiais e de demandas simbólicas que a comunidade local e a cultura gaúcha não atendem; por outro, que a localização da identidade dos jovens tradicionalistas deve-se a uma situação econômica mais favorável combinada com o suporte moral oferecido pela família. Autor(a) Profa. Dra. Veneza Veloso Mayora Ronsini - UFSM/RS; PPGCOM/FABICO/UFRGS Doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo/SP com Bolsa-sanduíche na University of California/USA; professora no curso de graduação em Comunicação na Universidade Federal de Santa Maria/RS e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Co-autor(a) Valton Neto Chaves Dias - UFSM/RS Jornalista pela Universidade Federal de Santa Maria.
Palavras-Chaves: classe social, cultura regional, localização, deslocalização

Uma cidade em quadro clínico. Aproximações teórico-metodológicas em torno da noção de inconsciente ótico
Fabrício Lopes da Silveira (UNISINOS)
RESUMO: O texto recupera, inicialmente, a noção de inconsciente ótico, formulada pelo filósofo alemão Walter Benjamin, em meados da década de 1930. A partir daí, no âmbito do projeto de pesquisa "Porto Alegre em Código. Linguagens vivas da comunicação urbana", apresenta certas experiências metodológicas e certos materiais empíricos que, por hipótese, permitiriam hoje rever e problematizar o conceito, derivando-o então para a proposição de um suposto inconsciente ótico metropolitano.
Palavras-Chaves: Inconsciente ótico, comunicação visual urbana, fotografia


 
 
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